Projeto Político Pedagógico
2016
TEMA
CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA
APRESENTAÇÃO
Esta Proposta Pedagógica procura adotar um planejamento
estratégico, que garanta a construção de uma escola autônoma, democrática e de
qualidade, com a retomada e a reavaliação de suas linhas de ação.
No final de 2015,
realizamos com toda comunidade a avaliação do Projeto Político Pedagógico, em
cada aspecto: pedagógico, administrativo, financeiro e político. Reformulamos
propostas a serem incluídas em 2016 incorporando novas propostas através de
discussão na coletiva e também em sábado letivo destinado a este fim. Os alunos
participaram através do Conselho de Classe Mirim.Analisamos todos os dados e
construímos o presente P.P.P., com vistas ao ano de 2016, sendo flexível e em
constante construção democrática. Todo
fim de semestre, enviamos avaliação institucional, para que possamos reformular
as práticas pedagógicas e administrativas. Consultamos e elaboramos, em
conjunto, com o PDE Interativo.
Este P.P.P. procura
ainda incentivar à mobilização da comunidade educativa, num processo coletivo
de proposição de ideias, meios, ações e reflexões, acerca da realidade
educacional e escolar desta comunidade; além da elaboração de um projeto de
ação educativa, que culmine com a transformação da realidade em questão.
A Escola Classe 111 Sul constrói sua
Proposta Pedagógica baseada na gestão de coletividade, corresponsabilidades e
busca por uma escola de qualidade a todos os alunos, respeitando a pluralidade,
diversidade e direitos humanos; numa aprendizagem cidadã e com uso de
tecnologia na educação, onde todos estarão unidos por uma educação de
qualidade”, valorizando os talentos individuais dos alunos, funcionários e
comunidade.
Almejamos uma escola
com identidade, com conhecimento, estabelecimento e cumprimento de regras, que
visem o bem comum, respeito ao Regimento da Escola; com autonomia pedagógica do
corpo docente, trabalho coletivo, participação plena da comunidade, definição
do papel da escola e da família e o gosto do educando por estar neste espaço,
promovendo atividades lúdicas e prazerosas que tragam o ambiente harmônico e
feliz a Escola Classe 111 Sul.
Buscamos a valorização das
identidades, o respeito à diversidade, a busca do coletivo e como cita
Vygotsky, “o papel da formação escolar ocorre quando a criança recebe
informações socialmente construídas e transforma as situações do presente,
adquirindo consciência”, reduzindo o preconceito e os conflitos sociais, numa
perspectiva de aprendizagem cidadã.
No decorrer do ano, o tema
Consciência Planetária será norteador do projeto onde os princípios da justiça
social e econômica, integridade ecológica, respeito e cuidado da comunidade de
vida além da democracia e busca da não violência serão observados em
consonância com a Carta da Terra, código de ética planetário voltado à sustentabilidade,
paz e a justiça socioeconômica, idealizada pela Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas.
O combate ao mosquito Aedes Aegypti
também terá uma atenção especial. Pretende-se trabalhar informativos, vídeos, textos
interativos, cartazes, jogos, Dias Letivos temáticos com a comunidade escolar também
integrado com a Consciência Planetária e as ações de combate, prevenção e
proteção da população e reflexões sobre a importância das relações ambientais
de preservação ambiental e as consequências das ações humanas sobre o planeta.
Serão ações durante todo o ano letivo que focarão no espaço escolar, mas também
na comunidade.
A alimentação saudável fará
parte integrante das ações diárias, onde a legislação sobre a comercialização
de alimentos no ambiente escolar deverão ser seguidas. A Vivência Matemática,
projeto da escola será com a estimulação de alimentos saudáveis e também em
objetos como brinquedos e a horta escolar irá enriquecer o lanche com alimentos
saudáveis e contribuir com a APM da escola, além de ser implantado o dia da
fruta e da sopa aproveitando as verduras, legumes e frutas doados pela
comunidade escolar. O Conselho Escolar determinou em reunião extraordinária,
que durante a Festa Junina, poderá haver, excepcionalmente, a venda de
refrigerantes, pois em consonância com a legislação, mais do que proibir as
ações da escola serão de sensibilização, orientação e busca de uma alimentação
equilibrada e saudável, mas também de autocontrole dos excessos cometidos.
HISTORICIDADE DA ESCOLA
Este Estabelecimento de Ensino
situa-se na SQS 111-Área Especial-Asa Sul, Brasília-DF, foi inaugurado em 25 de
agosto de 1971 e atendia os moradores das superquadras no início da inauguração
da Nova Capital.
Em 2000 passou a atender alunos com
Necessidades Especiais e com nova configuração da clientela, passou a atender
alunos do entorno e de outra Região Administrativa do Distrito Federal. .
Começamos um trabalho pedagógico
envolvendo toda a comunidade escolar sobre a valorização das diferenças e em
2013, passamos a ser sequencial do Jardim de Infância 21 de Abril e, aos
poucos, a escola está novamente tornando-se mais democrática, verdadeiramente
inclusiva, com turmas de Classe Especial, Altas Habilidades, alunos do Ensino
Especial e com alunos oriundos de todas as classes sociais, numa verdadeira
inclusão democrática.
É, ainda, uma escola onde há rotatividade de
alunos. A maioria dos alunos não reside nas proximidades, desloca-se para
próximo do trabalho dos familiares, em busca de uma escola de qualidade. Devido
à distância, os atrasos e faltas dos alunos devem ser acompanhados, evitando
prejuízos pedagógicos e reprovações. O regimento escolar deverá ser objeto de
divulgação e cobrança dos pais, com parcerias do Conselho Tutelar. A escola
continuará com as estratégias de registro dos atrasos, bem como de orientação
aos pais, levando em consideração o perfil da comunidade. Não deixamos de
observar o direito constitucional de garantir a EDUCAÇÃO, evitando a
negligência familiar. Por este motivo, o horário de aula passou a ser de 7horas
e 40minutos às 12horas e 40 minutos e de 13 horas e 10 minutos às 18 horas e 10
minutos, procurando ser mais um fator de evitar atrasos devido ao trânsito. Os
registros individuais de atrasos são feitos pela família e, após 05
consecutivos ao mês, a família recebe advertência escrita e é orientada a
corrigir o problema, sugerindo, inclusive, alteração de horário de aula.
O principal desafio da escola é o olhar
diferenciado a cada um dos alunos. O atendimento diversificado utiliza-se das
estratégias necessárias como Reagrupamento e Projeto Interventivo, garantindo a
recuperação contínua.
Este ano, daremos continuidade ao trabalho com o terceiro turno,
cadastrado no programa Mais Educação, do Governo Federal. Pretende-se atender 62
alunos.
O Projeto Educação em Tempo Integral é voltado à formação
integral de todos os seus membros, com foco nas crianças. A Educação Integral
não se restringe à ampliação do tempo que a criança, ou o jovem, passa na
escola. Ela diz respeito à possibilidade de integração, registrada neste
Projeto Político Pedagógico, expressa, por meio de um “currículo significativo”,
na prática de outras ações educativas, culturais e lúdicas presentes no
território e “vinculadas ao processo formativo”.
O Projeto Horta Ação é articulado com
o atendimento integral e com todas as turmas onde de forma interdisciplinar
trabalharemos atividades de valorização do Meio Ambiente, sustentabilidade,
alimentação saudável e complementação da merenda escolar através do educador
social voluntário, professores, servidores e pais voluntários. Cada turma terá
um canteiro sob sua responsabilidade.
Como citado no Programa Mais Educação, do Governo Federal,” fazer
Educação Integral deve ser uma escolha livre e consciente, da comunidade de
aprendizagem. Contextualizado nos objetivos e metas gerais, que caracterizam
uma atuação sistêmica e articulada, o projeto pedagógico deve preocupar-se com
o planejamento das atividades cotidianas da escola”.
Faremos avaliação sistemática semestral
do projeto, em conjunto com a comunidade escolar. Na seleção dos alunos, observam-se
os critérios estabelecidos no manual de Educação de Tempo Integral,
observando-se prioritariamente, os alunos de 4º e 5º anos, em condições de
vulnerabilidade social e com necessidade de uma acompanhamento contínuo. Também
atenderemos os demais anos, desde que haja vaga. Essa estratégia promove a
ampliação de tempos, espaços, oportunidades educativas e o compartilhamento da
tarefa de educar entre os profissionais da educação e de outras áreas, as
famílias e diferentes atores sociais, sob a coordenação da escola e dos
professores.
A” Educação Integral,
associada ao processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à
vida e ao universo de interesses e de possibilidades das crianças, adolescentes
e jovens. Conforme o Decreto n° 7.083/2010, os princípios da Educação Integral
são traduzidos pela compreensão do direito de aprender como inerente ao direito
à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar
e comunitária e como condição para o próprio desenvolvimento de uma sociedade
republicana e democrática.”.
Trabalharemos em 2016 com os macro campos:
*ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO -
Orientação de Estudos e Leitura, que contemplará as diferentes áreas do
conhecimento, envolvendo todas as atividades disponíveis (alfabetização,
matemática, história, ciências, geografia, e outras). A atividade tem por
objetivo a articulação entre o currículo e as atividades pedagógicas propostas
pelo PME. Essa atividade será realizada com duração de uma hora e meia, de
forma interdisciplinar mediada por um monitor orientador de estudos.
*COMUNICAÇÃO, USO DE MÍDIAS E CULTURA
DIGITAL E TECNOLÓGICA Na organização das atividades, deste macrocampo, são
prioritárias as temáticas de “Educação em Direitos Humanos”, “Promoção da
Saúde” e temas relacionados à Ética e Cidadania.
* RECREAÇÃO E LAZER/BRINQUEDOTECA –
Incentivo às práticas de recreação e lazer, como potencializadoras do aprendizado
das convivências humanas em prol da saúde e da alegria. Priorização do brincar como elemento
fundamental da formação da criança.
Pretende-se trabalhar com 04 voluntários, 03
contratados pelo PDAF, via SEDF, e 01 voluntário contratado por recursos
próprios enquanto aguardamos a verba do PDDE para contratação de mais 02.
A Escola Classe 111 Sul possui 13
salas de aula e espaços pedagógicos como: Biblioteca Escolar, Sala de Jogos e
atendimento integral, um parquinho infantil, nas dependências da escola, Copa e
Sala de descanso, para funcionários, uma Sala de Multiuso, para atendimento aos
pais. Atende 214 alunos, mais 34 matriculados do Programa de Altas Habilidades
e 62 no terceiro turno, totalizando 310 alunos atendidos.
DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA ESCOLA
Percebe-se
que a escola deve abrir espaço para participação de todos, conscientizando-os
sobre direitos e deveres de cada pessoa dentro de seu segmento, tendo regras
claras, direcionando o trabalho de forma planejada, para o cumprimento do
currículo.
Deve ser realizado o acompanhamento
diário do desenvolvimento do aluno, em processo de aprendizagem, através de
observações, de registros sistemáticos, auto avaliação e atividades específicas
para a faixa etária.
A
comunidade escolar percebe a importância do projeto de leitura Caminhos da
Leitura. O projeto é executado às sextas feiras; os professores, alunos,
servidores e comunidade param suas atividades para realizar o simples hábito de
leitura na entrada de turno por 20 minutos. O projeto aplica apresentações de
teatro interativo, envolvendo todos os gêneros textuais, de forma a enriquecer
e estimular a leitura. Há uma alternância prevista de gêneros textuais por
turma, que escolhe o tema do mês e toda escola trabalha. O empréstimo de livros
semanais, para leitura em casa, também complementa este projeto. A Biblioteca
atende, com o suporte de empréstimo de livros e caixa estante. Bimestralmente
serão premiados os melhores leitores por turma.
Cada turma tem um dia destinado à
ocupação de espaço, para trabalho com o professor regente. O espaço da
Biblioteca também é aberto para a comunidade escolar.
Em 2016 serão abordados os subprojetos
em consonância com o tema CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA:
1º ano A,1º C e Classe Especial D e
E- Cantando, Brincando e Aprendendo
1º ano B ,3º ano A e Classe Especial A e B- Somos Todos Especiais
2 º ano B, 3º e B e Classe Especial C-
Africanidades.
2º anos A – Pedagogia Waldorf
4º ano B- História de gente, de bicho
4º ano A – As Capitais brasileiras e suas raízes
africanas
5 º anos – Memórias:Povos Antigos
Partindo
dessa busca por uma escola centrada no aluno, na aprendizagem, na qualidade, na
gestão democrática, na autonomia, na prática pedagógica diversificada e lúdica,
é que a equipe desta Instituição se prontifica a desenvolver uma história
coletiva, reflexiva e dialógica, resgatando o compromisso de assegurar uma
aprendizagem de qualidade significativa. No
ano de 2016 atendemos alunos na modalidade de Ensino Fundamental 09 anos,
Classe Especial (TGD-autistas) , Sala de Recursos generalista e específica de
Altas Habilidades. A escola possui atualmente um total de 214 alunos
distribuídos em 13 turmas e mais 34 alunos atendidos pelo programa de Altas
Habilidades e, ainda, com mais 62 alunos sendo atendidos no terceiro turno, na Educação
de Tempo Integral em 7 horas e meia diárias.
Trabalhamos
com a visão de que todos os alunos são únicos e, portanto, devem ser atendidos
em suas necessidades e potencialidades, sem rótulo ou discriminação, realizando
adequação curricular aos atendidos pela Sala de Recursos do Ensino Especial e
através de trabalho diversificado.
De acordo
com o caderno 06 do Currículo em Movimento 2013 a Educação Básica fundamenta-se
nos princípios da equidade, do direito à dignidade humana, na educabilidade de
todos os seres humanos, independentemente de comprometimentos que possam apresentar
no direito à igualdade de oportunidades educacionais, à liberdade de aprender e
de expressar-se e no direito a ser diferente. Prevê a formulação de políticas
públicas educacionais reconhecedoras da diferença e da necessidade de condições
distintas para a efetivação do processo educacional. Essa previsão se encontra
respaldada desde a garantia em Carta Magna (Constituição Federal, 1988), que
assegura em seu artigo 1°, incisos II e III, a cidadania e a dignidade da
pessoa humana como Fundamentos da República que, em seu artigo 3º, inciso IV,
estabelece a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação como um dos Objetivos da
República.
O aluno Portador de Necessidade Educacional
terá seu atendimento observada à adequação curricular onde poderá ocorrer:
I - -introdução ou eliminação de conteúdos, considerando a
condição individual do estudante;
II - modificação metodológica dos procedimentos, da organização
didática e da introdução de métodos;
III - flexibilização da carga horária e da temporalidade, para
desenvolvimento dos conteúdos e realização das atividades;
IV - avaliação e promoção com critérios diferenciados, em
consonância com a proposta pedagógica da instituição educacional, respeitada a
frequência obrigatória.
Atualmente
temos alunos diagnosticados como ANEE, 02DI, 09 TGD, 01 TC, 01 DF e 02 TDH. São
atendidos pela Sala de Recursos da escola todos os alunos com o diagnóstico de DI,
DF e TGD incluídos no regular.
SALA DE RECURSOS DE ALTAS
HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Sempre que falamos em superdotação,
o que nos vem à mente é a figura dos grandes gênios e visionários da
humanidade. Todos eles se destacaram em virtude de suas realizações criativas,
deram contribuições positivas para a humanidade e elevaram o conhecimento
humano, as ciências, a tecnologia, a cultura e as artes a patamares inusitados.
O século XXI nasce como o
prenúncio de uma nova era, em que cada vez mais as nações percebem que os
talentos humanos são seus bens mais preciosos. O mundo de hoje clama por boas
ideias, por mudanças nas noções pré-concebidas. Assim sendo, a escola abre
espaço para contribuir com esse processo.
Sabendo que, as pessoas com
altas habilidades formam um grupo heterogêneo, com características e
habilidades diversificadas; que diferem uns dos outros, de acordo com as
pesquisas, esta instituição educacional considera essencial encorajá-los e
atendê-los para o desenvolvimento de suas potencialidades logo em seus anos
iniciais, tendo em vista que a maioria desses estudantes demonstra um padrão
desigual de desenvolvimento cognitivo, expresso em diferenças entre o
desenvolvimento intelectual e o emocional ou psicomotor.
E assim,
É indispensável instrumentalizar
didaticamente a escola para trabalhar com a diversidade. Nem a diversidade
negada, nem a diversidade isolada, nem a diversidade simplesmente tolerada.
Também não se trata da diversidade
assumida como um mal necessário ou celebrada como um bem em si mesmo, sem
assumir seu próprio dramatismo. Transforma diversidade conhecida e reconhecida
em uma vantagem pedagógica: este me parece ser o grande desafio do futuro (apud
Lerner, 2007, p.7).
Muitos são os desafios que
nossa escola tem que enfrentar para fornecer uma educação de qualidade e
atender as demandas de todos os estudantes, de forma inclusiva. A par destes
desafios, o AEE AH/SD, apresenta-se como uma resposta aos propostos pela área.
Esta instituição educacional
rompe com a rotina convencional para não gerar desperdício de talento, de
potencial ou desmotivação do estudante por não ser assistido, entendendo que é
tarefa da escola reconhecer a singularidade do sujeito, seus interesses,
estilos de aprendizagem, níveis de motivação e de autoconceito, características
de personalidade e principalmente as suas necessidades educacionais.
Com base em todos os
pressupostos da inclusão desta demanda, a Escola Classe 111 Sul abriu espaço
para uma Sala de Recursos do AEE- AH/SD, contribuindo para o desenvolvimento do
talento e do potencial desses estudantes, tendo em mente que o ambiente é um
dos principais promotores das capacidades superiores que um dia vão desabrochar
de forma plena e oferecer novas ideias para a solução dos problemas da nossa sociedade.
A Sala de Recursos tem como
finalidade atender ao estudante identificado como superdotado, aplicando
técnicas e estratégias de ensino para suplementação, diferenciação e o
enriquecimento curricular, assegurando o cumprimento da legislação brasileira e
o princípio da igualdade de oportunidades para todos. Assim sendo, o acesso do
estudante à Sala de Recursos do AEE-AH/SD, oportuniza experiências que
extrapolam o espaço educacional, possibilitando o desenvolvimento do seu potencial
a níveis cada vez mais elevados. Portanto, torna-se também, tarefa deste
atendimento educacional especializado, conhecer os pontos fortes e os
interesses do estudante, suas necessidades cognitivas, sociais e afetivas.
Os estudantes indicados pelas escolares
regulares ou profissionais da educação e da saúde serão atendidos no
contraturno do ensino regular, uma vez por semana, nesta sala de recursos
específica em Altas Habilidades/Superdotação, por um professor mediador,
especializado em Altas Habilidades/ Superdotação.
O professor da Sala de
Recursos atua como mediador, dinamizador, catalisando e articulando com outros
espaços todas as demandas advindas do interesse do estudante e criando
oportunidades para o mesmo encontrar desafios compatíveis com as suas
habilidades.
A equipe do AEE- AH/SD é
composta por um professor mediador da Sala de Recursos, itinerantes e
psicólogo, responsáveis por todas as atividades processuais.
MISSÃO / FUNÇÃO SOCIAL
A missão da Escola Classe 111 Sul é oferecer
um ensino de qualidade, promovendo uma educação voltada para a formação
afetiva, social, ética, emocional, intelectual, preparando o aluno para agir
como cidadão crítico e participativo no mundo.
A escola estará voltada para o entendimento
das diferenças, da pluralidade cultural, diversidade e direitos humanos, tendo
como função social a formação do cidadão, buscando a autonomia intelectual, o
pensamento crítico, princípios éticos, levando o aluno a aprender a aprender,
aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Ou seja, a escola deverá formar o cidadão
para sua adaptação e melhor convivência na sociedade, para a formação ética e
desenvolvimento da pessoa humana.
PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS E ADMINISTRATIVAS
Este
projeto tem como princípios a flexibilidade teórico-metodológica, que deverá
estar voltada para o melhor aproveitamento do aluno, o fortalecimento dos laços
de solidariedade, tolerância, formação de valores, respeito ao Homem e ao Meio
Ambiente, através dos projetos Laboratório de Aprendizagem, Projeto Interventivo,
do Serviço de Orientação Educacional e de projetos específicos, de acordo com a
demanda da turma, a partir da transdisciplinaridade, vinculando o mundo do
trabalho e a prática social e a avaliação institucional, como momento de
construção, reflexão, em busca da educação de qualidade. A abordagem dos
Direitos Humanos, Relação étnico-racial, gênero e sexualidade, sustentabilidade
são temas a serem apresentados e discutidos por toda comunidade escolar.
O Bloco Inicial de Alfabetização que apresenta uma proposta pedagógica
pautada na tríade alfabetização, letramentos e ludicidade. Esses eixos procuram
estabelecer uma coerência entre os aspectos fundamentais do processo de
alfabetização, buscando a proficiência leitora e escritora a partir da
alfabetização e dos letramentos sem perder de vista a ludicidade. A intenção é
a de que o eixo integrador possa facilitar o desenvolvimento das estruturas cognitivas
e das dimensões afetiva, social e motora dos estudantes nos diferentes anos do
Bloco, favorecendo a alfabetização e os letramentos nos seus diversos sentidos.
Santomé (1998, p. 125) afirma que “as propostas integradoras favorecem tanto o
desenvolvimento de processos com o conhecimento dos problemas mais graves da
atualidade”.
Com base nas
concepções da Psicolinguística, na perspectiva psicogenética da aprendizagem da
língua escrita, de Emília Ferreiro (2001), que houve uma significativa mudança de
pressupostos e objetivos na área da alfabetização. Alterou-se a concepção do
processo de aprendizagem e reduziu a distinção entre aprendizagem do sistema de
escrita (alfabetização) e as práticas sociais efetivas de leitura e de
escrita (letramentos), que devem se dar de forma prazerosa e criativa (ludicidade).
Buscamos
trabalhar um currículo plural e flexível, imbuído de uma concepção educacional
fortemente comprometida com um modo de aprendizagem que promova, nos espaços
escolares, a formação de sujeitos capazes de pensar e de atuar criticamente em
seus ambientes de convivência.
Pretende-se oferecer possibilidades educacionais que impliquem
em situações concretas de aprendizagem, de modo interdisciplinar,
contextualizado e articulado à vida social.
O trabalho nos
anos iniciais pretende cuidar e cuidar envolve solicitude, zelo, dedicação atenção,
bom trato, mediação; o que deve permear todas as fases da aprendizagem. Isso
significa propor um ambiente que estimule à criatividade, a investigação, a
construção e reconstrução dos conhecimentos, envolvendo o ser humano em todos
os seus aspectos e respeitando a identidade cultural e a pluralidade de
significados que cada um tem da trajetória histórica.
O mais
importante, no cuidado, é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como
ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a ampliar capacidades. O
cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio, que possui uma dimensão
expressiva e implica procedimentos específicos (SIGNORETTE, 2002).
Segundo Paulo Freire,
educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o
seu papel na História, a identidade do/da estudante. Os princípios para Educação Inclusiva
fundamenta-se no desenvolvimento de estratégias diferenciadas de abordagem das
habilidades e competências do currículo comum, com vistas à suplementação,
diferenciação, modificação e ao enriquecimento curricular.
A
concepção de Educação Inclusiva vai além do diagnóstico de alunos DF, TGD,
Altas Habilidades, com qualquer quadro sindrômico ou necessidade educativa
especial. Percebemos a inclusão como um processo amplo e que envolve TODOS os
alunos sem exceção. A inclusão só existe
na prática de fato, quando oferecemos condições diferenciadas para os alunos,
oportunizando um trabalho diversificado e individualizado.
A oportunidade para todos refletirão em todas as ações da escola
inclusive em atividades de enriquecimento fora do ambiente escolar, eventos
através de campanhas solidárias envolvendo a comunidade escolar.
As Salas de Recursos complementam este
atendimento, mas o trabalho diário sistemático e realmente diversificado é
garantia de acesso com sucesso e permanência.
OBJETIVOS GERAIS
1. Oportunizar a todo o ensino de
qualidade, garantindo a valorização das potencialidades e diversidade,
desenvolvendo o currículo por competências, numa aprendizagem cidadã a partir
do conhecimento que garanta o sucesso escolar;
2. Garantir as aprendizagens, a partir da democratização dos
saberes, em uma perspectiva de inclusão de todos, respeitando e valorizando as
diferenças socioculturais, afetivas, subjetivas, físicas, cognitivas, entre
outras;
3. Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a formação de
atitudes e valores, permitindo as vivências de diversos letramentos;
4. Compreender os fenômenos naturais e sociais, os processos
histórico-geográficos, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores,
presentes na realidade brasileira, latino-americana e mundial;
5 Fortalecer os vínculos de cidadania, os vínculos familiares,
os laços de solidariedade humana e a tolerância recíproca;
6. Promover o desenvolvimento de ações
contextualizadas, tendo como eixos principais a valorização do pluralismo e do
confronto de ideias, a tolerância e a cooperação como meios de desenvolvimento
de capacidades para a convivência, oportunizando ao educando a concepção de
integralidade.
7. Perceber as interconexões entre as
ações humanas e seus impactos ocultos no planeta (elementos bióticos e
abióticos), na saúde dos indivíduos e da coletividade e nos sistemas sociais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.
Reduzir o
índice de reprovação nas turmas provenientes da promoção automática;
2. Melhorar a cada ano o índice do
IDDF e o do IDEB;
3. Promover ações de participação
mais efetiva da comunidade escolar;
4. Estimular os profissionais da
escola e capacitá-los constantemente;
5. Promover a avaliação institucional
semestralmente envolvendo toda a comunidade escolar;
6. Realizar a gestão escolar baseada
nos princípios da ética, democracia, paridade, transparência, justiça e no
cumprimento das regras pré-estabelecidas;
7. Estabelecer ações envolvendo todos
os membros da equipe escolar e pais no atendimento qualitativo diferenciado aos
alunos que necessitarem;
8. Democratizar a informação a
respeito da realidade social ambienta,.política e econômica local, em vista da
promoção da consciência cidadã;
9. Desenvolver estratégias de
promoção da igualdade racial, de gênero tendo como referência o contexto
histórico-cultural;
10. Promover o conhecimento das
interações entre os seres vivos;
11. Proporcionar a construção de uma
autoimagem positiva e consequente valorização do eu, do outro e do meio;
CONCEPÇÕES TEÓRICAS
Toda proposta pedagógica deve ser orientada
por pressupostos teóricos que explicitam as concepções acerca da criança e da
educação e nós nos fundamentamos na psicologia do desenvolvimento humano para
que possamos compreender as diferentes formas que as crianças se desenvolvem e
aprendem buscando metodologias mais eficazes.
Atualmente
percebe-se a criança como ser integral, global, onde a mesma é considerada
biopsicossocial. Percebemos as influências concretas de Piaget no estudo sobre
o sujeito cognoscente e Vygotsky no estudo do sujeito social (histórico).
De
acordo com Vygotsky, o desenvolvimento da criança poderia se descrito: ensinar
e aprender. As crianças desenvolvem e são desenvolvidas. Ele afirma que os
seres humanos aprendem na medida em que interagem com os outros. O conhecimento
deriva da cultura humana. Tudo que está na zona de desenvolvimento proximal é
apreendido.
Piaget
mostra a importância da interação sujeito-objeto, tornam-se importantes o equilíbrio,
adaptação e assimilação.
A Teoria Histórico-Cultural de
Vygotsky, em sua gênese, pressupõe uma natureza social da aprendizagem, ou
seja, são por meio das interações sociais que o indivíduo desenvolve suas
funções psicológicas superiores. O aprendizado humano pressupõe uma natureza
social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida
intelectual daqueles que as cercam. (VIGOTSKI, 2007, p.100) através das
relações com os outros homens, por meio da mediação de instrumentos,
principalmente por meio da linguagem (instrumento simbólico básico de todos os
grupos humanos) e dos objetos (instrumentos concretos), que o indivíduo
interioriza os elementos culturalmente estruturados. Vygotsky chama de
internalização, essa reconstrução interna de uma operação externa.
De
acordo com ele, todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas
vezes, ou seja, em dois momentos: no nível social (Inter psicológico) e depois
no nível individual (intrapsicológico):
1º Inter psicológico: é o momento da aprendizagem que
ocorre entre pessoas. Este primeiro momento é decisivo no processo de
ensino-aprendizagem, pois é o momento da mediação docente;
2º Intrapsicológico: é o momento da aprendizagem que
ocorre no interior da criança. No processo de ensino-aprendizagem corresponde
ao momento da apropriação dos conteúdos pelo aluno.
A transformação de
um processo interpessoal num processo intrapessoal acontece ao longo do
desenvolvimento da criança, como resultado de uma série de eventos ocorridos.
como um processo dialético complexo caracterizado por inúmeras
transformações.
Segundo Vygotsky (2007), não podemos nos
limitar à determinação de níveis de desenvolvimento, se o que queremos é
descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a capacidade
de aprendizado. Temos que determinar pelo menos dois níveis de desenvolvimento
da criança: o primeiro nível pode ser chamado de nível de desenvolvimento real
e o segundo, de zona de desenvolvimento proximal.
➔Nível de desenvolvimento real: é o nível de desenvolvimento da
criança onde suas funções mentais já se estabeleceram como resultado de certos
ciclos de desenvolvimento já completados;
➔Zona de desenvolvimento proximal ou
potencial: é o nível
de desenvolvimento da criança determinado através da capacidade de solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com os colegas mais
capazes.
Pretendemos trabalhar o tema do PPP 2016
Consciência Planetária, pois "No
meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma
família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar
forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela
natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura
da paz".
Consciência planetária é um movimento social que propõe mudar a relação de dominação
do ser humano sobre a natureza e criar um modo de produção e de consumo
respeitoso com o meio ambiente.
A consciência planetária ocorre através da
percepção das complexas relações entre cada ser vivo e o meio ambiente, que não
há indivíduos isolados e que toda vida depende de múltiplas relações. Desde
meados do século XX essa consciência vem ampliando o seu raio de abrangência.
Já não é apenas o meio ambiente imediato (cidade, região ou país) que conta,
mas o meio ambiente mais amplo (planeta). Pode-se falar de consciência
planetária para tratar a relação entre a humanidade – gênero humano com seus
diferentes povos e culturas – e o seu meio ambiente, ou, em termos mais
precisos, o micro-organismo vivo que James Lovelock chama de Gaia. A
consciência planetária implica numa consciência ecológica, de responsabilidade
diante da vida no planeta, mas vai muito além desta, porque no limite ela
representa o ser humano como um componente do sistema de vida do planeta. O ser
humano que vive e se relaciona com o planeta pensa e fala e de diferentes modos
expressa sua consciência – que justamente por isso distingue-se dos demais
componentes do planeta – mas nem por isso pode arrogar-se no direito de impor
sua vontade sobre os demais. Para o ser humano, o meio ambiente deve ser
entendido como o espaço físico e biológico mediado pela cultura, ou seja, um
espaço que também é sociocultural.
O conceito de consciência planetária é
esboçado no Preâmbulo da Carta da Terra, em estilo esperançoso e
estimulador. No meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de
vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no
respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e
numa cultura da paz. A visão planetária, embora assumida por cada pessoa, pode
ser classificada como um tipo de consciência coletiva, na acepção de Durkheim.
Do ponto de vista da sociologia, o termo “consciência” compreende: quem somos
(autoconhecimento), o que é o mundo (conhecimento experiencial da realidade) e
o que deve ser mudado nele (critérios éticos para a ação transformadora). Neste
sentido, “consciência planetária” designa o conjunto de ideias e valores que
fundamentam e motivam um amplo movimento social em defesa da vida na Terra.
O comportamento de cada membro vivo
do ecossistema depende do comportamento de muitos outros. O sucesso da
comunidade toda depende do sucesso de cada um de seus membros, enquanto que o
sucesso de cada membro depende do sucesso da comunidade como um todo.
Os princípios da ecologia -
interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade, diversidade são os da
sustentabilidade. A sobrevivência da humanidade dependerá de nossa
alfabetização ecológica, da nossa capacidade para entender esses princípios da
ecologia e viver em conformidade com eles.
CONCEPÇÕES, PRÁTICA E ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO.
A
avaliação pedagógica do ensino- aprendizagem será com caráter processual, formativo e
participativo de forma contínua, cumulativa e diagnóstica, levando-se em
consideração tanto as estratégias didático-pedagógicas propostas como os
processos de aprendizagens dos estudantes.
A avaliação das ações contidas neste
Plano de ação será feita através da avaliação institucional, dos encontros envolvendo família, nas
reuniões pedagógicas e administrativas, visando sempre uma reavaliação,
possibilitando rever estratégias semestrais, mensais e anuais que zele pela
eficácia e eficiência do mesmo.
A avaliação será formativa com vários
instrumentos e análise de todo o coletivo da escola. A cada final de quatro
semanas, haverá aplicação do teste da psicogênese envolvendo os alunos do BIA e
coordenação com vistas as avaliação dos avanços dos alunos e reformulação de
estratégias para a progressão continuada. Nas turmas de 4º e 5º anos(Bloco 2)
também serão avaliadas as estratégias de reagrupamento envolvendo os
professores do contra turno.
Também trabalharemos com portfólio
para acompanhamento individualizado e Conselho de Classe bimestral e Conselho
de Classe Mirim envolvendo a clientela escolar.
PLANO DE AÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO
PPP
ESTRATÉGIAS
1. Promover eventos festivos abertos
à comunidade escolar;
2. Estimular a participação da
comunidade escolar nas acolhidas às segundas feiras, com o planejamento prévio
junto à coordenação;
3. Estimular a divulgação
administrativa e pedagógica do Jornal
Voz da Criança, feito com a participação dos alunos e dos pais na versão
escrita e falada;
4. Fortalecer a coordenação
pedagógica como espaço de troca de experiências, aprendizado profissional,
discussão e reavaliações;
5. Dar continuidade a auto avaliação
e a avaliação institucional de todos os membros da escola e da participação dos
pais nos resultados;
6. Buscar parcerias para
melhorias na escola, através de festas,
sorteios, rifas e da Vivência Matemática;
7. Atualizar o banco de pais
voluntários que estejam disponíveis, junto ao Conselho Escolar e APM para
melhorias administrativas e pedagógicas;
8. Oferecer condições reais ao
professor de realizar trabalho diversificado e diferenciado, incluindo a ludicidade,
com apoio da equipe pedagógica, Sala de Recursos, Laboratório de Informática
inclusive durante o horário de aula;
9. Diagnosticar através da análise de
resultados do IDEB, Provinha Brasil e
Avaliação Institucional, os entraves de melhoria e acompanhar sistematicamente
o atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, encaminhando-os para
EEAA, OE e Sala de Recursos;
10. Avaliar ao final de cada evento
os resultados alcançados e as dificuldades encontradas, para novos
encaminhamentos;
11. Garantir o acesso e divulgar
periodicamente a documentação e aplicabilidade das verbas públicas, destinadas
à escola e das verbas arrecadadas através de APM, doações, Bazar, venda de
material para reciclagem;
12. Realizar o Conselho de Classe
Mirim pelo menos duas vezes ao ano (início e término);
13. Conscientizar os alunos e pais
quanto à conservação do espaço físico escolar e das normas e
corresponsabilidades, disseminando o respeito ao outro, ao meio ambiente, como
cidadãos conscientes;
14. Propiciar aos alunos e pais
participações em eventos culturais diversos,
15. Promover a autonomia da criança
16. Implementar projetos que visem os
temas transversais: Meio Ambiente, Cidadania, Combate à Violência, Direitos
Humanos, Diversidade Cultural, Combate a qualquer tipo de Preconceito,
intolerância, envolvendo valores e respeito;
17. Garantir a todos os alunos
conhecimento sobre a miscigenação do povo brasileiro, a liberdade religiosa de
todos os credos, liberdade política, mantendo a postura laica e não partidária
da escola, trabalhando temas envolvidos no currículo, garantindo autonomia ao
aluno e ao professor e manifestação aos pais;
18. Dar continuidade a oficinas na
escola para os pais mostrarem suas aptidões e talentos, implementando pelo menos duas vezes ao ano o Dia :Minha
Família Sabe Muito!
19. Proporcionar aos alunos visitas,
com planejamento prévio e cunho pedagógico a
Museu,Teatro,Cinema,Biblioteca,Pontos Turísticos,Jardim Botânico
entre outros;
20. Utilizar o Laboratório de
Informática como ferramenta pedagógica, onde o professor regente poderá
realizar aulas diversificadas, previamente planejadas ou usar o recurso com
toda a turma;
21. Estimular o hábito de leitura,
promovendo premiação simbólica;
22. Estimular o hábito de alimentação saudável, conscientizando a
família e estipulando um dia específico para salada de frutas e sopa, com a colaboração da comunidade
através de doações voluntárias;
23.Envolver os pais no plantio,
colheita e cuidados com a horta escolar ;
24.Propiciar aos alunos atividades
lúdicas e com professores diferentes no reagrupamento através de planejamento
prévio visando sanar a dificuldade momentânea;
25.Propiciar no espaço escolar aos
alunos do 1º e 2º anos e Classe Especial
prioritariamente atividades psicomotoras com professor formando em Educação
Física através da participação voluntária;
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA
ESCOLA
O
presente projeto foi elaborado pela comunidade escolar deste Estabelecimento de
Ensino sob a supervisão da direção, com o objetivo de melhorar a qualidade de
ensino, reduzir a repetência, garantir o sucesso escolar e extinguir a evasão e
implementar a gestão democrática. Com relação à metodologia utilizada será
baseada na Pedagogia de projetos, onde a interdisciplinaridade e a proposta
sócio interacionista e a abordagem construtivista permeiam o fazer pedagógico.
Portanto o método é global, visando desenvolver individualmente as
potencialidades.
"Vygotsky defende a ideia de contínua
interação entre as mutáveis condições sociais e as bases biológicas do
comportamento humano. Partindo de estruturas orgânicas elementares,
determinadas basicamente pela maturação, formam-se novas e mais complexas
funções mentais, a depender das experiências sociais a que as crianças se acham
expostas." (Davis & Oliveira, 1993:49).
Para Vygotsky, toda forma superior
de comportamento aparece duas vezes durante seu desenvolvimento: primeiro como
forma coletiva, como um procedimento externo do comportamento, isto é, Inter
psicológica, para depois se converter em individual, em uma forma de
comportamento da própria pessoa, isto é, intrapsicológica.
Este processo de interiorização implica uma verdadeira reconstrução
daquilo que em princípio foi manifestado em nível externo. “Dessa forma, o
desenvolvimento cultural da criança tem origem social, em duplo sentido
(Wertsch, 1988, In Coll 1996:28):” primeiro, porque as funções psicológicas
superiores - e com elas todas as formas culturais - são construções sociais; e,
segundo..., porque sua construção em nível individual, sua interiorização, é
concretizada a partir de interações que a criança mantém com os adultos e
outros agentes mediadores de seu entorno, nos quais aparecem tais
funções". É evidente para Vygotsky a ideia de que o indivíduo reconstrói e
reelabora os significados transmitidos pelo seu grupo cultural.
Para Vygotsky, a ZDP (Zona de
Desenvolvimento Proximal) constitui-se em dois níveis: o nível de
desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. A capacidade de
realizar tarefa sozinha constitui-se no nível de desenvolvimento real, enquanto
que o nível de desenvolvimento potencial é a etapa em que a criança
desempenha tarefas com a ajuda do outro.
"Essa possibilidade de
alteração de desempenho de uma pessoa pela interferência de outra é fundamental
na teoria de Vygotsky. Em primeiro lugar porque representa, de fato, um momento
do desenvolvimento: não é qualquer indivíduo que pode, a partir da ajuda do
outro, realizar qualquer tarefa. Isto é, a capacidade de se beneficiar de uma
colaboração de outra pessoa vai ocorrer num certo nível de desenvolvimento, não
antes". (Oliveira, 1993:59). O nível de desenvolvimento potencial
caracteriza-se, portanto em uma etapa na qual a interferência do outro afeta
significativamente o resultado da ação individual.
A partir desta síntese, pode-se
inferir que os pressupostos teóricos de Vygotsky reconceituam o estudo da
interação, que, no processo educativo, caracteriza-se como ponto central, para
compreender os processos de mudança produzidos pelas interações realizadas em
situações escolares.
Trabalharemos
também com subprojetos que serão desenvolvidos em cada turma após definição do
professor regente com a turma em consonância com este Projeto Político
Pedagógico a partir do tema Letramento Matemático.
A carga horária de trabalho do professor será
a constante na legislação vigente, com 25 horas de regência e 15 de coordenação.
Os dias destinados a Escola Parque serão complementados com atividade de reagrupamento
no contra turno (2 horas semanais) e mais 03 de projeto interventivo,
inclusive nas turmas em que há ausência
do professor nos afastamentos legais.
O coordenador pedagógico e professor de Sala
de Recursos cumprirão o determinado na portaria de distribuição de carga
horária, de acordo com suas atribuições.
As aulas
serão enriquecidas com atividades lúdicas, objetivando o desenvolvimento do
raciocínio lógico-matemático, o desenvolvimento de habilidades motoras, maior
socialização em busca do bem estar físico / mental.
O atendimento da Sala de Recursos
deverá viabilizar a adequação curricular, inclusive as avaliações aos alunos
ANEE acompanhando os alunos diagnosticados junto ao professor regente.
O
atendimento às necessidades educativas dos estudantes identificados com
potencial de talento em salas de aula do ensino regular fundamenta-se no
desenvolvimento de estratégias diferenciadas de abordagem das habilidades e
competências do currículo comum, com vistas à suplementação, diferenciação,
modificação e ao enriquecimento curricular através da Sala de Recursos
existente nesta Instituição de Ensino.
RECURSOS FÍSICOS
AMBIENTE ADMINISTRATIVO/SERVIÇOS
1. Laboratório de Informática
2. Secretaria
3. Direção
4. Sala Multiuso para Atendimento aos
pais e alunos
5 . Banheiros
6. Copa/ Sala de descanso dos
funcionários//. OE e Sala de Recursos Generalista
7. Sala de Recursos e Altas
Habilidades
8. Sala de Coordenação
9. Cozinha
10 .Despensa
11. Sala dos Servidores
12. Depósito de Material de Limpeza
13. Sala de Jogos(Atendimento
integral)
AMBIENTE PRÓPRIO
1.
06 salas de Aula
RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros para implantação do presente plano serão
contemplados no Projeto Político Pedagógico a ser discutido, adquirido e
construído por toda a comunidade escolar e terão como fonte:
*DOAÇÕES COMUNITÁRIAS, PARCERIAS,
VERBAS PÚBLICAS PDDE E PDAF,*APM, RIFAS/BAZAR.
RECURSOS MATERIAIS
Após discussão com o coletivo da escola e Conselho Escolar, delimitamos
como prioridades para o ano de 2016:
Pintura de amarelinha e jogos,
globo, som portátil para todas as salas .
RECURSOS HUMANOS
SERVIDORES COM LIMITAÇÃO DE ATIVIDADE
1.
LUSINEIDE
FERREIRA SILVA, matrícula 68230/6 com restrição funcional em processo
nº080008548/2010
Atribuições respeitando-se as recomendações do DSO:
*Suporte na cantina (recebimento do
lanche, organização, controle), Controle de estoque em material de limpeza ,
recebimento e conferência, e atribuições de agente de portaria
2.CLÁUDIA VANELI SILVA DE OLIVEIRA, matrícula 0031869-8 com restrição temporária
Atribuições respeitando-se as recomendações do DSO:
*Atuação na Biblioteca (*Registro de
livros, empréstimo, organização)
*Participação no recreio diário,
monitorando atividades de leitura na Biblioteca
*Colaboração em atividades de apoio
pedagógico.
CALENDÁRIO ESPECÍFICO
1º Semestre
Março
09/03- Dia letivo temático
- Reorganização do PPP
07 a 11/03- Tema da acolhida- Valorização da Mulher/Direitos
Humanos/Respeito às diferenças
21/03 a 24/03- Tema da acolhida -Semana da conscientização do
uso sustentável da água
Abril
06/04- Planejamento Festa da Família
09/04-(sábado letivo)-Reorganização com a comunidade escolar do P.P.P. em reposição ao
dia 22/04
21/04 Feriado
22/04- recesso
11 a 15/04 - Vivência Matemática
11/04 a 20/04- Tema da acolhida Diversidade Cultural africana e
indígena/relacionar com Brasília
Maio
25/04 a 06/05 Tema da acolhida Família
12/05- Entrega das matérias para o Jornal Voz da criança.Tema
família
09/05 a 13/05- Semana de Educação para a Vida
19/05- Festa da Família do turno vespertino
20/05- (sexta) Festa da Família do turno matutino
Matutino: 8h30 às 11h
Vespertino: 14 h30 às 17h
25/05-Reunião de Pais 1º bimestre
Junho
08/06- Dia letivo temático
Avaliação Pedagógica
11/06- Vivência Matemática Junina
25/06- (sábado letivo) Minha Família Sabe Muito reposição do dia
26/05 (recesso)
Julho
*Início da arrecadação para passeio Semana da
Criança
*Comemoração dos Aniversariantes do
1º semestre (cinema)
*18 a 22/07 – Vivência Matemática
27/07- Reunião de Pais 2º Bimestre
*O calendário do 2º semestre será feito em Julho com toda
comunidade escolar
BIBLIOGRAFIA
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VIGOTSKI, Levy S. Pensamento e Linguagem . São Paulo,
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VILLAS BOAS, Benigna M. Bases Pedagógicas do Trabalho Escolar,
Módulo I do
PIE – Curso de Pedagogia para professores em
início de escolarização –
FE, UnB, 2001
PROJETO
CAMINHOS
DA LEITURA
BIBLIOTECA
Brasília, 2016
JUSTIFICATIVA
q
A Escola Classe 111 Sul tem a proposta de oferecer aos alunos e alunas,
e a todos e todas que fazem a composição da nossa escola, o atendimento no
espaço da biblioteca escolar para a ampliação do mundo literário num contexto
lúdico para a construção de cidadãos
mais humanitários e conscientes de valores deveres e obrigações, para com ele,
com o seu próximo e com o mundo.
q
As referências acima, podem ser
adquiridos através do hábito de boas e adequadas leituras, bem como a vivência
de momentos de contações de histórias. Proporcionando de maneira lúdica a
prática de todos os conceitos de construção de vida sem ferir o conhecimento
nato que cada indivíduo carrega consigo.
q
Devido o atendimento de alunos que estão inseridos na Educação Especial,
esses alunos também serão atendidos no espaço da biblioteca escolar onde os
professores poderão levar os alunos e coordenar as atividades . Participando de
forma adequada, respeitando as limitações de cada um.
q
Nossa proposta é oportunizar o
máximo de inclusão, para que a formação de cidadãos conscientes seja uma
construção o mais natural possível. Para que isso possa acontecer, será
utilizado o espaço da biblioteca escolar com a participação efetiva também dos
nossos alunos da Educação Especial.
OBJETIVOS GERAIS
q
O Projeto de Leitura: CAMINHO DA LEITURA tem como objetivo precípuo
desenvolver o prazer e o hábito de ler. A
todos os alunos e alunas, bem como professores e professoras e também a todos e
todas que compõem nossa escola. Em uma prática lúdica e planejada.
q
Conscientizar a todos e todas que
o ato de ler, transforma e constrói um ser humano mais capaz de entender-se e
entender o seu próximo. O mundo literário fomenta a transformação de uma mente
tímida para uma mente capaz de produzir novos conhecimentos e posturas
sócio-interativas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
q
Divulgar as atividades ocorridas dentro do espaço da biblioteca no blog
da escola;
q
Combinar normas de funcionamento
para o uso adequado;
q
Oportunizar a participação de
todos os segmentos em eventos culturais para a inclusão de todos e todas;
q
Viabilizar o espaço para a
prática de pesquisas em turno contrário;
q
Disponibilizar o espaço da
biblioteca para toda a comunidade dentro dos horário e normas estabelecidos
pela unidade de ensino;
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PROPOSTAS
q
Empréstimo semanal de obras literárias;
q
Premiação simbólica bimestral dos
leitores;
q
Parada para leitura às sextas
feiras após entrada de turno;
q
Acolhimento de alunos e alunas
durante o recreio para a familiarização com o espaço;
RECURSOS HUMANOS
q
Uma professora 40 horas lotada efetivamente nesta escola, responsável
pelas atividades de suporte e apoio ao aluno(a), professor(a) .
MATERIAIS EXISTENTES:
q
Acervo variado, com obras literárias, enciclopédias diversas, revistas
e livros paradidáticos;
q
Caixa estante;
q
Fantoches e algumas fantasias;
q
mesas e cadeiras;
q
NECESSÁRIOS:
q
Atualização do
acervo ao final de cada ano;
AVALIAÇÃO
q
Dar-se-á pela observação ao longo do ano letivo pela equipe gestora o
corpo docente e discente, pais e responsáveis dos alunos e demais segmentos que
compõem nossa escola.
EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À
APRENDIZAGEM
Objetivo:
Atuar na
promoção da melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem por meio
de ações institucionais preventivas e interventivas, visando à diminuição das
queixas escolares e manifestações de fracasso escolar; promovendo a superação das contradições entre
as praticas educativas e as efetivas demandas dos diferentes sujeitos;
subsidiando o aprimoramento das atuações institucionais e profissionais dos
atores da escola; contribuindo para a melhoria do desempenho dos alunos pela
concretização da cultura de sucesso escolar e do fortalecimento da avaliação
educacional e institucional formativa.
Ações:
- Análise da estrutura física e
funcional da escola (Mapeamento Institucional) com o intuito de evidenciar as
convergências, incoerências, conflitos e avanços existentes na IE a partir de
levantamento histórico e documental e da observação dos espaços e das práticas
escolares.
- Assessoramento ao trabalho
pedagógico da escola criando e revitalizando espaços de reflexão com e entre os
professores, coordenadores pedagógicos e direção da escola, promovendo
discussões, conscientizações e possíveis transformações das concepções
orientadoras das práticas pedagógicas (observar aqui a Pedagogia
Histórico-Crítica).
- Criação de um espaço de escuta do
discurso dos professores para conhecer suas concepções e expectativas a respeito
do desempenho escolar de seus alunos.
- Acolhimento dos alunos encaminhados
às equipes para avaliação e providências
relacionadas aos relatórios e devolutivas para a escola, família e professores.
- Assessoria aos professores e alunos
das Classes Especiais.
- Participação nas Coordenações
Pedagógicas das IE onde atua.
- Oferta de subsídios para que ações
pedagógicas voltadas para o melhor rendimento escolar dos alunos com
necessidades educacionais especiais ocorram tanto na dimensão coletiva quanto individual
(Ex: oficinas com os professores e coordenação pedagógica da escola; discussão
de temas relevantes sobre a inclusão escolar dos alunos ANEE; apresentação de
material teórico/prático sobre deficiências e transtornos funcionais; etc.).
- Promoção junto aos demais atores da
escola de reflexões acerca das concepções deterministas de desenvolvimento
humano, ensino e aprendizagem que podem estar presentes em suas praticas
pedagógicas (observar aqui a Pedagogia Histórico-Crítica).
- Orientações à escola, ao professor
e aos demais membros da comunidade escolar sobre a sua responsabilidade diante
das intervenções que se fizerem necessárias ao êxito escolar dos alunos.
- Sensibilização dos pais dos alunos
acompanhados pelas EEAA para participarem da construção do PPP da escola.
- Busca de parcerias com as famílias
tornando-as corresponsáveis pelo desenvolvimento acadêmico do aluno
orientando-as e subsidiando-as no acompanhamento deste frente às suas
dificuldades de aprendizagem.
- Atendimento direto ao aluno quando
não houver superação da queixa inicial depois de feitas as intervenções junto à
escola, ao professor e à família.
Avaliação:
- A avaliação das ações propostas
pela EEAA estará pautada nas Diretrizes de Avaliação Educacional para a rede
pública de ensino com vistas ao triênio 2014/2016. Nessas avaliações serão
abordadas as concepções, conceitos e práticas que fundamentam a avaliação
formativa.
- A avaliação dar-se-á
processualmente para que cada ação possa ser avaliada e repensada para estar de
acordo com o seu objetivo.
- Serão utilizadas entrevistas,
formulários, exercícios, avaliações da aprendizagem dos alunos, tabelas,
gráficos entre outros instrumentos/procedimentos de avaliação para a análise
dos dados e reorganização das ações propostas.
|
Enter@ção 2016
Informática, Ferramenta Pedagógica
JUSTIFICATIVA
O tema central deste projeto é a
utilização da Informática, como recurso pedagógico integrado com o Projeto
Político Pedagógico. O objetivo maior da escola é a oferta de um ensino de
qualidade, de acesso, com sucesso para TODOS os alunos, numa visão sócio
interacionista e construção de identidade própria da Escola Classe 111 Sul
O computador é uma ferramenta muito
útil no processo de ensino-aprendizagem, sendo um estímulo às pesquisas, ao
raciocínio e até mesmo diminuindo a
evasão escolar.
Em questão de poucos anos, a tecnologia tornou-se o
aspecto mais relevante desta sociedade.
Ter acesso ou não à informação pode se constituir em elemento de discriminação,
havendo um distanciamento entre os que conhecem e desconhecem o funcionamento
dos computadores . A informática vem adquirindo cada vez mais importância no cenário educacional. Sua
utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm
aumentando de forma acelerada.
A inclusão da Oficina Curricular
“Informática Educacional” decorre das mudanças constantes pelas quais o mundo
passa, em função da quebra de barreiras culturais e econômicas , a rapidez com
que o conhecimento das diversas áreas do saber se multiplica e o intenso acesso
a novas informações.Diante dessa realidade, a escola enfrenta novos desafios:
preparar o aluno para viver em sociedade, ter acesso à informação, dar
oportunidade aqueles que não têm acesso à informática e se comunicar, pesquisar
e buscar soluções cada vez mais atuais e eficientes, para seus problemas. Neste
contexto,a tecnologia nos favorece,
proporcionando direções, aprimorando os sentidos e permitindo vivenciar
situações que nunca imaginaríamos antes.
Sendo assim, a educação vem passando
por mudanças estruturais e funcionais para atualizar-se a nova tecnologia. Essa
tecnologia vem auxiliar na mediação pedagógica,aumentar a interatividade entre
aluno e professor, levando um mundo de conhecimento para dentro da sala de
aula,através de várias formas. A Internet provoca a atualização dos docentes e
discentes e promove a mudança de paradigmas tradicionais,em relação ao processo
de ensino e aprendizagem, quando apresentam uma nova maneira de ensinar e
aprender.
A Escola Classe 111 Sul pretende
utilizar o Laboratório de Informática como mais um recurso/ferramenta
pedagógica, estimulando os alunos e desenvolvendo habilidades ,competências e o
raciocínio lógico matemático, entre outros. Logo,faz-se importante que o
Laboratório de Informática seja mantido na escola, porque ao adaptar a
informática ao currículo escolar,esta Instituição de Ensino fará uso do
computador, como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados,
além de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
O conceito “interatividade” é de
fundamental importância para o estudo da comunicação, mediada por computador,
da educação á distância, da engenharia de software e de todas as áreas que
lidam com a interação homem-máquina e homem-homem via computador.
Para Machado(1993),interatividade
se define como a “extensão em que os usuários podem participar, modificando a
forma e o conteúdo do ambiente mediado em tempo real”(p.1)Por assim dizer,
interatividade se diferenciaria de termos como engajamento e envolvimento.
Diante dessa situação, é
importante que o professor possa refletir sobre a realidade, repensar sua prática
e construir novas formas de ação, que permitam não só lidar com essa
realidade,como também construí-la.Para que isso ocorra, o professor tem de ser
o regente planejador do trabalho a ser realizado .
Em consonância com o PPP, há
espaço destinado para que o professor regente vá com a turma completa realizar
o trabalho, de acordo com o planejamento prévio, numa visão transdisciplinar.
Há a possibilidade de um grupo de alunos desenvolver trabalho diversificado com
o regente, em sala, enquanto o outro grupo desenvolve, no Laboratório de
Informática, atividade planejada pelo professor regente, relacionada com o
conteúdo desenvolvido, executado pelo responsável do Laboratório de
Informática.
Gouvêa menciona” O professor será
mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e
introduzi-la na sala de aula, no seu dia a dia,da mesma forma que o professor
um dia introduziu o primeiro livro, numa escola e teve de começar a lidar de
modo diferente com o conhecimento.”
Segundo Fróes, não se trata de
fazer o professor um especialista em Informática,mas de criar condições para
que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da
utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal
apropriação da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de
sua utilização educacional.
O espaço do L.I. também será
disponibilizado para a comunidade, onde a escola passa a ser um espaço de
apropriação de todos, conforme consta no PPP.
Serão atendidos todas as 10 turmas
do Ensino Fundamental de 09 anos (1º ao 5º anos) , Altas Habilidades e 03
Classes Especiais, além da comunidade escolar, para pesquisa e acesso a
internet. Teremos dia disponível para capacitação dos servidores da escola, com
repasse do curso feito pelo professor responsável pelo L.I.
Pretende-se atender cerca de 160
alunos semanalmente, além de 32 funcionários e comunidade em geral.
Por fim, o professor deve ser
constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. A figura e atuação
do coordenador de informática (professor responsável pelo L.I). torna-se
imprescindível. Este deverá sugerir constantemente, incentivar e mobilizar o
regente, para a utilização semanal do espaço e para o planejamento integrador.
Este profissional será o gerenciador do espaço pedagógico.
OBJETIVOS
*Socializar informações sobre a
importância do uso do computador, como nova ferramenta didática no processo
ensino-aprendizagem, ao mesmo tempo, sensibilizar para a utilização adequada
desta ferramenta;
*Proporcionar ao professor a
aquisição de conhecimento quanto às vantagens e os riscos das metodologias
informáticas, a serem adotadas na escola, familiarizando-o com o hardware e o
software educativo, para que ele possa promover o desenvolvimento de
competências, na aplicação da Informática Educativa, em sua prática pedagógica;
*Estimular os servidores e pais
quanto ao uso do computador, bem como se
apropriarem desta ferramenta, diminuindo a distância com o mundo virtual;
*Proporcionar ao educando, educação
de qualidade, mais próxima da tecnologia vigente, tornando o conteúdo atraente,
através de aulas lúdicas, prazerosas, oportunizando acesso ao conhecimento em
tempo real;
*Oportunizar, ao alunos, a utilização
do computador como ferramenta didática, de pesquisa e de comunicação real.
ESTRATÉGIAS
O Laboratório de Informática
funcionará com 01 professor 40 horas, de matéria extinta, Professor DOMINGOS GOMES VIEIRA.
O atendimento será semanal e
ocorrerá em 2016 conforme grade abaixo e funcionamento constante na
justificativa:
MATUTINO
SEGUNDA
|
TERÇA
|
Quarta
|
QUINTA
|
SEXTA
|
|
Informática
1º ano B
8h às 9h
9h05 às 10h
|
Informática
5º A
8h10 às 9h
|
Coletiva
|
Informática
4º ano A
8h10 às 9h
9h05 às 10h
|
Coordenação externa
|
|
Informática
1º ano A
10h30 às 11h20
11h20 às 12h10
|
Informática
3º ano A
e CE
10h30 às 11h20
|
2º A
10h30 às 11h20
11h20 às 12h10
|
Aberta a comunidade
|
Coordenação Externa
|
|
VESPERTINO
Segunda
|
Terça
|
Quarta
|
Quinta
|
Sexta
|
Informática
1º ano c
14h10 às 15h
|
Informática
Classe especial
|
Aberto a comunidade
|
Aberto à comunidade
|
Coordenação
|
Informática
2º ano b
16h às 16h50
16h55 às 17h45
|
Informática
3º ano b
16h às 16h50
16h55 às 17h45
|
Coletiva
|
Informática
4º ano b
16h às 16h50
|
Coordenação
|
AVALIAÇÃO
Será
realizada, a partir da observação e participação efetiva dos alunos, pais,
professores e servidores, além da avaliação institucional constante no PPP.
RECURSOS HUMANOS
Existente:
*01 professor 40 horas, de matéria
extinta, que atua como gerenciador do Laboratório de Informática, com
capacitação através de curso realizado na EAPE em 2012
Necessário: 0
(zero)
MATERIAIS
Existentes
PROINFO
PROGRAMA LINUX
Existentes:
Servidor 1 a 025hy2k
Estação multiterminal 1-1 a 0173v0d
Estação multiterminal 2-1 a 0174w7m
Estação multiterminal 3-1 a 016sy4y
Estação multiterminal 4-1 a 017602g
Estação multiterminal 5-1 a 017601g
Estação multiterminal 6-1 a 0174t4y
Estação multiterminal 7- 1 a 0172w63
Estação secretaria- 1 a 019k690
01 impressora
01 roteador
01 autotafo
09 estabilizadores
01 webcan
18 fones de ouvido
09 micros
Kit de segurança
Necessários
Programas Software na área educacional
RESPONSÁVEL
PELO PROJETO
Atualmente, o Professor Domingos Vieira Gomes, matrícula 44042-6, de
matéria extinta, com habilitação em informática, através de curso promovido
pela EAPE/ SE.
PERÍODO
DE REALIZAÇÃO
Durante o ano letivo de 2016.
LOCAL
DE REALIZAÇÃO DO PROJETO
Espaço próprio na Escola Classe 111
Sul, onde está instalado o Laboratório de Informática do PROINFO.
Subprojetos 2016
Cantando, Brincando e Aprendendo
1º ano A, C e Classe Especial D e E
Justificativa
Cantiga de Roda é um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.
Cantiga de Roda é um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.
Elas
também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico.
Há
algumas características que elas têm em comum como, por exemplo, a letra. Além
de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e
trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos
animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade
daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história
contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória.
Ao longo
da História, esse passatempo transmitiu histórias, lendas, cultura.
E consolidou o vínculo afetivo de muitas gerações, que se deram as mãos, cantaram e dançaram juntas, falando a mesma linguagem, apesar da mudança dos tempos.
E consolidou o vínculo afetivo de muitas gerações, que se deram as mãos, cantaram e dançaram juntas, falando a mesma linguagem, apesar da mudança dos tempos.
Por meio
das brincadeiras, as crianças vão descobrindo a harmonia dos movimentos do
próprio corpo e a musicalidade de sua voz. Brincando, elas exercitam sua
capacidade de socialização, habilidade necessária em qualquer ambiente que
exija convivência e traquejo social.
Elas são fortes aliadas também na hora de ensiná-los a ler e a escrever.
Os especialistas afirmam que a familiaridade com textos conhecidos e apreciados
pelas crianças facilita a alfabetização.
Perceber
que a combinação de determinadas letras resulta em cada uma das palavras do
refrão de uma cantiga conhecida é muito mais gostoso e interessante do que
aprender a ler e escrever palavras isoladas. Isso aumenta a capacidade de
compreensão da criança que, assim, tem mais possibilidades de interpretar e
conhecer o mundo em que vive.
Esse projeto visa proporcionar um
gênero que, por ser facilmente memoriável, permita às crianças
dar sentido à leitura e a escrita de forma competente.
Ao estabelecer relações entre o
escrito e o oral, os alunos avançam nestas habilidades, bem como, na
interpretação do próprio texto.
Acreditamos
que o processo de alfabetização de crianças deve ser realizado com prazer e
construção e que a estratégia lúdica vem se configurando como uma importante
ferramenta para o desenvolvimento infantil de aquisições formais.
Por meio de uma aula lúdica, o aluno
é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo
sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno desperta o
desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista. Quando a
criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma atividade dinâmica
e lúdica, a brincadeira passa a ser interessante e a concentração do aluno fica
maior, assimilando os conteúdos com mais facilidades e naturalidade.
(KISHIMOTO, 1994).
Para
Piaget, os jogos são atividades que facilitam a trajetória interna da
construção da inteligência e dos afetos, no instante em que se detiverem a
seguinte indagação: “como o conhecimento é obtido, ou seja, como é construída a
habilidade do conhecer?”. O mesmo ainda salienta que a atividade lúdica só
poderá trazer a sensação de experiência plena para o todo do aluno quando da
participação do mesmo, e como mais um recurso para a busca de um
desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.
A ludicidade pode ser utilizada como
forma de sondar, introduzir ou reforçar os conteúdos, fundamentados nos
interesses que podem levar o aluno a sentir satisfação em descobrir um caminho
interessante no aprendizado. Assim, o lúdico é uma ponte para auxiliar na
melhoria dos resultados que os professores querem alcançar. (BRASIL, 2007)
Quando acrescentamos criatividade, espontaneidade, alegria, música,
contos, fantasias e muita imaginação na nossa prática pedagógica,
proporcionamos às nossas crianças o desenvolvimento de habilidade para buscar e
realizar novas descobertas, tornando o processo de alfabetização, além do
aprender a ler e escrever, mas como uma etapa fundamental e prazerosa para no
universo do ensino-aprendizagem.
Objetivo Geral
Possibilitar que as crianças
vivenciem, desde o início de seu processo de alfabetização, atividades que
envolvam textos, palavras, letras significativas, assim como resgatar a cultura
das cantigas, adivinhas e brincadeiras de forma a contribuir para o
desenvolvimento do processo de alfabetização e letramento, propiciando aos
alunos um trabalho rico e prazeroso no decorrer do processo de aprendizagem.
Objetivos
Específicos
- Desenvolver
habilidades de leitura e de escrita;
- Interpretar informações;
- Cantar e representar cantigas de roda;
- Desenvolver habilidades de escuta e respeito à
fala de colegas;
- Desenvolver atitudes de interação, colaboração
e troca de experiências em grupos;
- Participar de interações orais em sala de
aula;
- Identificar semelhanças sonoras em
sílabas e em rimas;
- Perceber que as vogais estão em todas as
sílabas;
- Dominar as correspondências entre letras
ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler e escrever palavras
e textos.
- Identificar rimas, estrofes e versos;
- Localizar informações no texto;
- Ampliar o repertório
musical e de outras brincadeiras típicas do nosso folclore.
- Estimular a pesquisa e
a análise das palavras do texto, ampliando seu vocabulário;
- Escrever textos
que sabem de memória e, assim, refletir sobre o sistema de escrita,
colocar em jogo suas hipóteses e confrontá-las com as dos colegas;
- Participar de
situações de escrita coletiva, colocando em ação procedimentos
relacionados ao ato de escrever;
- Elaborar um livro
sobre os temas trabalhados em sala de aula, bem como, trabalhos artísticos
e cartazes para serem expostos na culminância da Feira Cultural da escola;
- Apreciar e
valorizar os elementos da cultura popular.
Área do
Conhecimento
Todos os eixos (transversais e integradores) constantes no Currículo em
Movimento, trabalhados de forma interdisciplinar.
Público
Alvo
1º ano A, C e Classe Especial
Estrutura
Programática
Conteúdos conceituais: cantigas de
roda, parlendas, trava-línguas para ler e escrever.
Conteúdos procedimentais: trabalhar com cantigas onde os alunos terão oportunidade de desenvolver atividades de leitura, escrita espontânea de textos memorizados ou não, texto lacunado, discriminação de vogais e consoantes, confecção de livro, pesquisa, ampliação do repertório musical e conhecimento cultural, desenvolvimento da oralidade, da coordenação motora dos movimentos amplos e finos por meio das brincadeiras, ritmo, rimas que mostrem o sentido e a função da escrita.
Conteúdos procedimentais: trabalhar com cantigas onde os alunos terão oportunidade de desenvolver atividades de leitura, escrita espontânea de textos memorizados ou não, texto lacunado, discriminação de vogais e consoantes, confecção de livro, pesquisa, ampliação do repertório musical e conhecimento cultural, desenvolvimento da oralidade, da coordenação motora dos movimentos amplos e finos por meio das brincadeiras, ritmo, rimas que mostrem o sentido e a função da escrita.
Conteúdos atitudinais: o projeto
possibilita com que os alunos realizem um trabalho coletivo, onde todos estejam
envolvidos, provocando situações em que se ajudem mutuamente no processo de
aprendizagem.
Recursos
Letras de cantigas de roda transcritas em cartaz, Trava-Línguas, textos instrucionais de brincadeiras, aparelho de som para a audição de CDs, Televisão, cartolinas, material de pintura para a confecção de livros e trabalhos artísticos, papel A3 e A4.
Letras de cantigas de roda transcritas em cartaz, Trava-Línguas, textos instrucionais de brincadeiras, aparelho de som para a audição de CDs, Televisão, cartolinas, material de pintura para a confecção de livros e trabalhos artísticos, papel A3 e A4.
CD’s,
DVD’s e Livros:
DVD
Galinha Pintadinha
DVD
Turma do Seu Lobato
Palavra
Cantada – Cantigas de Roda
Quem Canta seus Males Espanta Vol.1
e 2 - Theodora Maria Mendes DeAlmeida
Histórias de
Cantigas – Celso Sisto
Se Essa Rua fosse
Minha – Eduardo Amos
Meu livro de
Folclore – Ricardo Azevedo
Salada, Saladinha
- Parlendas – Maria José Nóbrega e Rosane Pamplona
Tempo
Estimado
Durante todo o ano de 2016
Avaliação
Avaliação formativa por meio da observação diária.
Avaliação formativa por meio da observação diária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação. Ensino
Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos
de idade. Brasília, DF: MEC, 2007.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e
a educação infantil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1994.
PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia.
4. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da
mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY,
A.Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
Subprojeto Africanidades
2º ano B, 3º ano B, Classe Especial C
– Vespertino –
Introdução
A
expressão africanidades brasileiras refere-se às raízes da cultura brasileira
que têm origem africana. Dizendo de outra forma, queremos nos reportar ao modo
de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprio dos negros brasileiros e, de
outro lado, às marcas da cultura africana que, independentemente da origem
étnica de cada brasileiro, fazem parte do seu dia-a-dia. Feijoada, samba,
capoeira resultaram de criações dos africanos que vieram escravizados para o
Brasil e de seus descendentes e representam formas encontradas para sobreviver,
para expressar um jeito de construir a vida, de senti-la, de vivê-la. Assim,
uma receita de feijoada, de vatapá ou de qualquer outro prato contém mais do
que a combinação de ingredientes: é o retrato de busca de soluções para
manutenção da vida física, de lembrança dos sabores da terra de origem. A
capoeira, hoje um jogo que promove o equilíbrio do corpo e do espírito pelo seu
cultivo, nasceu como instrumento de combate, de defesa.
Africanidades brasileiras
ultrapassam o dado ou o evento material, como um prato de sarapatel ou
uma apresentação de rap. Elas se constituem nos processos que geraram tais dados
e eventos, hoje incorporados pela sociedade brasileira.
Então, estudar Africanidades Brasileiras
significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e
lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao
participar da construção da nação brasileira, vão deixando-nos outros grupos
étnicos.
Finalidades
:
• ensinar
e aprender como os descendentes de africanos vêm, nos mais de quinhentos anos
de Brasil, construindo suas vidas e suas histórias, no interior do seu grupo
étnico e no convívio com outros grupos;
• conhecer
e aprender a respeitar as expressões culturais negras que compõem a história e
a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco valorizadas;
•
compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar;
• discutir
as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da assim designada
democracia racial;
• refazer
concepções relativas à população negra, forjadas com base em preconceitos.
Propondo
encaminhamentos
Schenetzier
dá-nos importantes indicações. A aprendizagem, diz ela, consiste em
reorganização e desenvolvimento das concepções dos alunos; implica, pois,
mudança conceitual. Embora se referindo a conhecimentos prévios em Química, a
afirmativa da autora também diz respeito à aprendizagem em todas as outras
áreas do conhecimento. Calcule-se o valor desse entendimento quando são
tratados conteúdos pouco valorizados pela sociedade,quando, ao ensiná-los,
pretende-se apagar preconceitos, corrigir ideias, atitudes forjadas com base
nas destruidoras ideologias do racismo, do branqueamento. Schenetzier, citando
Andersen, pondera que ensinar implica, entre outras coisas, busca de
estratégias úteis para proceder à mudança conceitual. Para tanto, os
professores deveriam:
• buscar
conhecer as concepções prévias de seus alunos a respeito do estudado,
ouvindo-os falar sobre elas;
• ajudar
os alunos a compreender que ninguém constrói sozinho as concepções a respeito
de fatos, fenômenos e pessoas; que as concepções resultam do que ouvimos outras
pessoas dizerem, resultam também de nossas observações e estudos;
• lançar
desafios para que seus alunos ampliem e/ou reformulem suas concepções prévias,
incentivando-os a pesquisar, debater, trocar ideias, argumentando com ideias e
dados;
•
incentivar a observação da vida cotidiana, observações no contexto da sala de
aula, a elaboração de conclusões, a comparação entre concepções construídas
tanto a partir do senso comum como a partir do estudo sistemático.
O Brasil, apesar de ser um país com vasta cultura musical, linguística,
religiosa, culinária, étnico racial, geográfica, ambiental, dentre outras,
ainda não aprendeu a valorizar seu legado. Muitos desconhecem, negam e/ou
desvalorizam a cultura afro brasileira.
Pessoas de diversas camadas sociais e diferentes níveis de escolaridade
são vítimas e algozes de preconceito e injúria racial.
Diante dessa realidade, faz-se necessário um trabalho pedagógico
de conhecimento e valorização da cultura afro brasileira, favorecendo a
construção de auto imagens positivas dos cidadãos e cidadãs, negros ou não.
Objetivo Geral
Possibilitar o
conhecimento e a valorização da cultura afro brasileira.
Objetivos Específicos
- Conhecer a vinda
dos negros ao Brasil;
- Vivenciar
situações que contribuam para uma convivência antirracista;
- Debater situações
do cotidiano que expressem preconceito e/ou injúria racial;
- Respeitar
manifestações religiosas afro brasileiras;
- Identificar
palavras de origem africana amplamente utilizadas pelo povo brasileiro;
- Trabalhar o
conhecimento e a apreciação de algumas festas, danças e comidas afro
brasileiras por meio de pequenos textos e vídeos.
Procedimentos
- Leitura, conversa,
interpretação de textos e vídeos;
- Leitura de livros de
literatura voltados para a questão étnico racial;
- Produção de textos individual
e coletiva;
- Elaboração e resolução de
situações problema matemáticos;
- Debates intra classe;
- Confecção de cartazes e outros
materiais visuais;
- Estudo de gráficos com
informações sobre a população brasileira como um todo e sobre a situação
dos negros no Brasil.
Referências bibliográficas
.História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na escola Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro e outros
.Ciclo de palestras:
Conheça mais Cultura e imaginário:um ponto de vista negro(coleção com 5 livros)
Nelson Fernando Inocêncio da Silva
.Almanaque pedagógico Afro
Brasileiro- Uma proposta de intervenção pedagógica na superação do racismo no
cotidiano escolar Rosa Margarida de Carvalho Rocha
CURRÍCULO do segundo ano WALDORF
2º ano A
Antonio
Carlos Canelada
Pedagogo
Mestre
em educação
INTRODUÇÃO
A Escola Waldorf recebeu seu
currículo definitivo, pelo menos para as oito classes do primeiro grau, através
das três assim chamadas “palestras sobre currículo” feitas por Rudolf Steiner
em 6 de setembro de 1919 Elas constituem a conclusão do curso de formação
pedagógica para o primeiro colegiado de professores, que engloba o “curso
metódico-didático e o seminário pedagógico”. Durante o primeiro ano de trabalho
na escola o currículo foi elucidado e completado através de numerosas
conferências. Quando, no outono de 1920, uma nona classe teve que ser aberta,
Rudolf Steiner apresentou o currículo respectivo, e continuou a estruturar ano
após ano. Na primavera de 1923 – entrementes o encerramento do ano escolar
havia sido antecipado para a Páscoa – foi aberta pela primeira vez uma 12ª
serie, a qual correspondia à série de conclusão de uma escola estadual do 2º
grau da época; e os pais, logicamente, contavam com que seus filhos e filhas
prestassem exames de conclusão ao mesmo tempo em que também teriam feito numa
escola estadual. Rudolf Steiner desejava corresponder a essa expectativa,
embora para tanto se visse forçado a satisfazer exigências dificilmente
compatíveis entre si: de um lado, aquelas resultantes do seu próprio objetivo
pedagógico e, de outro, aquelas do regulamento vigente para os exames. Ele
assumiu essa tarefa muito contrafeito, e considerou o compromisso daí
decorrente como uma medida de emergência extremamente indesejável. Por isso, na
primavera de 1924, ele decidiu por uma mudança radical; ele deu, para a 12ª
série, um novo currículo que correspondia claramente aos seus conhecimentos
pedagógicos, pelo qual os alunos deveriam ser beneficiados por uma conclusão
sensata de sua educação, independentemente de quererem, ou não, fazer o exame
de conclusão. E, ele tomou em consideração àqueles alunos que, após o decurso
da 12ª série, tivessem o desejo de fazer o exame de conclusão, e que também
parecessem capazes de, em um ano adicional, numa “série preparatória”, que é
como ele desejava fosse chamado esse arranjo, serem especialmente preparados
para esse exame. Aí deveria ser proporcionado a eles tudo aquilo que o
regulamento então vigente para os exames exigia além do currículo da Escola
Waldorf. Essa série preparatória foi aberta pela primeira vez somente após a
morte de Rudolf Steiner, ocorrida a 30 de março de 1925. No entanto ocorreu
que, pela lei da escola elementar imposta pela Constituição de Weimar, e pela
adaptação das escolas superiores da Alemanha a essa mesma lei, também naquelas
escolas (elementares) o exame de conclusão foi adiado por um ano. Rudolf
Steiner tencionava elaborar sistematicamente por escrito o currículo que havia
apresentado oralmente. Porém, ele não mais conseguiu o seu intento. Outras
coisas ainda, que ele também havia planejado para a Escola Waldorf,
permaneceram como desafio. O currículo, entretanto, na plenitude das
indicações, existe de fato; e, sobre como ele deve ser interpretado, disse o
seu criador pouco antes da inauguração da Escola Waldorf de Stuttgart:
“Deveríamos acercar-nos desse currículo de forma tal que nos transpuséssemos
para a posição de, propriamente, moldá-lo nós mesmos a cada momento, que
aprendêssemos a discernir, nos 7º, 8º, 9º 10º anos de vida etc., o que temos de
cultivar nesses anos. ” (“Metódica Didática”, 14ª palestra) Logo após a morte
de Rudolf Steiner, a Dra. Caroline Von Heydebrand, em conjunto com vários
colegas, tomou a seu cargo estruturar e publicar o currículo segundo as
indicações de Rudolf Steiner. No outono de 1925 esse trabalho assaz meritório
foi publicado. Desde a primeira publicação do trabalho de Heydebrand ocorreu
uma geração. Enquanto isso, muitas palavras e cursos dados por Rudolf Steiner
ainda nos últimos anos de sua vida se tornaram acessíveis. Além isso, a coleção
de todas as notas taquigráficas e apontamentos sobre as conferências de Rudolf
Steiner para o colegiado de professores da Escola Waldorf de Stuttgart,
organizada pelos Drs. Erich Gabert e Karl Schubert, trouxe à luz um material
sumamente valioso, e que estava disponível apenas de maneira imperfeita para o
trabalho de Caroline Von Heydebrand. Por isso parece ser hoje adequado retomar
as indicações do currículo de Rudolf Steiner. Seria objetar o sentido e a
essência da arte de educar de Rudolf Steiner, querer constantemente enquadrar o
seu trabalho dentro de um esquema rígido. Esse trabalho situa-se entre dois
polos: um é dado pelo desenrolar do curso do desenvolvimento
físico-anímico-espiritual da criança, o qual só apresenta mudanças muito
lentamente. O outro polo é a condição social e cultural em cujo meio as
crianças têm de crescer. Esse está sujeito a mudanças mais rápidas. Ambos,
porém, exigem que a educação lhes corresponda. Entre essas exigências,
entretanto, estão as crianças individuais, vivas, com inclinações especiais,
aspirando objetivos especiais; entre elas está também o professor com suas
inclinações especiais, seu temperamento, sua formação, seu saber e sua
capacidade, seus conceitos, e, entre elas está finalmente também o currículo.
Para a educação das crianças pequenas, este tem de atender mais às exigências
da primeira orientação, atentar mais para os passos típicos do desenvolvimento
infantil; para o ensino da juventude mais madura, tem de considerar mais as
exigências do segundo tipo, pois a criança tem de encontrar de fato a ligação
com a condição cultural do seu tempo e situar-se nela com firmeza. Tudo isso,
entretanto, é vivo, está em constante mutação, e um currículo rigidamente
moldado jamais poderia corresponder plenamente a esse processo vivo. Um
currículo pode dirigir a consciência do educador para as necessidades, porém
tem de permitir uma adequada liberdade de ação para a direta compreensão
presente do professor e para o seu talento inventivo. Pois, é a compreensão que
se acende na convivência com as crianças, e a força inventiva que cresce a partir
desta convivência, que talvez gerem medidas muito especiais, as quais atuam
sobre a criança de maneira benéfica porque convêm do total movimento do
professor em suas atividades, da total liberdade espiritual, e do amor pela
criança individual. Consequentemente, o currículo corretamente formado deveria
ser apenas uma coleção de tudo aquilo que, a partir do desenvolvimento em
etapas da criança, são exigências que se apresentam normal e objetivamente. Às
quais o educador deveria corresponder nos diferentes níveis de idade. Essas
exigências podem seguir duas direções diferentes: elas podem apontar objetivos,
ou podem fornecer informações metodológicas. Tudo o que passar disso só pode
ter sentido de exemplos que, ou são impostos pelas condições objetivas sob as
quais crescem as crianças a serem educadas, ou são insinuadas pelas aptidões
especiais do professor. As exigências, o mundo as coloca, ou seja, a natureza
da criança ou a cultura da época. O professor está diante delas como um
reconhecedor, e as toma em consideração através de suas medidas educativas,
precisamente como, de modo semelhante, o engenheiro toma em consideração as
regras da teoria da solidez em suas construções. Porém, na mesma proporção em
que essas exigências determinam os esforços e medidas do professor, também há
de se ver que, para a escolha da sua matéria, para as suas exemplificações e
para a conformação didática das mesmas, lhe seja conferida plena liberdade.
Rudolf Steiner efetivamente imaginou o seu currículo como uma coleção tal de exigências
objetivas. Mas, além disso, ele fez muitas propostas; em parte, aquelas que
resultaram das aptidões do professor cogitado em parte, porém também aquelas
que de maneira especialmente paradigmática podiam elucidar a exigência
concretizável com elas. Às vezes é, de fato, mais simples tornar claro aquilo
que importa por meio de um exemplo bem concreto do que, de certa maneira
moldar, ao modo de uma definição, a exigência em suas generalidades.
Naturalmente isso não significa que, na Escola Waldorf, o professor possa fazer
ou deixar de fazer o que quiser. Rudolf Steiner considerava o currículo, no que
diz respeito ás suas exigências básicas, até mesmo como rigorosamente
obrigatório. Precisamente porque havia identificado essas exigências nas etapas
do desenvolvimento do ser infantil e colocado aquelas em harmonia com estas,
ele tinha de insistir – especialmente nos graus inferiores e médios – de
maneira extremamente rigorosa pela sua execução na Escola. Algumas declarações
muito críticas mostram isso: em 10 de maio de 1922, quando um professor de
línguas declarava que o currículo ainda não seria alcançado, disse ele: “O
compromisso está dentro do currículo. ” Significando o que fora acrescentado ao
currículo por força da ligação com as escolas públicas. “Quando alcançarmos o
currículo com os objetivos educacionais, teremos conseguido também que os
alunos possam fazer exame. Não está sendo feito tudo para alcançar o currículo.
” (10 de maio de 1922). Assim também
deve ser entendida as frases relativas ao currículo da 11ª série que foram
ditadas um pouco antes daquelas citadas acima: “Vamos ter que discutir de
maneira minuciosa precisamente o currículo para esta 11ª serie. Por ser aí onde
a dificuldade entra no mais alto grau, queremos assegurar que haja certa
prática do ensino (isto é, que as exigências pedagógicas tenham se transformado
em prática, que tenham se transformado em exercício e em hábito), e depois
temos que levá-las ao ponto de fazerem exame. ” (10 maio 1922). Assim como as
seguintes, de 21 de junho: “Isso que se
manifestou como algo desuniforme, isso nada mais é do que relaxamento. O
relaxamento irrompeu quando se desenvolveu uma maneira própria para fazer as
coisas mais facilmente. ” (21 de junho de 1922) Rudolf Steiner estava
convencido de que, precisamente pela severa execução das exigências no
currículo, os jovens ganhariam as aptidões necessárias também para os exames.
Em contraposição a isso sempre ressurge a tendência de tornar-se infiel ao
currículo por força do exame, porque não se apercebeu que não se satisfaz
realmente o currículo em sua função pedagógica. Rudolf Steiner, no entanto,
contava com o total empenho humano e pedagógico por esse currículo. Assim
deve-se entender o que ele declarou em 22 de abril de 1922 a respeito da queixa
de um professor de línguas, de que ainda não se conseguia que os alunos
pudessem entrar em uma classe da escola pública de idade correspondente: “Isso
só se resolve trabalhando o nosso currículo de baixo para cima. Não se pode
resolver a questão com aqueles (alunos) que recebemos nas 4 ª e 5ª séries.
Temos porem, de resolvê-la com aqueles que recebemos desde a 1ª série Lá sim,
seria um erro se não fosse possível. Nas matérias essenciais temos de levar as
crianças até o ponto em que elas possam prestar o exame. ” (28 de abril de
1922). Isso se torna muito nítido nas palavras com que Rudolf Steiner, a 22 de
dezembro de 1922, respondeu ao desejo do professor de estenografia de tornar
facultativa a sua aula: “É uma pena. Quando começamos o ensino? Na 10ª (série).
– Eu não consigo compreender porque eles não devem querer. Muitas coisas são
julgadas tão fortemente que, com frequência não estamos conscientes de que
temos um método de ensino e um currículo diferente dos de outras escolas. Não é
mesmo? Agora, que estive mais frequentemente nas classes, pode dizer que os
resultados existem, os resultados que aparecem quando aquilo que no mundo se
chama Método Escola Waldorf é aplicado, e a comparação com outras escolas
mostra de fato que, contanto que a Pedagogia da Escola Waldorf seja aplicada,
os resultados existem. Quando, em algum lugar ainda não existem resultados, a
pergunta, de fato, deveria ser sempre: por acaso não está inconscientemente
deixando de aplicar o método? – Eu não quero ser duro; nem sempre é necessário
haver uma tempestade: - O método Waldorf não é aplicado em toda parte. Às vezes
decai para um desleixo escolar comum. – Onde são aplicados, os resultados
existem... mesmo quando os resultados do ensino de línguas são desiguais,
existem resultados de qualidade muito boa. – Existem resultados de qualidade
muito boa nas classes inferiores, naquilo que habitualmente se chama aula de
caligrafia. – Na aritmética, tenho a impressão de que o Método Escola Waldorf
frequentemente não estaria sendo aplicado. ” (9 de dezembro de 1922). Após
essas palavras Rudolf Steiner passou ao esclarecimento das insuficiências
surgidas, o que pode ser lido na fonte citada. Não era intenção fornecer um
método da arte de educar de Rudolf Steiner. Uma obra de tal natureza deveria ultrapassar
de muito os limites deste trabalho com o currículo. Parecia, porém, necessário
dar, aqui e ali, junto as indicações sobre as metas de ensino, pelo menos
breves referências sobre a metodologia que sirvam como auxilio à memória dos
conhecedores da arte de educar de Rudolf Steiner, mas que estimulem o leitor
recém-chegado a refletir, e chamem sua atenção para os numerosos
cursos-palestras de Rudolf Steiner, em especial para os grandes cursos de
Stuttgart de 1919. O estudo desses cursos é, para uma compreensão
verdadeiramente profunda da pedagogia de Rudolf Steiner, já por si
indispensável. A ordenação das indicações do currículo tem de tomar em
consideração dois aspectos: a vizinhança entre as diferentes áreas de ensino –
que, no entanto, quer ser compreendida não somente como vizinhança, mas também
como conjunto e como inter-relacionamento - em cada classe isolada, e a
sequência das classes como etapas do desenvolvimento das crianças. Pode-se, ou
tratar de classe após classe dividindo-se cada uma pelas matérias, ou
acompanhar cada matéria através de todas as classes até o ponto em que nelas
for tratada. No primeiro caso tem-se sempre diante dos olhos uma certa etapa do
desenvolvimento da criança, e observa-se como cada matéria tem a fornecer uma
determinada contribuição para a tarefa global de educação dessa etapa. No
segundo caso, porém, percorre-se de novo, em cada matéria, o desenvolvimento da
criança, e observa-se como a criança é especialmente conduzida através de cada
matéria. Ambas as ordenações têm suas vantagens, e cada professor tem sua
maneira determinada de trabalhar. Por conseguinte, pode parecer justificável
executar ambas as ordenanças aqui. E primeiro lugar, muito detalhadamente,
aquela por matéria, e depois, de maneira um tanto mais sucinta, aquela por
etapas de idade.
GENERALIDADES SOBRE ESCOLA E ENSINO
I - Etapas de Desenvolvimento do Currículo da Escola Waldorf A
seguir devem ser reunidas algumas manifestações de Rudolf Steiner de época
anterior à abertura da Escola Waldorf, as quais mostram como, para ele próprio,
a imagem dessa escola formou-se e completou-se passo a passo, e em consequência
de acontecimentos exteriores – até mesmo modificou-se. No ano de 1898, na
revista “Magazin für Literatur”, em um artigo intitulado “Universidade e Vida
Pública”, ele esboçou uma imagem da futura essência da escola: “As escolas
elementares têm a invejável tarefa de fazer do homem nada mais do que um homem
no sentido mais perfeito da palavra. Elas têm de se perguntar quais aptidões
jazem em cada homem e o que devemos correspondentemente levar ao
desenvolvimento em cada criança para que um dia ela represente a natureza
humana em sua harmônica totalidade. Se a criança vai ser mais tarde médico ou
construtor de navios, isso pode ser, para o pedagogo em cujas mãos ela é
entregue aos 6 anos para ser educada, totalmente indiferente. Ele tem de fazer
dessa criança um homem. ” A respeito da tarefa da escola secundária, disse ele
ali: “O professor do ensino médio não pode, de modo algum, organizar sua atuação
no sentido de uma pedagogia com bases semelhantes... uma verdadeira pedagogia
para o ensino médio deveria, antes de tudo, responder à pergunta: o que é para
ser desenvolvido no homem entre os seus 12 e 18 anos?”
E assim respondeu a essa pergunta: “Há a decisão
a tomar entre as exigências da natureza geral do homem e aquelas da vida
pública e prática. ” E depois escreveu sobre o exame de conclusão: “Via de regra os jovens, quando chegam a
universidade, estão com 18 anos de idade. Quem alguma vez na vida for realizar
algo de razoável como o químico consegue, nesta idade, entender um manual de
química quando o lê. Se atribuirmos ao exame de conclusão do ensino médio uma
tarefa obvia, esta terá de ser a de que o formado entenda qualquer livro
cientifico que principie com os rudimentos e que progrida metodicamente. ” E
então, após haver recordado a imagem do homem no seu mais perfeito sentido, tal
como o professor do grau escolar mais baixo deveria ter em mente como objetivo,
ele escreveu: “A pedagogia da universidade não tem a ver com tal imagem da
natureza humana; acima de tudo ela tem a ver, primeiramente, não com o homem,
mas sim com uma instituição, com a universidade, a qual ela tem que moldar à
imagem da situação cultural contemporânea. De como depois o homem individual
incorpora-se, em sua escolha de profissão, em sua necessidade e inclinações
humanas, ao organismo da universidade, isso, de pronto, é assunto dele. ” E por
fim, ele escreveu: “Eis o que exijo da universidade: ela deve unir a maior
perfeição de um microcosmo da situação cultural do momento com o mais alto grau
de liberdade. Ao estudante deve ser assegurada oportunidade de absorver o tanto
quanto for possível da cultura contemporânea; mas nenhuma regra coercitiva deve
acompanhá-lo em seu caminho de formação. ” Universidade. Essa imagem de uma
futura essência escolar permite incorporar-se nela tudo o que o seu criador,
mais tarde, apresentou como exigências para a educação escolar. Segue-se, em
primeiro lugar, uma atitude muito decidida para com o problema da educação
ideológica que ganhou muita importância na constituição da Escola Waldorf: em
uma reunião dos representantes da “Associação para Trimembração do Organismo
Social”, em 24 de abril de 1919, respondeu Rudolf Steiner a uma pergunta sobre
se não se devia fundar escolas antroposóficas: “Antes de mais nada, eu nunca
fundaria escola antroposóficas. Os antroposfos deveriam reformar os métodos e
organizações, mas, jamais ensinar antroposofia. Com primeira coisa precisamos
compreender a liberdade espiritual. Temos de evitar ao máximo escolas
ideológicas. ” À pergunta seguinte, sobre se não instalaria nas crianças
insegurança e dissonância quando elas sentirem que os diferentes professores
lhes falam a partir de ideologias bem diferentes e contrastantes, ele
respondeu: “Aí se acresce um fator pedagógico. Se fossemos educar as crianças
até o 14º ano segundo um clichê, e só então as soltássemos na batalha de nossos
dias, então transformaríamos todas as crianças em neurastênicos. Através da
liberdade escolar, entretanto, vai reinar a verdade em lugar de falsidade; esta
será a compensação. Para a educação importa muito menos qual a religião que a
criança escuta, do que se vá ao seu encontro com uma verdadeira vida anímica. ”
(Protocolo de 24 de abril de 1919) O primeiro esboço de currículo para a Escola
Waldorf que Emil Molt havia recém decidido formar, Rudolf Steiner o desenvolveu
num círculo íntimo perante Emil Molt, Herbert Hahn e eu, em 25 de abril de
1919. Ele recomendou a fundação de uma escola no sentido da antiga
“Unterrealschule” austríaca, que conduzia até o 16º ano de idade completo. Em
alemão, o ensino deveria levar até a redação comercial; na história, após um
curso de história geral, deveria ser ensinada a história pátria; na geografia
igualmente, após um curso geral de geografia pátria; deveriam ser desenvolvidas
línguas, sobretudo o inglês; matemática é física, com especial consideração
para a mecânica; história natural, desenho, sobretudo pintura, conto e
ginástica. Ele deu uma visão sobre o número de horas semanais tocantes às
matérias individuais, mais ainda sem referência à instituição do assim chamado
ensino de épocas, introduzido mais tarde. Então ele acrescentou ser o
aprendizado do latim meramente um resíduo das escolas de padres; de mais valor,
em todo caso, seria o grego. O “Gymnasium” produz múmias de cultura e, sem
dúvida, desaparecerá no futuro. Muito mais importante que latim, seria
mecânica. A escola assim formada tornar-se-ia a escola unificada do futuro. Os
dois anos que ainda lhe faltam para comparar-se aos atuais institutos completos
– que então abrangiam 12 anos, incluídos os 3 anos da escola primária daquele
tempo – seriam futuramente incorporados de nova à universidade, cuja estrutura
iria modificar-se no sentido de que ambos os primeiros anos de estudo, no
futuro, teriam de servir para estudos gerais de formação, enquanto que o estudo
especializado iria começar somente mais tarde. A essência do exame deveria
modificar-se de modo que os exames de conclusão da universidade fossem supridos
e restasse a prova de doutorado como exame acadêmico propriamente dito.
Entretanto, este exame não deveria proporcionar nenhum privilégio. Na vida
valeria a livre concorrência. Até esse ponto estão reproduzidas minhas
anotações feitas de memória imediatamente após a conversa. – Deve-se observar
que essas indicações para o futuro foram dadas sob o pressuposto de que, até a
fundação da Escola Waldorf, o impulso da Trimembração Social se houvesse
difundido. Em 25 de maio do mesmo ano Rudolf Steiner desenvolveu para mim um
currículo algo mais detalhado, o qual ele deu sob condição de que tivéssemos,
distribuídas pelas 8 classes do primário, somente 150 crianças. Isso já
sabíamos desde o dia 25 de abril, quando Rudolf Steiner havia aconselhado a colocar
2 classes juntas a cada vez. Para isso ele desenvolveu então, a 25 de maio, o
currículo que desejo reproduzir aqui pelo significado do cominho de
desenvolvimento de uma ideia: “Antes do 12º ano, somente professor de classe.
Nos 1º e 2º anos: Ler, analisando – escrever – desenhar – noções bem
elementares de cálculos – canto, música, exercícios eurrítmicos – linguagem ad
libitum: 1º Inglês, 2º Francês. No 3º e 4º anos: Ler – observação da forma de
falar – algum manejo de cores – canto, música e euritmia terão prosseguimento –
adição e subtração (no 1º ano, mais ou menos até 100), as tabuadas memorizadas
– animais e plantas dados à vontade. Nos 5º e 6º anos: Noções de mecânica a
partir do automóvel – dar prosseguimento a tudo o que precedeu – animais e plantas
– conceitos básicos meteorológicos e climáticos (chuva e luz solar, nascimento
e ocaso dos astros, estações do ano) – noções gerais de geografia – no ensino
de aritmética, proporções. Nos 7º e 8º anos: estabelecer ligação com tudo o que
precedeu – observação da língua até a construção de poesia, construção de
versos, formas artísticas de versificação – continuar tudo o demais. No 7º ano
completa noção do caminho do grão de trigo, desde o cultivo até o pão acabado.
No 8º ano: edifícios – concernente a plantas – meteorologia – geografia –
noções de história: cultura pré-Cristo, pós-Cristo, Hindu, Persa,
Egípciocaldanica, greco-romana – noções de geometria com base para desenho –
aritmética comercial, organização de uma escrita contábil simples – desenho em
perspectiva, introdução lenta da álgebra – astronomia até o sistema de
Copérnico. Mais tarde: limitar línguas – desenho técnico, plantas, mapas –
matemática até as equações cônicas – geometria prática, nivelamento –
arquitetura – noções químico-técnicas – estilo comercial – elementos de
contabilidade – ensino de cosmovisão – o homem físico, anímico, espiritual –
descritiva – primeiros socorros. ” (Reprodução das anotações feitas por mim na
época). Muitas coisas lembram as abordagens das conferências sobre Pedagogia
Popular, por exemplo, os temas cívicos como o caminho do grão de trigo, os
ofícios, a aritmética comercial, o estilo comercial, mas também o ensino da
cosmovisão tal como está explicado mais pormenorizadamente nas palestras sobre
Pedagogia Popular. Outras (coisas) já apontam para as formulações posteriores,
como ler analisando nos 1º e 2º anos, a forma artística da versificação, a
geometria a partir do desenho, desenho em perspectiva, desenho técnico,
plantas, mapas, geometria prática, nivelamento, arquitetura, noções
químico-técnicas, descritiva, primeiros socorros. A menção a proporções nos 5º
e 6º anos é particularmente digna de nota com a única posição em que a palavra
aparece e, com isso, a única indicação de quando as proporções deveriam ser
tratadas. Por volta de 10 de junho de 1919, Rudolf Steiner deu-me indicações
acerca da estrutura do horário das aulas e da nova ordenação que, em
determinadas áreas do ensino, o deveria substituir. Em três ou até quatro dias,
assim dissera ele, deve haver canto na primeira aula, pala manhã, e nos demais
dias, desenho. A seguir deve haver, por exemplo, aritmética, ou seja, uma
matéria que se precise tratar em épocas e, depois religião. O ensino não
deveria começar antes das 8:00 horas, e terminar ao meio-dia. Para cima, o
ensino deveria diminuir. Após o meio-dia deveríamos ser empreendidas atividades
práticas. Na terceira palestra sobre Pedagogia Popular, em 1 de junho de 1919,
o ensino por épocas é pela primeira vez exigido. Na conversação acima mencionada,
de 10 de junho, Rudolf Steiner o incorporou pela primeira vez ao plano diário.
Porém, ele não se situa no início da manhã escolar, pois atividades artísticas
o precedem. Em 15 de junho de 1919 Rudolf Steiner deu-me uma relação das
matérias que deveriam ser dadas em épocas: alemão, com leitura e escrita –
inglês – Frances – matemática – geografia – ciências naturais – história. Canto
e ginástica, assim ele o disse então, provavelmente não se vá continuar
desenvolvendo após o 14º ano de vida para que se ganhe tempo com outras coisas.
Aqui, portanto, ambas as línguas vivas estão ordenadas no plano de épocas,
enquanto que mais tarde, como é sabido permaneceram encaixadas no horário das
aulas propriamente dito. Por volta de 4 de julho de 1919, Rudolf Steiner constatou,
em uma conversa, que o movimento social pela Trimembração do Organismo Social
havia sido lançado de volta à vida espiritual, mas que então, dever-se-ia
aproveitar-se a possibilidade de atuar no organismo de maneira reformadora. Uma
decisiva mudança verificava-se com isso. A planejada Escola Waldorf não mais
podia ser vista como um membro de um real organismo social trimembrado, o qual
também a teria de carregar de maneira adequada, tal como se havia previsto em
abril. Agora teríamos de organizar-nos de maneira que a escola se mantivesse
como germe de uma vida espiritual livre dentro de um organismo social de
caráter antigo, e que precisaria lutar por conquistar lentamente sua existência
e o seu direito. Isso tem que ser levado em consideração toda vez que se julgar
o desenvolvimento do conceito da Escola Waldorf. Sob esse aspecto, tendo então
de ser construída dentro do mundo de pós-guerra de 1919, precisando conquistar
passo-a-passo a sua existência e o seu direito, está a Escola Waldorf Livre aberta
no outono de 1919, e está também o seu currículo. Compare-se a isso a 13ª
palestra metódico-didática. Uma primeira visão geral do currículo “ideal”, o
currículo tal como deveria propriamente ser dado Rudolf Steiner na 10ª palestra
do curso metódico-didático (a.a.o.) em prosseguimento à reflexão sobre as três
etapas menores do desenvolvimento infantil entre a troca dos dentes e a
puberdade. Essa exposição é especialmente instrutiva porque destaca, de maneira
particularmente forte, o fundamental. Por isso ela é precisamente para um
primeiro conhecimento do currículo conforme seus fundamentos e objetivos,
especialmente recomendável. Na 13ª palestra do curso metódico-didático, Rudolf
Steiner posicionou-se em relação às exigências dos órgãos escolares do Estado
para os estágios escolares inferiores – ele aborda os compromissos que são
necessários para uma escola situada no organismo social atual. Em
prosseguimento ao grande curso pedagógico de 1919 para o corpo docente
previsto, Rudolf Steiner proferiu finalmente, a 6 de setembro de 1919, as três
conferências do currículo. Nestas, as exigências pedagógicas de Rudolf Steiner
para os primeiros oito anos escolares encontraram a sua, por assim dizer, forma
definitiva, a qual sofreu ainda complementações em dois sentidos: num, através
das indicações individuais que ele deu nas conferências para o corpo docente,
noutro, através das complementações que ele deu para as classes mais altas por
ocasião da primeira abertura de cada uma. – Essas palestras de currículo representam,
em sua concentrada duração, um documento sobremaneira importante. Com o início
das aulas na Escola Waldorf de Stuttgart foi entregue ao ministério da cultura
de Württemberg um memorando concebido por Rudolf Steiner, pelo qual deveria
ficar estabelecido até que ponto a Escola Waldorf, com seus objetivos por
classes, desejava ajustar-se às correspondentes exigências das escolas públicas
a fim de proporcionar aos alunos, em medida praticamente suficiente, a
possibilidade de mudar de escola. Tem o seguinte texto: “Currículo O colegiado
de professores da Escola Waldorf deseja conformar metodicamente o ensino de
maneira tal que lhe fique liberdade total para a estruturação da matéria de
ensino dentro dos três primeiros anos escolares; em compensação esforçar-se-á
por levar as crianças, na conclusão do terceiro ano escolar, a uma meta de
ensino que coincide completamente com aquela da terceira classe da escola
primária pública. – Este propósito deve ser levado a cabo de tal forma que uma
criança, que porventura deixe o terceiro ano da Escola Waldorf, possa ingressar
no quarto ano de outra escola pública sem problemas. No quarto, quinto e sexto
anos escolares, novamente, a estruturação do ensino deve poder ser efetuada
livremente. Com o sexto ano escolar completado, devem as crianças haver chegado
à meta de ensino do sexto ano da escola primária e, ao mesmo tempo, à meta de
uma escola mais elevada que corresponda, segundo a classe, ao décimo segundo
ano de vida completo. O mesmo deve valer para a estruturação da matéria de
ensino e para o atingir da meta de ensino até o oitavo ano escolar completado.
As crianças devem alcançar metas de ensino equivalente ás da Realschule (escola
de nível secundário) completa, e também estar habilitadas para se transferirem
para uma classe de idade correspondente de outra escola mais elevada. O
colegiado de professores solicita liberdade apenas para a configuração do
ensino em cada uma das três etapas por ele estabelecidas: 1- Do início escolar
até o nono ano de vida, 2- Desde, até o décimo segundo ano de vida completo, 3-
Desde, até a conclusão da 3ª etapa. Ao fim destas etapas devem ser atingidas,
também pela Escola Waldorf, aqueles objetivos de ensino prescritos para as
escolas públicas. ” A respeito deste memorando pronunciou-se Rudolf Steiner
mais de uma vez em suas palestras e, de maneira mais minuciosa, no curso da
Páscoa de 1923, em Dornach: “E assim, em certo sentido, desde o início algo de
mal tinha de ser feito, a saber, um tipo de compromisso, exatamente porque aqui
não há fanatismo na base, mas sim objetivamente imparcial em tudo. Logo de
início teve de ser estabelecido: durante os primeiros três anos escolares as
crianças serão conduzidas, dentro do possível, de etapa em etapa, segundo as
exigências que o próprio ser humano estabelece. Ao mesmo tempo, porém, dentro
dos 3 primeiros anos escolares nós nos conduziremos de tal maneira em relação
ás exigências externas que, após o 3º ano, as crianças possam transferir-se
para uma escola comum. Isso tem que ser para o professor – eu tenho que formar
essa tautologia – um compromisso acatado. Não pode ser diferente. O homem
realista tem de fazer assim, pois prudência tem que reinar acima de tudo. O
fanático faz diferente. Naturalmente que tal caminho produz variadas
dificuldades, e um ou outro professor acharia muito mais fácil dirigir-se
diretamente ao objetivo ideal. Aí há muito que ser discutido por partes, para
que de fato se encontre o caminho entre os dois objetivos. – Então, está o
sentido do meu memorando original que, novamente, quando as crianças tiverem
concluído o décimo segundo ano, portanto, quando tiverem absorvido a 6ª classe,
possam ingressar em uma escola comum na mesma classe. Que eu tenha escolhido
exatamente esses anos explicasse pelo fato de que o ser humano, conforme foi
aqui descrito nos últimos dias, está então diante de um período especial. –
Novamente devem as crianças, após o décimo quarto ano, poder transferir-se para
as escolas que queiram então procurar. – Agora, desejo dizer, ainda é
relativamente fácil com os três primeiros anos primários. Aí ainda é possível
conseguir-se isso pouco mais ou menos. Também pode ser almejado com todo o
esforço para o décimo segundo ano de vida. As diferenças começam de fato
somente nos anos de vida subsequentes. Pois, vejam senhores, ainda que
proveniente apenas de uma consciência muito obscura, conservou-se de tempos
remotos até agora algo da antiga, crepuscular sabedoria sobre o homem, e que
levou ao fato de que, pelo menos ainda hoje, encara-se a época da troca de dentes
como mais ou menos aquela em que geralmente as crianças devem ser conduzidas ao
primário. ” (Dornach, 1923. 7ª palestra). Também no curso de Basel para
professores – Basel, 1920. 5ª palestra – Rudolf Steiner falou acerca do assim
chamado compromisso, e igualmente o fez em uma conferência em Stuttgart. Nesta,
logo após haver explicado que o princípio ali empregado poderia ser realizado
até o 18º ano: “Tratar-se-ia pois, de que nós, com a maior economia possível,
não apenas falemos, mas sim que realmente atinjamos esses objetivos de ensino.
Pode-se alcançar os objetivos por caminhos bem diversos. Mas pode-se levar a
criança efetivamente até o ponto em que também realmente atinge esse grau de
amadurecimento. Examinem, senhores, uma criança que esteja na “Obersekunda”
(11º ano) ... e descontem tudo aquilo que ela tenha esquecido; deixem-na
portanto provar o que sabe de história; os senhores vão descobrir que, conosco,
uma criança nesta idade pode saber o mesmo. Naturalmente, entre nós nem tudo é
alcançado porque, às vezes, os professores estão com poucas condições de se
prepararem. O ensino deveria ser preparado com mais esmero ainda; então
poderíamos, com a consciência tranquila, expedir o boletim – do qual falamos
anteriormente. ” (28 de abril de 1922). Também no curso de Oxford o memorando
de 1919 foi mencionado. Lá falou Rudolf Steiner no encerramento, depois que o
fim do curso primário fora denominado como um 3º estágio: “Assim será também
quando então as crianças, ou seja – como se diz, as jovens senhoras e os jovens
senhores deixarem a escola para ingressarem na escola superior. Para a época
que vai da puberdade até o inicio da escola superior deve haver uma liberdade
total. Aí, porém, elas devem estar no ponto em que possam ingressar em qualquer
escola superior, universidade – pois a Escola Superior de Dornach não será, por
muito tempo ainda, reconhecida como algo em que possam ingressar, quando as
pessoas querem sair para a vida. ” (Oxford, 1922. 7ª palestra)
II - Objetivos e Preocupações Ao
último capítulo com considerações acerca da formação do currículo da Escola
Waldorf, temos de acrescentar mais um que aponta ao futuro, como aquele que
revela o passado. Este deve mostrar o que Rudolf Steiner ainda continuava
aspirando para a essência do ensino e o que queria realizar em relação à Escola
Waldorf. Em primeiro lugar tratava-se de uma nova organização do ensino de
línguas modernas; além disso, de uma bifurcação parcial da escola em seus
últimos estágios, em especial aos ofícios e aos aprendizes; e, em consequência
de ambos os problemas, de dar uma nova forma ao plano de aulas em continuação
organizada daquilo que já estava introduzindo através do estabelecimento do
ensino por épocas. – Outros problemas, que também foram ocasionalmente
abordados, afastam-se para um segundo plano em relação aos mencionados, mas,
como objetivos distantes, sempre influíram nas preocupações com o presente.
Citamos a seguir o que Rudolf Steiner externou sobre tudo isso. A respeito da
reestruturação do ensino de línguas modernas e da bifurcação do segundo grau.
Em 24 de julho de 1920, na última conferência do primeiro ano de atividades da
Escola Waldorf, disse Rudolf Steiner um tanto inesperadamente: “É mais fácil
ajeitar-se com o ensino de línguas, não é mesmo? Porque, em todo o caso, não é
tão rigorosamente dividido por classes. ” – Evidentemente são referidos os
objetivos de classes - ”No ensino de línguas não deveríamos ser tão rigorosos
na divisão por classes. Ganhou essa forma, porém, de um modo geral o ensino de
línguas não precisa ser organizado por classes. ” Após um aparte sobre assuntos
bem diversos, Rudolf Steiner prosseguiu: “De modo geral pode-se dizer: em
línguas pode-se eventualmente misturar mais velhos e mais jovens, porque os
mais jovens aprendem dos mais velhos, e os mais velhos progridem porque têm que
levar os mais jovens. Aí podemos misturar classes de idades. ” (24 de julho de
1920) Um ano mais tarde, em 26 de maio de 1921, ao fim do segundo ano de
atividades da Escola Waldorf, disse Rudolf Steiner após um relatório dos
professores de línguas: “Pode-se tentar alcançar algo através da divisão em
grupos. Podemos reuni-los em grupos juntando aqueles com conhecimentos e
aptidões iguais. ” (26 de maio de 1921) E após algumas outras observações, como
que firmando e concluindo o curso do pensamento: “Teremos que reorganizar o
ensino de línguas”. A isso seguiram algumas outras observações metodológicas a
respeito do ensino de línguas em geral, as quais não precisavam ser aqui
repetidas. – A necessidade da reorganização está, portanto, inequivocamente
externada. Meio ano mais tarde, a 16 de novembro de 1921, Rudolf Steiner foi
perguntado acerca da sua posição em relação a cursos de recuperações para
línguas, e respondeu: “É uma pergunta: até que ponto seria possível tornar a
graduação das classes independente no ensino de línguas. ” (16 de novembro de
1921). Novamente um ano depois, em 15 de outubro de 1922, Rudolf Steiner
determinou que as carências que se mostravam nas línguas não seriam reparadas
por meio do incremento do número de aulas: “O número de aulas alcançou a medida
máxima... As crianças também por isso não têm nenhuma concentração. Seria
necessário deixarmos as crianças decidirem-se. Portanto, aqueles que desejam
fazer o exame de conclusão do “Gymnasium”, para elas deveríamos nos restringir
ao ensino do latim e do grego. Elas deveriam então deixar de lado outros
assuntos. Deveriam limitar-lhes o ensino de línguas modernas e dar maiores
possibilidades para o desenvolvimento do ensino do latim e do grego. ” E no mesmo dia, ele respondeu à pergunta
sobre se não se poderia ensinar separadamente os mais adiantados e os
principiantes: “O mal é que não se juntem as crianças de estágios iguais. Será,
então, totalmente impossível agrupar as crianças? .... Com o ensino de línguas
chegamos pouco a pouco até o ponto em que o ministramos por classes. Isso é um
tremendo esbanjamento de nossas forças. Será que não daria de modo algum que o
ministrássemos em grupos, e não classe por classe? .... Não posso acreditar que
não seja possível. Creio, sim, que seria possível se simplesmente agrupássemos
os alunos segundo a sua capacitação, que aí obtivéssemos grupos e que, apesar
disso, cumpríssemos o horário.... Creio que poderíamos resolver com o mesmo
número de aulas. Não posso imaginar não ser exequível que se tenha, para as
aulas de línguas, determinadas horas da semana em que caem as aulas de línguas.
Então, sim, é possível realizar-se.” (15 de outubro de 1922) A 28 de outubro de
1922 deliberou-se longamente a respeito das dificuldades do horário que, após a
aula principal, precisava ainda vigorar para as demais matérias. Nessas
discussões interferiu de um lado, o fato de que Rudolf Steiner procurava com
perseverança uma forma para a organização do ensino de línguas por estágios de
conhecimento. – Ou seja, o mais independente possível do esquema de classes – e
de outro lado, o fato de que ele buscava para as classes superiores, começando
pelo 7º ano escolar, uma bifurcação parcial do ensino para aqueles alunos que
aspiravam fazer o exame de conclusão do “Gymnasium” de um lado, e para aqueles
que, para a sua formação profissional prescindiam das línguas clássicas, de
outro lado. Tentou-se ajustar o horário a estas duas necessidades que se
antepunham. A este respeito disse Rudolf Steiner quando, assentindo ao pedido
do professor de latim, colocou as línguas clássicas nas classes superiores
imediatamente a seguir à aula principal, dadas sempre em duas aulas
consecutivas: “Isso é bom, especialmente quando se dá algum colorido ao ensino;
uma aula com formalidade, a outra com leitura. Então é melhor ter duas aulas
consecutivas. – Com grego e latim dá-se o fato de que, para manter a coisa em
pé, não há possibilidade outra do que deixar as crianças decidirem, a partir de
uma determinada classe, se elas então querem francês e inglês, ou grego e
latim.... Temos que trabalhar no sentido de levar as crianças ao ponto em que
possam vencer um exame de conclusão. E não há outra maneira de se conseguir
isso que não seja a de as deixarmos decidirem sobre se querem ter grego e
latim, o que será feito em conjunto com os pais, ou se querem ter francês e
inglês na primeira classe, é fora de dúvida; que possamos fazer algo de
recapitulação – das línguas modernas – com os alunos mais velhos, que têm grego
e latim, quando for desejado. Mas temos de nos ocupar dessa organização. ” E,
depois de interrompido por uma pergunta: “Mas, em geral é assim: como indicamos
com o ensino de línguas logo no princípio do curso primário, seria desolador se
não pudéssemos prosseguir com a coisa nos estágios mais adiantados por meio de
um ensino de recapitulação bem limitado, quando eles têm de ter grego e latim.
Temos que viabilizar isso. Da maneira como está agora não vai sustentar-se em
pé”. (28 de outubro de 1922) Ficou então estabelecido que nas classes
superiores, para os alunos que desejassem prestar o exame de conclusão do
“Gymnasium”, o ensino de francês deveria ser ainda sustentado por meio de
poucas aulas de recapitulação para que com eles se tratasse especialmente o
latim e o grego, e que eles deveriam abrir mão do inglês. Essa norma deveria
vigorar a partir da 7ª classe. Para o horário, ou seja, para aquelas aulas
subsequentes à aula principal, foi organizado um horário-padrão pelo qual
dever-se-ia conseguir que, no futuro, as aulas de línguas – clássicas e
modernas – pudessem ocupar as primeiras aulas após a aula principal, de modo
que se conseguisse integrar as crianças nesse ensino segundo seu estágio de
conhecimento. Detalhes desse horário-padrão estão fornecidos no próximo
capítulo sobre horário. Com isso pareciam colocados os pressupostos para a
reestruturação do ensino de línguas modernas. Foi por isso primeiramente
estabelecido que o horário deveria ser elaborado segundo os novos princípios, e
Rudolf Steiner determinou, presumindo o resultado; “Agora se pode agrupar os
alunos de maneira diferente. Assim, tem-se também somente tantas classes no
ensino de línguas – quanto na divisão habitual por anos – e distribui-se
novamente assim. Não se pode conduzir uma terapia radical desse tipo de maneira
totalmente pedante. Ter-se-á, contudo, dois ou três alunos fracos. ” – os quais
não se consegue ajudar -. Essa “terapia radical” não foi, todavia, levada a
cabo naquela época. Rudolf Steiner desejava ocupar-se dela somente quando pudesse
“estar presente por alguns dias”. Rudolf Steiner tomou esta reestruturação do
ensino de línguas modernas e a bifurcação nas classes superiores como um marco
significativo na história da escola e saudou esse acontecimento com as
seguintes palavras: “Uma grande modificação vai produzir-se quando
compreendermos exatamente a situação. A situação tem de ser profundamente
compreendida. Está forte mudança vai produzir seus reflexos até nas matérias
principais; até mesmo no ânimo das crianças. As crianças vão ver que até
algumas coisas têm de ser feitas a sério. ” Depois, ele acrescentou resumindo:
“Nisto – na presente ordenação das crianças por classe no ensino de línguas –
não poderemos mudar nada até que o horário esteja estabelecido. Seria bom se,
possivelmente, todos viessem a se interessar pela execução do esboço do
horário”. (22 de outubro de 1922) A “forte mudança” não era, portanto, o novo
horário. Era muito mais a resolução pela reestruturação do ensino de línguas
modernas e – em consequência disso – a renuncia à divisão por classes para o
ensino de línguas pelo mesmo professor, que se tornara habitual, e a resolução
pela bifurcação do estágio superior em línguas clássicas e modernas. Na
conferência seguinte, que teve lugar a 24 novembro 1922, foi examinado o novo
horário apresentado, o qual deveria corresponder ao ideal erigido a 28 de
outubro. Rudolf Steiner precisou mais uma vez o objetivo com respeito à
reestruturação do ensino de línguas modernas, ao partir da afirmação de que
“não é racional” fazer tantos grupos de línguas; “Isso provém do fato de que
persistia o desejo de que o ensino de línguas permanecesse nas classes. Do
ponto de vista pedagógico esse princípio não precisa continuar a ser mantido, a
não ser até a 4ª (classe). Até ali eu admito que os professores de classe deem
também línguas aos seus alunos. Que depois ainda deva persistir rigorosamente,
não é necessário. ” (24 de novembro de 1922) O caminho para a reestruturação do
ensino de línguas modernas estava agora realmente livre. Então, uma indagação
feita aos alunos das classes superiores tinha revelado que, de todas as classes
juntas, somente 4 ou 5 alunos haviam se declarado pelo exame humanístico de
conclusão, se para tanto tivessem que abandonar o inglês. Não obstante, Rudolf
Steiner persistiu em que, para esses poucos, deveria ser mantida a
possibilidade de chegar ao exame de conclusão. Ele chegou mesmo a declarar: “Eu
chegaria ao ponto de dizer: para aqueles alunos que querem fazer o exame
humanístico de conclusão podemos tranquilamente tomar as primeiras aulas do dia
para latim e o grego. Podemos fazê-las valerem como aula principal. Podemos
transferir a aula de ciências naturais para um horário mais tardio. ” E, logo
depois ele disse: “Vez por outra é o caso de um professor trabalhar para alguns
alunos. ” E então, após algumas considerações pelos professores: “Aqueles que
reivindicaram fazer o exame humanístico de conclusão precisam renunciar ao
inglês. Se não quiserem renunciar o inglês, então terão de renunciar ao exame
de conclusão. – Restam apenas 4 ou 5 em todas as classes que realmente fariam o
exame humanístico de conclusão. Se conservarmos o grego teremos, então, de
organizar de tal maneira que os quatro ou cinco possam fazer o exame de
conclusão. ” O que deveria ser dito é inequívoco: Rudolf Steiner colocava a
maior importância em que a Escola Waldorf desse a possibilidade de, por seu
intermédio, chegar ao exame humanístico de conclusão, de aprender grego e,
também, de estudar. A bifurcação das classes superiores é então estabelecida
através das determinações que seguem: “Façamos, pois, assim: até a 8ª classe
concluída, grego. Nas 5ª, 6ª, 7ª, 8ª classes façamos latim e grego em conjunto,
obrigatórios para o currículo da Escola Waldorf, apenas dando a possibilidade
de que essas matérias sejam deixadas de lado por determinados alunos porque os
pais não dão valor a elas... Da 9ª classe em diante estaria a bifurcação: ou
grego, ou inglês. Temos então que separar o ensino do latim e do grego. Eu
diria que, retornando essencialmente ao princípio da Escola Waldorf temos, nas
5ª, 6ª, 7ª, 8ª (classes), grego e latim junto às línguas modernas, e que
deixamos a bifurcação entrar somente nas ultimas classes. – Que assim não se
levasse as crianças ao nível do exame de conclusão seria de admirar! ” (24 de
novembro de 1922). Com isso a bifurcação do estágio superior ficou
estabelecida. Mais tarde ela sofreu modificações em algumas escolas quando, por
força de disposições correspondentes do exame, colocou-se para escolha, em
lugar do inglês, o francês junto com o grego. O restante, ou seja, a
reestruturação do ensino de línguas modernas, ainda não havia ocorrido, não se
tendo falado a respeito nos meses subsequentes. Só em 3 maio 1923, à queixa de
um professor com respeito às dificuldades surgidas para progredir em virtude da
presença de crianças particularmente fracas, disse Rudolf Steiner: “Talvez
fosse desejável que tivéssemos toda a questão de línguas à parte, de maneira
que colocássemos os alunos – referidos aqueles que tomam o primeiro contato com
a língua, que não trazem consigo nenhum conhecimento de línguas estrangeiras –
junto com os pequenos. Deveríamos organizá-lo de tal modo que os alunos de
línguas se situassem no nível abaixo. As crianças – sempre referidas aquelas
que tomam o primeiro contato com a língua – deveriam entrar direto na classe
imediatamente inferior. ” – Para o estudo de línguas -. (3 de maio de 1923) A
reiteradamente exigida reorganização do ensino de línguas modernas não havia
sido ainda, também naquela época, executada. Rudolf Steiner, porém, a
continuava encarando como desejável. Entretanto, não mais se falou a respeito.
– Na qualidade de desinteressado professor de outras matérias, que vivenciou
apenas como espectador as conversas conduzidas por Rudolf Steiner sobre a
reorganização do ensino de línguas, guardei a impressão de que a uma sequente
execução da ideia apresentada por Rudolf Steiner, de fato não foram
contrapostos somente argumentos objetivos, como as dificuldades do
remanejamento do horário, mas entraram em jogo também coisas pessoais, apego
aos alunos que teriam de se transferir, apego que achava-se necessário
interpretar como ligação cármica, coisas essas que finalmente conduziram ao
ponto de que, no verão de 1924, quando o novo currículo para francês e inglês
foi organizado, não mais tratou-se da reorganização do ensino de línguas. No
estabelecimento das Escolas Waldorf, depois da catástrofe nacional-socialista,
foram novamente feitas tentativas para quebrar a resistência dos corações
preguiçosos, mas não foi ainda conseguido. Não deveria, entretanto, cair no
abandono o que Rudolf Steiner com tanta pertinácia exigia repetidamente. O que
Rudolf Steiner queria para o ensino de línguas modernas, talvez para que todo o
ensino de línguas, possivelmente aparece de maneira mais nítida nas frases de
24 julho 1920 já citadas acima, as quais precisam ser aqui mais uma vez
reproduzidas. Elas foram o início da discussão bem espontânea começada por
Rudolf Steiner: “No ensino de línguas seria verdadeiramente muito bom, - mas
não é exequível – que pudéssemos juntar sistematicamente duas classes de idade
de maneira que uma criança aprendesse da outra. Na língua é bom quando os mais
jovens aprendem dos mais velhos. É uma imitação, quando mais fracos e melhores
estão presentes. Isto não é temporariamente – exequível, mas podemos ter, em
línguas, mais fracos e melhores bem misturados” – quando não se pode ter mais
velhos e mais jovens lado a lado - .... De modo geral pode-se dizer: em línguas
pode-se eventualmente misturar mais velhos e mais jovens, porque os mais jovens
aprendem dos mais velhos, e os mais velhos progridem porque têm que levar os
mais jovens. Aí podemos misturar classes de idades. ” (24 de julho de 1920). Aí
está uma exigência muito nitidamente delineada, a qual, com tal nitidez, não
surge outra vez; nem antes nem mais tarde. A isso acrescenta-se ainda o que
Rudolf Steiner disse a 24 de novembro de 1922, e que aqui também já foi
retransmitido: “– porque persistia o desejo de que o ensino de línguas
permanecesse nas classes. Do ponto de vista pedagógico, o princípio não
precisava continuar sendo mantido, a não ser até a quarta (classe). Até ali, eu
admito que os professores de classe deem também línguas aos seus alunos. Que
depois isso ainda deva persistir rigorosamente, não é necessário. ” (24 de
novembro de 1922) Além da quarta classe, portanto, deve o ensino de línguas, o
mais que possível, permanecer com o professor de classe; a partir daí pode-se
estruturá-lo independentemente da classe. Aí pode-se, portanto, “juntar
sistematicamente duas classes de idades”. A isso corresponde, até de maneira
totalmente exata, o currículo para o ensino de línguas modernas que Rudolf
Steiner deu a 2 junho1924, pois nele estão precisamente a 5ª e 6ª classes
tratadas em conjunto, e também a 7ª e a 8ª classes. A 9ª classe permanece então
sozinha por si, enquanto que a 10ª classe novamente é tratada em conjunto com a
11ª e a 12ª classes. Em relação ao horário não seria, portanto, nada tão
difícil lecionar em conjunto exatamente a 5ª e 6ª classes, e igualmente a 7ª e
8ª classes. Ter-se-ia apenas de atentar para duas consequências: uma, que então
a individualidade de cada classe estaria ligada, com a da classe imediatamente
superior e, no seguinte, com a da classe imediatamente inferior. Cada classe é,
portanto, em uma instância, a mais acolhedora e, em outras, a mais
contribuidora, e isso poderia ser exatamente muito valioso do ponto de vista
pedagógico. Cada classe encontra-se, a cada dois anos, com os mesmos (alunos)
mais velhos ou mais jovens, e pode aferir o próprio progresso dos outros. E a
outra consequência, que igualmente tem o seu lado pedagógico, seria a de que,
no ensino de línguas encontrar-se-iam, na sala de aula, sempre o dobro da
quantidade de alunos da aula principal. Quando, portanto, não se dispuser de
salas de aula muito grandes, será necessário que as duas classes, que tem que
ser ensinadas em conjunto, sejam ambas divididas ao meio de maneira a originar
dois grupos, cada um com metade de cada classe. Precisa-se, então, de
exatamente tantos professores quantos no ensino puramente estruturado por
classes. Em tal estruturação das classes e agrupamento temporário, não mais
seria buscado aquilo que, em 24 julho 1920, Rudolf Steiner chamou de uma
imitação, “quando mais fracos e melhores estão presentes”, pois que isso está
por si em cada classe; mas, o efeito recíproco entre mais velhos e mais jovens,
o qual Rudolf Steiner enfatizou particularmente, poderia ser inteiramente
validado, em especial nas classes 5ª a 8ª. As classes 1ª a 4ª teriam então o
ensino de línguas por classe, e as classes 5ª a 8ª seriam divididas e colocadas
em conjunto com uma das classes vizinhas, de cima ou de baixo; a 9ª classe, com
sua tarefa especial em relação à gramática, permaneceria provavelmente só por
si, e poderia assim, completamente imperturbada, desenvolver-se e aprofundar-se
em sua nova tarefa; nas classes superiores; para as quais importa
principalmente o vivenciar o contexto popular estrangeiro e a sua arte, o ponto
de vista pedagógico levado em consideração para as classes intermediárias é
certamente de muito menos significado. Quando permitimos que atue sobre nós
próprios – mesmo que somente através da leitura dos trechos das conferências
que a isso se refém – aquele esforço que Rudolf Steiner despendeu para liberar
o ensino de línguas da ligação com as puras classes de idade, e como ele depois
deixou a questão cair ao ponto em que ele próprio, ao tratar do currículo para
línguas modernas a 2 de junho de 1924, não mais pronunciou palavra alguma a
respeito, então temos de fato de encarar como um compromisso incondicional
retomar esse problema com toda a seriedade. A proposta feita acima deve ser
considerada uma contribuição para isso.
PALAVRAS DE RUDOLF STEINER RELATIVAS
À Educação e a Antroposofia “Hoje em dia pessoas sensatas demandam uma educação
e um ensino que trabalhem no sentido, não do conhecimento unilateral, mas sim
da capacidade, não do mero cultivo das aptidões intelectuais, mas sim da
capacitação do querer. A exatidão desse pensamento não pode ser colocada em
dúvida. Só que, não se pode educar o querer e a índole (Gemüt) que lhe está
subjacente, se não desenvolver os conhecimentos que despertem impulsos
energéticos na índole (Gemüt) e no querer. Um erro que, nesse sentido é, hoje em
dia, frequentemente cometido consiste, não no fato de que se ministre
conhecimento demais ao jovem, mas sim no fato de que se cultivam conhecimentos
que carecem de impulso para a vida. Quem acredita pode formar o querer sem
cultivar o conhecimento que o anima, está entregando-se a uma ilusão. – Ver
esse ponto com clareza é tarefa da pedagogia atual. Esse ver com clareza
somente pode advir de um conhecimento vivo do homem por inteiro. ” “Em certa
medida a ciência espiritual está tomando um rumo tal que, propriamente,
esquece-se a cada momento o conteúdo espiritual que se acolheu por meio da
ciência espiritual, e precisa-se a cada momento reabsorvê-lo e recriá-lo em si
repetidamente. Não se tem, realmente, a posse da ciência espiritual quando se a
tem como algo a ser lembrado. Nesse sentido tentei preparar também os
professores da Escola Waldorf de forma tal que eles, em certa medida,
adentrassem a escola a cada manhã com a alma virgem, para se defrontarem com
algo completamente novo, com numerosos enigmas novos. A capacidade de esquecer,
que é apenas o reverso da assimilação, é precisamente no que a ciência
espiritual educa o homem, é o resultado da autoeducação através da ciência
espiritual. ” (Basel 1920, 4ª palestra) “A humanidade teve uma tarefa diferente
na primeira, outra na segunda, até entrar na nossa quinta época de
desenvolvimento pós-atlântica. E assim é que, aquilo que deve ser feito em uma
época de desenvolvimento da humanidade só chega à consciência dessa humanidade
passando algum tempo, depois que essa época de desenvolvimento já começou. – O
período de desenvolvimento em que estamos hoje teve início em meados do século
15. Somente hoje emerge, em certa medida, dos fundamentos espirituais, o
reconhecimento do que tem que ser feito justamente em relação à tarefa
educacional, dentro desta nossa época. Até agora os homens, mesmo quando com a
melhor boa vontade, trabalham pedagogicamente ainda no sentido da educação
antiga, ainda no sentido da quarta época de desenvolvimento pós-atlântica.
Muito vai depender de que saibamos de antemão situar-nos para nossa tarefa, de
que aprendamos a compreender que precisamos dar-nos uma direção bem definida
para o nosso tempo, uma direção que não seja importante por ter que ser
absolutamente válida para toda humanidade em seu desenvolvimento, mas sim por
ter que ser válida exatamente para o nosso tempo. ” (Nº 11 Menschenkunde, 1ª
palestra) A questão ressonante nestas palavras é melhor esclarecida pelos
pronunciamentos feitos no curso de Ilkley do ano de 1923. Lá, na palestra de 7
de agosto, é dada uma visão geral sobre o desenvolvimento da educação e,
especialmente, sobre a sua problemática em relação com o desenvolvimento da
vida social desde a Grécia Antiga, passando pela Idade Média, até nossos dias,
que ilumina de maneira significativa a incumbência da futura educação.
Escolhidas daí, eis um número de frases esclarecedoras que, observadas em
conjunto, podem explicar-se reciprocamente: “O grego postava-se em relação à
criança mais ou menos de modo a dizer a si mesmo: se eu, pela minha sensatez,
mantiver da melhor forma possível vigorosas, da melhor forma possível sadias,
as forças do crescimento que a criança tenha desenvolvido até o 7º ano de vida,
e se eu a educar de tal maneira que essas forças, que até o 7º ano surgiram por
si, permaneçam durante toda a vida terrena até a morte, então educarei a
criança da melhor forma possível. – Esse era o grande, poderoso princípio da
educação grega, essa máxima extraordinariamente decisiva, de ver que a criança
no homem não se perdesse até à morte. ” (Ilkley 1923, 3ª palestra) “Podemos
admirar a educação grega. Ela está, entretanto, vinculada a 3 premissas: à
antiga escravidão, à antiga posição da mulher, à antiga posição da sabedoria
espiritual e da vida espiritual. Nenhuma das 3 persiste hoje em dia, hoje não
mais seriam encaradas como dignas do homem. ” (Ilkley, 3ª palestra) “Surgiu uma
humanidade ao mesmo tempo com a consciência de que: não deve existir
escravidão, e a consciência de que: a mulher tem de ser respeitada. Ao mesmo
tempo surgiu, no desenvolvimento individual do homem, o fato de que o jovem
entre o 7º e 14º anos de vida – quando, o desenvolvimento não é somente físico,
mas a alma, em certa medida, está emancipada do corpo – não mais admite
prosseguir na preservação da infância, tal como havia sido costume até então. ”
(Ilkley, 3ª palestra) “E assim, através de toda a Idade Média, a essência da
educação balança como uma nau que não consegue sustentar-se na tempestade, pois
que a alma do homem é extremamente difícil de ser alcançada. Pode-se alcançar o
corpo, é possível entender acerca do espírito. A alma, entretanto, assenta de
tal maneira no individual do homem que alcançá-la é extremamente difícil. –
Tudo era uma questão concernente à alma, se o homem encontrou o caminho anímico
interior para aquelas autoridades que lhe preservam a tradição, se a piedade
pôde evoluir a tal ponto que, a palavra que o sacerdote-professor medieval
pregava por consolidar a tradição na humanidade era suficientemente forte... E
cultivar a recordação, cultivar a memória, e, com esse cultivo da memória não
violentar o homem de tal maneira que se grave nele, como que sugestivamente,
determinadas coisas que se quer que ele tenha, para isso é necessário tato
anímico.” (Ilkley, 3ª palestra) “Tudo isso fez com que, durante longo tempo
dentro do desenvolvimento da humanidade, a essência também navegasse em águas
incertas, pouco claras; fez com que o tempo, no qual tradição e memória tinham
que ser cultivadas parecesse, para a essência da educação, um tempo
extraordinariamente difícil. – Hoje vivemos em uma época em que o homem, pela
sua evolução natural, quer ter uma segurança diferente daquela que estava
assentada sobre bases tão instáveis como as que haviam na Idade Média. E essa
procura por novas bases se expressa nas numerosas tentativas de reformas
educacionais no nosso tempo, e, do reconhecimento desse fato, surgiu a
Pedagogia Waldorf. Ela repousa sobre uma pergunta: como se pode educar quando a
alma, entre o sétimo e o décimo quarto anos de vida, continua a conservar a
rebeldia contra a preservação da infância? Como se pode educar quando, além
disso, o homem perdeu aquela velha, medieval relação com a tradição e com a
memória, como ele acaba de perder nos tempos mais recentes? Exteriormente o homem
perdeu a confiança na tradição, interiormente o homem quer tornar-se um ser
livre, que a cada momento que colocar-se diante da vida despreconcebidamente. ”
(Ilkley, 3ª palestra)
“Não se pode, hoje, apenas pensar
acerca do mundo. Hoje se deve pensar de tal maneira acerca do mundo que o
pensar se transponha gradualmente para um sentir geral do mundo. Pois, a partir
do sentir surgem os impulsos para a reforma, para o prosseguir trabalhando.
Antroposofia quer ter um tal reconhecimento do mundo, que não permaneça no
abstrato, que penetre com vida no sentir e que, desde modo, possa tornar-se
numa base para pedagogia e didática. ” (“Dornach 1921/22”) Rudolf Steiner
O CURRÍCULO ORDENADO POR FAIXA DE
IDADE Com palavras de Rudolf Steiner a respeito da criança após a troca dos
dentes “Até a puberdade, o jovem deve se apropriar, por meio da memória, dos
tesouros sobre os quais a Humanidade pensou; depois é a época de permear com
conceitos o que ele, anteriormente, gravou bem na memória. Portanto, o homem
não deve como que simplesmente lembrar o que ele compreendeu, mas sim, deve
compreender as coisas que ele sabe, isto é, das quais, por meio da memória, ele
se apossou, tal como a criança se apossou da fala. Isto vale para um âmbito
muito amplo. ” (Erziehung des Kindes, Einzelausgabe,1969) “Se mantivermos os
três princípios: Conceitos sobrecarregam a memória; O artístico, visual, forma
a memória; O esforço da vontade, a atividade da vontade, fortalece a memória,
teremos então, as três regras de ouro para o desenvolvimento da memória. ”
(Ilkley 1923, 12ª palestra) “Também aquilo que a criança primeiramente
assimilou no sensório, sonhadoramente, das ações do ambiente que a circunda,
será transformado em imagens, de maneira singular, nesta segunda fase da vida,
da troca de dentes até a puberdade. A criança começa por assim dizer, a sonhar
sobre aquilo que faz o ambiente que a circunda, enquanto que, na primeira fase
da vida ela compreendia isto de maneira bem sóbria, sóbria a seu modo, enquanto
o imitava interiormente. Agora ela começa a sonhar sobre aquelas coisas que o
ambiente que a circunda faz. ” (Dornach 1923, 3ª palestra) “Se atentarmos para
como a criança, em essência, é um ser imitador, para como a criança, em certa
medida, é um órgão sensorial anímico que, de uma maneira corpórea-religiosa,
está entregue ao ambiente que a circunda, teremos então de atentar
essencialmente para que, nesta fase da vida, portanto, até à troca de dentes,
tudo atue verdadeiramente, no ambiente que a circunda, de modo que a criança
possa assimilar sensorialmente e elaborar em si. Por isso, terá também de se
atentar sobretudo para que a criança, junto com aquilo de que se apossa
sensorialmente a partir do seu meio ambiente, sempre se aposse, anímica e
espiritualmente, da moral; de modo a já termos como que preparado, na criança
que se acerca da fase da troca de dentes, em verdade tudo que se relaciona com
os mais importantes impulsos da vida. Quando, portanto, introduzimos a criança
na escola, mais ou menos na época da troca dos dentes, teremos diante de nós,
não uma folha em branco, mas uma folha plena de escrita. Agora teremos de
atentar, justamente nesta consideração mais pedagógico-didática que deveremos
empregar, para como não se pode levar à criança algo de primitivo no período
entre a troca de dentes e a puberdade, mas sim, teremos de reconhecer, em tudo,
os impulsos que foram introduzidos na criança em seus primeiros sete anos e
como temos de dar, a estes, aquela orientação que, na vida futura, é exigida do
Homem. Por isto é tão intensamente importante que logo o professor e educador,
sejam capazes de olhar de maneira sensível para todas as emoções de vida das
crianças. Pois, quando ele recebe as crianças na escola, muito já está contido
nessas emoções de vida. E ele precisará, então dirigir e conduzir essas emoções
de vida; ele não poderá simplesmente propor-se a dizer: isto está certo, aquilo
está errado, você pode fazer isto, você pode fazer aquilo; mas sim, ele estará
incumbido de reconhecer as crianças e de levar adiante suas emoções de vida. ”
(Dornach 1923, 4ª palestra) “Nesta fase da vida não depende que se leve à
criança, de grau em grau, estes ou aqueles conhecimentos, mas depende, isto
sim, de que a façamos realmente vivenciar, em momentos decisivos da vida – se
me permitem dizê-lo assim, de que a façamos realmente escalar e ultrapassar
determinadas montanhas da vida humana que se localizam na idade infantil. Isto
repercute sobre toda a vida futura. ” (Dornach 1923, 5ª palestra) “Aquilo que,
pelo sistema da cabeça, se desenvolve na criança muito especialmente no período
da troca de dentes até a puberdade, é o sistema rítmico, principalmente o
sistema respiratório, o sistema circulatório, com tudo o que faz parte do ritmo
regular da nutrição. E, enquanto temos diante de nós de maneira anímica na
criança, o plástico-contemplativo temos, diretamente diante de nós, como
educadores e professores na escola, ainda de maneira orgânico-corpórea, o
sistema rítmico. Isto significa que, naquilo que a criança deve fazer,
precisamos fazer predominar a imagem. E, em tudo o que se desenrola entre o
professor e a criança precisa reinar música; o ritmo, o compasso e até a
melodia precisam tornar-se princípio pedagógico. Isto exige que o professor
tenha, em si próprio, uma espécie de musicalidade, tenha musicalidade em toda a
sua vida. Portanto, o sistema rítmico é o que existe organicamente na criança
em idade escolar, é o que predomina organicamente, e, trata-se de que o ensino
todo seja orientado de maneira rítmica, de que o próprio professor seja, em si,
um...indivíduo com pendores para a música, de modo que na sala de aula reine
ritmo, compasso. ” (Ilkley 1923, 7ª palestra) Para a visão geral do currículo
por faixas de idade deve-se recorrer, em cada um dos capítulos sobre matérias,
os assuntos que aqui não estão mais referidos em detalhe.
Segundo Ano Escolar - falar,
escrever, ler: O narrar e re-narrar, passar para escrever o que foi narrado;
fazer reproduzir por escrito, em pequenas descrições, aquilo que foi aprendido.
Ensinar as primeiras noções de substantivo, adjetivo, verbo; discutir a
construção de frases simples; tratar poesia como primeiro ano escolar. Material
de narração: histórias do mundo animal em ligação com a fábula. Cálculos
matemática: Conduzir as quatro operações adiante, para um espaço numérico
maior. Resolver tarefas fáceis com os alunos, também sem escrita, de cabeça.
Desenvolver números abstratos, primeiramente em coisas. Também os cálculos em
relação com números concretos, não se pode perder de vista. – Geometria: fazer
exercitar formas mais simples e mais complicadas, pelas formas e sem apoio em
sujeitos/objetos, para o cultivo da consciência de espaço como configuração.
Relação anímica com o mundo: Com a discrição do ambiente circundante pelo
pensar, prosseguir com aquilo que se começou no primeiro ano escolar.
SOMOS TODOS ESPECIAIS
MARIA VERACILDA DA SILVA- 3º A
STELA NASSER ARAUJO – 1º B
“Somos o que fazemos mas somos
principalmente
o que fazemos para mudar o que
somos”.
E. Galeano
JUSTIFICATIVA
No
contexto atual, faz-se necessário perceber que a consciência planetária é mais
do que ecológica, pois tematiza a utopia viável de superação da exploração
econômica, social, étnica e política, em favor de sociedades interconectadas
com equidade, que cultivem o respeito, a tolerância, a diversidade e a
cooperação.
A
Carta da Terra estabelece que são necessárias mudanças fundamentais nas nossas
atitudes, valores e estilo de vida.
Um
de seus princípios gerais é “cuidar da comunidade da vida em toda sua
diversidade”, e esclarece que esta responsabilidade comum, toma diferentes
formas para diferentes indivíduos, grupos e nações.
Leonardo
Boff (2009) apresenta que a Carta da Terra pressupõe uma consciência planetária
como um dado indiscutível, pois se estrutura nos seguintes eixos: respeito à
comunidade de vida, integridade ecológica, justiça social e econômica,
democracia, não violência e paz.
Segundo
Gadotti, “Todo indivíduo, família, organização, corporação e governo têm um
papel crítico a desempenhar. Os jovens são os atores fundamentais para a
mudança. (Moacir Gadotti, 1999, p. 204).
Partindo
desse pressuposto, não podemos esquecer que a inclusão social é parte da
consciência planetária e esta mesma inclusão envolve a compreensão de
diferenças e direito de cada ser, de aprender dentro do contexto social da sala
de aula ou fora dela, dedicando-se a atividades que reforcem sua autoimagem e
autonomia.
Dentro
desse contexto, o que se pretende com este projeto é que o mesmo seja um
instrumento que propicie aos nossos aprendizes experiências significativas
contextualizadas, lúdicas e instigantes, que envolvam a inclusão social e os
caminhos que levaram as pessoas com necessidades especiais a trilhas o caminho
dos esportes, como fizeram os nossos atletas paralímpicos.
INTRODUÇÃO
Encontrar
uma solução para os problemas que afetam a nossa sociedade não é tarefa fácil,
assim como não é papel apenas dos nossos governantes. Há uma necessidade
premente de educar as nossas crianças e jovens e sobretudo, alertar a toda a
população para o despertar da consciência planetária em toda sua diversidade,
tema do PPP (Projeto Político-Pedagógico) para 2016.
A
Carta da Terra estabelece que são necessárias mudanças fundamentais nas nossas
atitudes, valores e estilos de vida. Devemos respeitar a integridade das
diferentes culturas presentes mundo afora.
Defender
sem discriminação os direitos de todas as pessoas, assegurando-lhes um ambiente
que remeta à dignidade humana, o acesso universal à educação, assistência à
saúde e às oportunidades econômicas é função do Estado, isto é, está explícito
na Carta Magna (Constituição Federal, 1988) que assegura em seu artigo 1,
incisos II e III, a cidadania e a dignidade da pessoa humana como fundamentos
da República.
É
nessa premissa que se pretende desenvolver o subprojeto “Somos Todos
Especiais”, na expectativa de assegurar aos educandos o aprendizado, o respeito e a adoção de
atitudes que os leve a perceber que a “diferença” pode fazer a diferença, como
fazem os nossos valorosos atletas paralímpicos, alvo também de estudo dentro
deste projeto.
Portanto,
trabalhar o respeito às diferenças em busca de sociedades livres, justas e
pacíficas, está em consonância com o subprojeto da turma.
OBJETIVO GERAL
Oportunizar
aos educados o contato com situações de aprendizagem de forma interdisciplinar,
que remeta à valorização e ao respeito não apenas ao Planeta Terra, mas a todo
e qualquer ser que nela habite e em especial às pessoas com necessidades
especiais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Adotar atitudes favoráveis à
preservação do Planeta Terra;
- Conscientizar a comunidade escolar
sobre a importância do respeito às diferenças;
- Posicionar-se de maneira crítica,
responsável e construtiva diante das injustiças cometidas contra as pessoas com
necessidades especiais;
- Valorizar as qualidades e
diferenças de cada pessoa por meio do esporte;
- Reconhecer os valores, habilidades
e potencialidades das pessoas com deficiência física por meio de documentários,
jogos e atividades lúdicas;
- Reconhecer no mapa-múndi, os cinco
continentes e as cores que os representam nos anéis olímpicos;
- Identificar, no mapa-múndi, o
Brasil, os estados e cidades-sede dos jogos paraolímpicos;
- Simular questões cotidianas que
representam obstáculos às pessoas com deficiências físicas que transitam pela
nossa cidade.
METODOLOGIA
A
organização do trabalho pedagógico nas séries iniciais, visa o desenvolvimento
de habilidades que gerem atitudes como autonomia, cooperação, desenvolvimento
do pensamento, análise crítica além de reflexão. Para o ano letivo de 2016,
pretende-se desenvolver tais habilidades por meio do projeto “Somos Todos
Especiais”, abordando o tema Paralimpíadas, o qual propiciará aos nossos alunos
a oportunidade de trabalhar de forma contextualizada, envolvendo aspectos
históricos, geográficos, sociais e econômicos, produções textuais, conceitos
matemáticos abrangendo situações-problema, leitura e interpretação de tabelas e
gráficos, sistema monetário e de medidas, além de trabalhos em grupo,
pesquisas, confecção de murais, cartazes e maquetes e outros temas que se façam
relevantes, sem que se perca de vista a essência do tema “respeito às diferenças”.
TEMPO PREVISTO
Acreditamos
que um projeto para ser desenvolvido, especialmente com crianças de séries
iniciais, e que traz em seu bojo um tema de tamanha complexidade, demanda tempo
e tenacidade. Portando, o mesmo será desenvolvido cotidianamente, durante um
semestre letivo, respeitando o ritmo de cada indivíduo nele envolvido, tendo
como culminância a “Feira de Cultura e Ciências”, que ocorrerá em outubro de
2016.
RECURSOS
LIVROS:
- Planeta Terra: Nossa Casa
- Ser Criança é... Estatuto da Criança
e do Adolescente para Crianças
- A Casa Amarela
- O Menino Genial
- O Soldadinho de Chumbo
- O Patinho Feio
- A Voz da Estrela
- Ninguém é Igual a Você
- Um Amigo Diferente
- Um Mundinho para Todos
- O Silencioso Mundo de Flor
- Uma Joaninha Diferente
- A Zebrinha Azul
- Donnie! Um Dia com um Cão-Guia
- Declaração Universal dos Direitos
Humanos
- Ciranda das Diferenças
FILMES:
- Luzes da Cidade
- Divertidamente
- Lição de Vida
- Wall-e
- Gestos de Amor
- As olimpíadas do Pato Donald
- Zootopia – Essa Cidade é o Bicho
- As Olimpíadas do Chaves I
- As Olimpíadas do Chaves II
- Jonas (Meu Nome é Jonas)
OUTROS
- CDs, spinlight, globo terrestre
- Leitura em braile pelo servidor
Alexandre Modesto
- Visita ao Planetário
- Ambiente para experimentação de
atividades com privação de um dos sentidos
- Simulação de paralimpíadas para
experimentação
- Exposição para divulgação de
trabalhos feitos em classes especiais.
BLIOGRAFIA
1 – A Carta da Terra e a Consciência
Planetária. Um olhar “de dentro”, Boff, Leonardo – São Paulo, 2009
2 – Caminhos para a Inclusão, José
Pacheco, Rósa Eggertsdóttir, Gretar L. Marinósosn – Porto Alegre: Artmed, 2007
3 – Educação e Diversidades: bases
didáticas e organizativas, Torros González, JÁ – Porto Alegre: Artmed, 2007
4 – Currículo da Educação Básica
Aplicada à Educação Especial - SEDF, 2013
5 – Pedagogias da Terra, Moacir
Gadotti – São Paulo, 2000
6 – Primeira participação do Brasil
em jogos paralímplicos. Disponível em: http://www.rankbrasil.com.br/recordes/materiais/06ge/
Acesso em: 15 abr. 2016.
AS
CAPITAIS BRASILEIRAS (BA, RJ E BSB) E AS RAÍZES AFRICANAS.
4º ano A
Profª
Gisele
Tema: Os caminhos que percorremos até aqui e a importância da figura dos
negros na construção cultural do nosso país.
Objetivos Gerais: desenvolver o
conhecimento da cultura afrodescendente no contexto histórico da construção do
nosso país. Mostrar a importância de se entender que nossa identidade tem
raízes africanas e que essa cultura é e faz parte das nossas vidas. Promover e
proporcionar momentos de reflexão sobre a identidade racial nacional e local a
partir do reconhecimento e da valorização de aspectos que envolvam a cultura
africana e afro-brasileira.
Objetivos específicos: desenvolver
atividades que levem os alunos a refletir e a compreender a mudança na maneira
de ver e pensar sobre a raça e a cultura africana e afrodescendente. Valorizar
a pluralidade racial e cultural. Desenvolver habilidades motoras, através da
construção de uma maquete para representar a trajetória, que os negros fizeram
até chegar à atual capita do Brasil- Brasília.
Disciplinas abrangentes: História,
Geografia, Artes, Matemática, Língua Portuguesa, Ciências.
Habilidades desenvolvidas: desenvolvimento
cognitivo intelectual e desenvolvimento motor.
Justificativa: a educação é essencial no processo de
formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de
um povo. A escola assume o papel de estimular a formação de valores, hábitos e
comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de
grupos e minorias, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser
humano na sua integralidade. È sabido que o resgate da identidade negra em
nossa cultura é tarefa árdua, na qual essa foi massacrada, descaracterizada e
reduzida. Por meio de uma proposta multidisciplinar este projeto como foco
mostrar a importância que a cultura africana tem na construção do nosso país.
Desenvolvimento: Os alunos farão estudos,
pesquisas e uma maquete para representar o caminho que a cultura afrodescendente
percorreu até aqui e como a presença dos negros foi importante na construção do
nosso país. Através de:
- Textos –
Leitura, interpretação de textos de obras literárias que abordam a questão
racial em diversas épocas da história do Brasil.
- Disponibilizar
textos ou propor pesquisa sobre as religiões de matrizes africanas e
afro-brasileiras, levantando informações sobre essas religiões. Trabalhar a questão do preconceito e
conscientização da importância do respeito.
- Pesquisar
manifestações culturais fazer estudos dessas pesquisas e a importância que
elas representam. Danças folclóricas e culinárias que são herança das
raças formadoras do povo brasileiro.
Período
de execução do projeto:
-02/05/2016
à 08/10/2016: Etapas de aplicação das atividades propostas pelo projeto;
-
08/10/2016: Culminância na Feira Cultural, das atividades desenvolvidas durante
a execução do trabalho.
1° parte do projeto: de onde partimos.
Os negros escravos que vieram para o Brasil saíram de vários
pontos do continente africano: da costa ocidental, entre o Cabo Verde e o da
Boa Esperança; da costa oriental, de Moçambique; e mesmo de algumas regiões do
interior. Por isto, possuíam os mais diversos estágios de civilização. O grupo
mais importante introduzido no Brasil foi o sudanês, que, dos mercados de
Salvador, se espalhou por todo o Recôncavo. Desses negros, os mais notáveis
foram os iorubas ou nagôs e os geges, seguindo-se os minas. Em semelhante
estágio de cultura encontravam-se também dois grupos de origem berbere-etiópica
e de inf1uência muçulmana, os fulas e os mandês. Mais atrasados do que o grupo
sudanês estavam os dos grupos da cultura chamada cultura banto, os angolas, os
congos ou cabindas, os benguelas e os moçam biques. Os bantos foram
introduzidos em Pernambuco, de onde seguiram até Alagoas; no Rio de Janeiro, de
onde se espalharam por Minas e São Paulo; e no Maranhão, atingindo daí o
Grão-Pará. Ainda no Rio de Janeiro e em Santa Catarina foram introduzidos os
camundás, camundongos e os quiçamãs.
Materiais que serão utilizados para construir a maquete:
Casas para representar a moradia das tribos;
Árvores para montar sobre o mapa da áfrica;
Bonecos para representar os negros;
Animais para representar o continente;
Pó de serra para representar o deserto que ocupa boa parte do continente
do deserto do Saara;
Um mapa desenhado na cartolina pintado de marrom;
Placa de isopor.
Cartolina branca, palitos de picolé, papel crepom marrom.
2° parte do projeto: a travessia no Atlântico
Os navios que
negociavam e transportavam escravos eram chamados de navios negreiros ou navios
tumbeiros, nome que é derivado de "tumba", devido à quantidade de
escravos que morriam em seus porões. Calcula-se que 20% dos escravos africanos
embarcados nos tumbeiros morriam durante a travessia pelo oceano Atlântico.
Dependendo do
desenvolvimento tecnológico da época (o tráfico atlântico de escravos durou
quatro séculos (400 anos) e durante esse tempo as técnicas de navegação mudaram
muito).
Em geral essas
embarcações transportavam entre 400 e 500 escravos, todos confinados num porão.
Os negreiros (comerciantes de escravos) compravam escravos a mais do que sua
embarcação comportava, pois sabiam que perderiam muitas das suas
"mercadorias" durante a viagem, e assim superlotavam suas embarcações.
Uma viagem entre
Angola e Brasil durava 35 dias. E entre Moçambique e Brasil demorava em torno
de três meses. Os alimentos e a água potável transportada por esses navios eram
insuficientes até mesmo para a tripulação (trabalhadores do navio), pois não
existia nenhuma forma de refrigeração.
Os escravos,
confinados na parte mais insalubre do navio, passavam por situações das mais
terríveis. Não sabiam onde estavam, ficavam apertados num espaço no qual não
podiam ficar em pé ou se deitar, recebiam pouca alimentação com baixo grau de
nutrientes (basicamente: feijão, farinha de mandioca e carne seca). Mal
recebiam água para beber. E, enquanto isso, pelas frestas da embarcação feita
de madeira, a água do mar ia aos poucos invadindo o chão do porão.
Famintos, fracos e
doentes, os escravos não tinham mais nada em que acreditar. O desespero era
tanto, que alguns dos cativos aceitavam vigiar e punir seus companheiros de
sofrimento em troca de um pouco mais de água. Os rebeldes eram, normalmente,
envenenados. Os mortos eram atirados ao mar.
Nessa situação de
tamanha infelicidade, pessoas que nunca tinham se visto antes, que nem sequer
falavam a mesma língua, se ajudavam. Repartiam a pouca comida. Consolavam-se.
Essa amizade, essa solidariedade que surgia nos tumbeiros era chamada de malungo,
ou seja, amizade de travessia, que algumas vezes se perpetuava para a vida
toda.
Materiais que serão utilizados para construir a maquete:
Barcos para representar os navios negreiros ou tumbeiros;
Pintar a placa onde representa o mar espalhar o papel celofane picadinho;
Bonecos para representar os negros;
Pó de serra para representar a areia do litoral.
Palitos de picolé,
palito para churrasco, papel A4.
3° parte do projeto: aqui ajudamos a fundar a 1° capital de nosso país,
Salvador
Dia 29 de março de 1549 é, oficialmente, a data da fundação da
primeira capital do Governo Geral de Portugal. A escolha de Salvador,
inicialmente nomeada de Salvador da Bahia de Todos os Santos. Deveu-se ao fato de a Região Nordeste
ter a maior extração de pau-brasil, bem como ser a principal produtora de
açúcar do país, aspectos que somados a sua localização que facilitava a
exportação desses produtos - principais riquezas do Brasil- destacava a
importância econômica de Salvador. Assim, durante 214 anos Salvador foi a
capital do Brasil, sendo o seu governador o militar e político português Tomé
de Sousa.
Influências Étnicas
Escravidão
Com a implantação dos engenhos de açúcar, os portugueses precisavam de
mão de obra para fazer o serviço pesado da plantação, colheita e trabalhar nas
moendas e fornos. Logo constataram que os indígenas não suportavam esse regime
de trabalho. Também, com as constantes guerras, e a catequização jesuítica, era
cada vez mais difícil o aprisionamento de índios. Os portugueses recorreram
então ao tráfico de escravos da África para o Brasil, sendo Salvador o
principal ponto de partida e chegada dos desumanos navios negreiros.
Tratados de maneira desumana, mal alimentados e frequentemente
espancados, os escravos foram forçados também a adotarem a religião e os
costumes portugueses. Muitas vezes para fugir a proibição, os escravos adotavam
santos católicos como representação de suas divindades, o que deu origem ao
sincretismo religioso existente principalmente na Bahia.
Salvador é a cidade com maior número de descendentes africanos do mundo, sendo eles
principalmente de origem Iorubá, vindo da Nigéria, Togo, Benin e Gana. No
Brasil, Salvador é o centro da cultura afro-brasileira.
Baiana
A baiana é um dos principais símbolos da influência africana na cultura da Bahia. Personagem tradicional das festas populares e nas ruas de Salvador, a baiana veste-se com rendas, contas, patuás e torço na cabeça. Conhecida também como “baiana de acarajé” vende seus quitutes em vários pontos da cidade, distribuindo sorrisos e simpatia que são uma marca da hospitalidade do povo baiano. Devido à sua importância para a cultura local, no dia 25 de novembro, data reservada para homenageá-las, os adeptos e simpatizantes a do candomblé realizam manifestações culturais.
A baiana é um dos principais símbolos da influência africana na cultura da Bahia. Personagem tradicional das festas populares e nas ruas de Salvador, a baiana veste-se com rendas, contas, patuás e torço na cabeça. Conhecida também como “baiana de acarajé” vende seus quitutes em vários pontos da cidade, distribuindo sorrisos e simpatia que são uma marca da hospitalidade do povo baiano. Devido à sua importância para a cultura local, no dia 25 de novembro, data reservada para homenageá-las, os adeptos e simpatizantes a do candomblé realizam manifestações culturais.
Blocos afro
Os blocos afro são entidades culturais que representam, através da música e da
dança, a cultura negra na Bahia. O som percussivo dos tambores, que nasce da
tentativa de reproduzir a música africana, teve forte influência do samba
trazido pelos africanos escravos. Hoje o ritmo é considerado genuinamente
baiano. As festas e ensaios dos blocos afro são eventos musicais que
atraem turistas e baianos durante o ano inteiro. Um festival de sons,
coreografias e cores, engajados em movimentos etnopolíticos. Formados, na sua
maioria, por jovens negros da periferia de Salvador, os blocos afro exercem
também um importante papel de inclusão social através da arte. Os mais
expressivos são Filhos de Gandhi, Olodum, Ilê Aiyê, Muzenza, Malê Debalê
e Cortejo Afro.
Capoeira
A capoeira é outra expressão da história e cultura negra na Bahia. Mistura de luta e dança, seus movimentos e cantos cadenciados são a memória viva da busca de um povo pela liberdade. Hoje, a capoeira rompe fronteiras e preconceitos, conquistando o mundo com sua identidade afro-baiana.
A capoeira é outra expressão da história e cultura negra na Bahia. Mistura de luta e dança, seus movimentos e cantos cadenciados são a memória viva da busca de um povo pela liberdade. Hoje, a capoeira rompe fronteiras e preconceitos, conquistando o mundo com sua identidade afro-baiana.
Gastronomia
A culinária baiana é caracterizada pelo tempero exótico à base de azeite de
dendê, leite de coco, gengibre e pimenta, heranças da cultura africana. O
acarajé, o caruru e o vatapá são pratos típicos, de fama internacional,
que podem ser degustados nos tabuleiros das baianas, nas ruas de Salvador. Em
cerimônias religiosas, nos terreiros de candomblé, alguns pratos são preparados
para serem ofertados aos orixás.
Festa de São João
Em junho, especialmente no dia 23, a Bahia inteira comemora o São João. O
festejo é uma homenagem a João Batista, primo de Jesus Cristo, e as
comemorações sempre contam com muita música, dança e alegria. É quando rituais
de homenagem ao santo católico, como as fogueiras e balões, se misturam às
comidas típicas influenciadas pela culinária negra e indígena, como semente de
coco, amendoim, milho, mandioca, pratos à base de batata, bolos, canjicas,
pamonhas e pipocas. Essa festa sempre marcada pela simpatia do povo baiano
representa a cultura nordestina do Brasil e acontece em todas as cidades do
Estado, da capital (Salvador) aos 416 municípios do interior.
Festas religiosas
Na Bahia, ao longo do ano, os orixás são homenageados com música, dança e comidas sagradas. Muitas dessas comemorações se misturam às homenagens e devoção aos santos católicos, num sincretismo religioso que une, por exemplo, Iemanjá a Nossa Senhora da Conceição, Iansã a Santa Bárbara e Senhor do Bonfim a Oxalá. Os terreiros de candomblé possuem calendários próprios, herança da cultura africana, com algumas festas abertas aos visitantes. Em Santo Amaro da Purificação, no mês de maio, acontece uma das cerimônias do candomblé realizadas ao ar livre. É a festa do “Bembé do Mercado”, que celebra o fim da escravidão no Brasil, ocorrida em 1888.
Na Bahia, ao longo do ano, os orixás são homenageados com música, dança e comidas sagradas. Muitas dessas comemorações se misturam às homenagens e devoção aos santos católicos, num sincretismo religioso que une, por exemplo, Iemanjá a Nossa Senhora da Conceição, Iansã a Santa Bárbara e Senhor do Bonfim a Oxalá. Os terreiros de candomblé possuem calendários próprios, herança da cultura africana, com algumas festas abertas aos visitantes. Em Santo Amaro da Purificação, no mês de maio, acontece uma das cerimônias do candomblé realizadas ao ar livre. É a festa do “Bembé do Mercado”, que celebra o fim da escravidão no Brasil, ocorrida em 1888.
Festa da boa morte
Uma das importantes comemorações litúrgicas da fé brasileira acontece no mês de agosto na cidade de Cachoeira no Recôncavo Baiano. É a Festa da Boa Morte. Senhoras negras, com mais de 50 anos, saem em cortejo pelo centro da cidade, vestidas como verdadeiras rainhas, em devoção à Boa Morte, ou Dormição de Maria, como é chamada a Assunção da Virgem aos Céus. São mães de santo que se vincularam à Igreja Católica para continuar cultuando, sem perseguição, seus orixás, divindades do candomblé. Assim, seculares tradições africanas encontraram no sincretismo religioso uma forma de preservar sua história.
Uma das importantes comemorações litúrgicas da fé brasileira acontece no mês de agosto na cidade de Cachoeira no Recôncavo Baiano. É a Festa da Boa Morte. Senhoras negras, com mais de 50 anos, saem em cortejo pelo centro da cidade, vestidas como verdadeiras rainhas, em devoção à Boa Morte, ou Dormição de Maria, como é chamada a Assunção da Virgem aos Céus. São mães de santo que se vincularam à Igreja Católica para continuar cultuando, sem perseguição, seus orixás, divindades do candomblé. Assim, seculares tradições africanas encontraram no sincretismo religioso uma forma de preservar sua história.
Religião de matriz africana
Os negros africanos, ao chegarem à Bahia, na condição de escravos, trouxeram na bagagem suas crenças e rituais com músicas, danças e comidas sagradas. Mas como eram proibidos de cultuar sua religião, encontraram no sincretismo com o catolicismo uma forma de preservar as tradições africanas. Assim nasceu o candomblé, a religião afro-brasileira que influenciou profundamente a cultura baiana, fazendo com que ritos afros resistissem até os dias de hoje, apesar das muitas transformações que sofreram. O candomblé prega o culto aos orixás, divindades afros que representam as forças da natureza, que, durante o ano inteiro, são homenageados em belas festas populares de rua ou nos espaços sagrados conhecidos como “terreiros”.
Os negros africanos, ao chegarem à Bahia, na condição de escravos, trouxeram na bagagem suas crenças e rituais com músicas, danças e comidas sagradas. Mas como eram proibidos de cultuar sua religião, encontraram no sincretismo com o catolicismo uma forma de preservar as tradições africanas. Assim nasceu o candomblé, a religião afro-brasileira que influenciou profundamente a cultura baiana, fazendo com que ritos afros resistissem até os dias de hoje, apesar das muitas transformações que sofreram. O candomblé prega o culto aos orixás, divindades afros que representam as forças da natureza, que, durante o ano inteiro, são homenageados em belas festas populares de rua ou nos espaços sagrados conhecidos como “terreiros”.
Igreja do Senhor do Bonfim
A Bahia tem mais de 300 igrejas. A Igreja do Bonfim é um dos maiores símbolos do sincretismo religioso do Estado. Conhecida pela fé que os baianos nutrem pelo padroeiro da cidade, a igreja também representa elementos do candomblé, onde o Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá, pai de todos os orixás. Situada na Sagrada Colina, em Salvador, tem arquitetura colonial portuguesa, com duas torres sineiras laterais, e chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada. Visitantes podem presenciar essa fusão de religiões, principalmente em janeiro, na Lavagem do Senhor do Bonfim, quando as baianas percorrem as ruas da cidade em cortejo até a igreja, para lavar sua escadaria com água de cheiro.
A Bahia tem mais de 300 igrejas. A Igreja do Bonfim é um dos maiores símbolos do sincretismo religioso do Estado. Conhecida pela fé que os baianos nutrem pelo padroeiro da cidade, a igreja também representa elementos do candomblé, onde o Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá, pai de todos os orixás. Situada na Sagrada Colina, em Salvador, tem arquitetura colonial portuguesa, com duas torres sineiras laterais, e chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada. Visitantes podem presenciar essa fusão de religiões, principalmente em janeiro, na Lavagem do Senhor do Bonfim, quando as baianas percorrem as ruas da cidade em cortejo até a igreja, para lavar sua escadaria com água de cheiro.
Materiais que serão utilizados para construir a maquete:
Elevador Lacerda. Monumento que representa a atual Cidade de salvador
Coqueiros para representar o litoral
Pó de serra para areia do litoral.
Casas coloridas para representar o pelourinho
Bonecos para representar os negros;
Caixas de creme dental e fósforos, chamequinho colorido, papel A4, cola,
palitos de picolé, papel crepom verde e marrom.
4° parte do projeto: aqui ajudamos a Construir a 2° Capital do país Rio
de Janeiro
O Rio de Janeiro foi sede do governo brasileiro por quase 200
anos. A cidade ganhou status de capital federal em 1763. Até então, o governo
estava sediado em Salvador, mas, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, a
cidade baiana ficou distante do principal polo econômico do país, tornando-se
necessário transferir a capital para o sudeste.
O Rio de Janeiro foi o maior porto de desembarque de escravos
africanos do mundo, recebendo em torno de um milhão dos cinco milhões e meio de
escravos que aportaram no Brasil. Só entre os anos de 1779 e 1831 foram cerca
de 500 mil. Boa parte vinha do povo Banto que pertencia a nações como Angola,
Congo, Benguela e Moçambique. No final do século XVIII, metade da economia da
cidade vinha deste mercado. Durante cerca de 150 mil dias de cativeiro, essa
população chegou a 10 milhões de escravos, entre nativos e descendentes. Não é
à toa que somos, hoje, a nação mais negra fora da África. Nossa herança
africana está em toda parte e, felizmente, também agora, no Circuito
Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, criado a
partir do projeto de revitalização da Zona Portuária, também conhecida como
“Pequena África”, cuja importância é revelada pela candidatura do Cais do
Valongo, soterrado por quase dois séculos, a Patrimônio Cultural da Humanidade
pela UNESCO.
Influencias
Cultural
Samba
E considerado por muitos críticos de música popular, artistas,
historiadores e cientistas sociais como o mais original dos gêneros musicais
brasileiros ou o gênero musical tipicamente brasileiro. A despeito da
centralidade ou não do samba como gênero musical nacional, sua origem
(ou a história de sua origem) nos traz o registro de uma imensa mistura de
ritmos e tradições que atravessam a história do país.
O samba originou-se dos antigos batuques trazidos pelos africanos que
vieram como escravos para o Brasil. Esses batuques estavam geralmente
associados a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de
comunicação ritual através da música e da dança, da percussão e dos movimentos
do corpo. Os ritmos do batuque aos poucos foram incorporando elementos de
outros tipos de música, sobretudo no cenário do Rio de Janeiro do século XIX.
A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que se tornara a
capital do Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de
outras regiões do país, sobretudo da Bahia. Foi nesse contexto que nasceram os
aglomerados em torno das religiões iorubás na região central da cidade,
principalmente na região da Praça Onze, onde atuavam mães e pais de santo. Foi
nessa ambiência que as primeiras rodas de samba apareceram, misturando-se os
elementos do batuque africano com a polca e o maxixe.
Apesar de ter perdido o status de capital do Brasil, o Rio de
Janeiro continua sendo um dos principais centros de produção cultural do país.
Materiais que serão utilizados para construir a maquete:
Arcos da Lapa. Monumento que representa a atual Cidade do Rio de Janeiro
Coqueiros para representar o litoral
Pó de serra para areia do litoral.
Orla do Rio de janeiro
Bonecos para representar os negros;
Palitos de picolé, papel crepom verde e marrom, folhas de cartolina
branca.
5° parte do projeto: aqui ajudamos a Construir a nossa atual capital
Federal Brasília.
A ideia de mudar a capital do Brasil para o interior já havia sido
sugerida em 1761, pelo então primeiro-ministro de Portugal, o Marquês de
Pombal, mas devido há alguns problemas na época, a capital fora transferida de
Salvador para o Rio de Janeiro. Porém a ideia de uma capital no
centro do país não fora esquecida. Por volta de 1823, o estadista José
Bonifácio (1763-1838), figura importante no processo
de independência do Brasil, voltou a sugerir a ideia da
criação de uma capital no interior do país. O plano novamente não veio a se
concretizar. Mas no entanto, o nome da futura capital já estava definida. Esta
se chamaria Brasília. Em 1883, o então sacerdote italiano, Dom
Bosco (1815-1888), enquanto morava no Brasil, tivera um sonho no qual, Deus
lhe havia mostrado em uma região no interior do país, próximo a um lago, um
local de grandes riquezas. Muitos atribuem esse sonho, como sendo uma
referência a Brasília.
Anos depois conhecida também como a Missão Cruls (em referência
ao astrônomo e engenheiro belga, Luis Cruls, nomeado como chefe do
projeto), a qual tinha como objetivo escolher um local pra a construção de uma
nova capital para o país. Na região do planalto central, a onde se encontrava
no meio do Estado de Goiás, fora demarcada
um perímetro de 14.400 km2, a onde se construiria a nova capital.
Porém, embora o território houvesse sido demarcado, as obras não saíram do
papel. Advento da República, o plano de se construir uma nova capital ressurgira.
Em 1892, o governo votava em um projeto chamado de Comissão
Exploradora do Planalto Central,
Em 1922, no então governo do presidente Epitácio Pessoa,
fora erguida no dia 7 de setembro na área então marcada, a pedra
fundamental para a construção de Brasília, mesmo assim os presidentes seguintes
não se interessaram em levar à cabo a continuidade desse projeto. No entanto, o
projeto somente começou a andar durante o governo de Juscelino Kubitschek
(1956-1961), que em um dos comícios de sua candidatura para a
presidência, ele prometera que se fosse eleito iria construir no período de seu
mandato a então sonhada capital no Planalto Central. Com a vitória de
Juscelino a presidência o projeto se pôs a andar. Em 18 de abril
de 1956 o então presidente, encaminhara para o Congresso, a Mensagem de
Anápolis, na qual propusera uma série de medidas para a construção da nova
capital, entre as quais ele decidira batizá-la com o nome de
Brasília. Antes de o processo ter sido avaliado, desde o período do início
da República, e talvez até mesmo antes, já existiam esboços para a construção
da nova capital. Vários arquitetos, urbanistas e engenheiros participaram para
ganhar a oportunidade de construir a cidade. E finalmente no dia 30 de
setembro de 1956, fora publicado oficialmente no Diário Oficial, o Projeto
do Plano Piloto.
No fim do ano, os projetos de construção já se iniciavam, e no ano
seguinte dava-se início as obras do Plano Piloto, criado pelo urbanista Lúcio
Costa (1902-1998). No mesmo ano o arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012),
amigo de Lúcio Costa, o qual havia lhe indicado ao concurso para a escolha dos
projetos urbanísticos, era escolhido por Juscelino para projetar as
principais construções que abrigariam o governo do país na nova capital. Além
desses prédios tais quais: O Palácio da Alvorada, o Edifício do
Congresso Nacional, Esplanada dos Ministérios e o Palácio do
Planalto, ele também projetou outros edifícios tanto para uso do
governo como edifícios comerciais e residenciais; até mesmo projetou
a Catedral de Brasília, e uma série de monumentos para a capital, dos
quais alguns ainda hoje não foram construídos.
Em 21 de abril de 1960, oficialmente era inaugurada a cidade de
Brasília, tendo os Três Poderes da República, transferidos do Palácio do
Catete no Rio de Janeiro, para a recém fundada capital.
As obras de Brasília duraram por mais de vinte anos, o que
fora construído no governo de Juscelino só fora o básico para se
estabelecer a cidade, muitos outros edifícios, estradas,
cidades-satélites só foram construídos bem depois. Mesmo assim, além
desse fato, durante esses cinco anos de construção inicial, grande parte da
mão-de-obra que ali trabalhou, fora de emigrantes nordestinos. Por
isso que alguns dizem que foram "os nordestinos que ergueram Brasília".
Influencias
Cultural Afro em Brasília (centro oeste):
Ø Escola de Samba da ARUC
Ø Carreiros – Caros
de Bois utilizados nas festas do Divino Pai eterno
Ø Folia de Reis
Materiais que serão utilizados para construir a maquete:
Congresso
Catedral
Esplanada
Papel A4, caixas de fósforo e creme dental, tintas guache, cola, bolas de
isopor.
Conclusão
Depois de fazer toda essa viagem podemos constatar que não é à
toa que somos, hoje, a nação mais negra fora da África. E o quanto esse continente influenciou e influencia
até os dias de hoje a nossa cultura.
Avaliação:
Avaliar com fins qualitativos e
quantitativamente, a partir das produções dos alunos, analisando no processo as
aprendizagens apresentadas pelos alunos durante toda etapa da execução do
trabalho.
Referencia:
- Martins, Georgina; Telles, Teresa Silva. Meu tataravô era
africano. DCL difusão cultural, 2008.
-
http://revistaescola.abril.com.br/consciencia-negra/africa-brasil/
Projeto Histórias de gente, de bicho
Professora - Mônica de Salles Carvalho.
4ºano B
OBJETIVOS
GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
• compreender a cidadania como participação social e política,
assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais,
adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às
injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva
nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar
conflitos e de tomar decisões coletivas;
• conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões
sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a
noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
• conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se
contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe
social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e
sociais;
• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do
ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;
• desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento
de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética,
de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na
busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
• conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando
hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
Justificativa:
O projeto
contempla o estudo dos conteúdos a partir da análise dos temas transversais
(ética, cidadania, pluralidade cultural, meio ambiente e saúde),
interdisciplinarmente, como orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.
O
objetivo do trabalho é desenvolver habilidades que gerem atitudes como autonomia, análise e reflexão.
Tais habilidades serão desenvolvidas conjuntamente com os conteúdos,
trabalhados não só de forma conceitual, mas também procedimental e atitudinal.
Assim, o
aluno participa efetivamente de todas as etapas da aprendizagem, que dessa maneira é mais significativa, pois se o
aluno pesquisa, analisa, elabora, depura, reelabora e apresenta suas aquisições
e reflexões a respeito do objeto de investigação, ele sai da passividade e a
aprendizagem acontece de forma mais ampla, e posteriormente, poderá resultar em
atitudes críticas, analíticas e coerentes, pertinentes ao cidadão integral.
Objetivo geral:
Desenvolver
as habilidades previstas em conjunto com conteúdos: realizar o estudo da
gramática, ortografia, estruturação e reestruturação textual, cálculos
matemáticos e raciocínio lógico-matemático,
a partir de leitura, análise e interpretação de textos escritos, de
imagens, vídeos, filmes, excursões e outros recursos. Esse material sempre terá
como enfoque principal, assuntos relativos aos temas transversais.
Objetivos específicos:
- Refletir sobre as diversas faces das condutas
humanas.
- Respeitar as diferentes formas de vida.
- Vivenciar a própria cultura e respeitar as
diferentes formas de expressão cultural.
- Refletir sobre como devem ser as relações
socioeconômicas e ambientais, para se tomar decisões adequadas a cada
passo para o crescimento cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio
ambiental.
- Reconhecer que saúde implica na qualidade do
ar que se respira, na qualidade do alimento ingerido, no consumismo
desenfreado e na miséria, na degradação social e na desnutrição, nas
formas de inserção das diferentes parcelas da população no mundo do
trabalho, estilos de vida pessoal.
- Valorizar a saúde, discernir e participar de
decisões relativas à saúde individual e coletiva.
- Propiciar aos alunos conhecimento e respeito
ao próprio corpo e noções sobre os cuidados que necessitam dos serviços de
saúde.
- Oferecer informações científicas e atualizadas
sobre as formas de prevenção das doenças.
Metodologia:
O projeto
é desenvolvido por meio de textos sobre meio ambiente, educação humanitária,
valorização da família, formação do povo brasileiro, pluralidade cultural,
desigualdade social. Todos os textos têm suas respectivas atividades
interdisciplinares.
Há
apresentação de documentários, filmes, vídeos, revistas, livros de literatura,
imagens. A interpretação desse material será realizada por meio de produção de diversos gêneros
textuais individuais e coletivos, debates, dramatizações, confecção de
cartazes, ilustrações, colagem e pintura, elaboração de questões. Como complementação, os subprojetos descritos
a seguir. Além disso, conta com o apoio dos livros didáticos.
Projeto DUDA
(Declaração Universal dos Direitos
dos Animais)
Justificativa:
DUDA -
Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Baseia-se nos princípios da Educação Humanitária, cujo conceito
engloba todas as formas de educação para justiça social, cidadania, questões
ambientais e respeito aos animais, reconhecendo a interdependência de todos os
seres vivos.
São trabalhados os
artigos da DUDA, 14 artigos, fazendo um paralelo com os valores: Respeito,
Solidariedade, Tolerância, Humanidade, Justiça, Amabilidade, Responsabilidade,
Admiração, Cuidado, Empatia, Compaixão, Bondade.
Educação Humanitária (EH)
·
Desenvolve a sensibilidade para com todas as formas de vida, apreciação da
diversidade e tolerância das diferenças.
·
Estimula as crianças a terem mais compaixão e a aprenderem a viver com mais
respeito por todos (o que se enquadra em qualquer política anti-intimidação e
aborda o ciclo de violência interpessoal e abuso animal).
·
Promove oportunidades para as crianças desenvolverem um sentimento de
admiração, responsabilidade e dever de cuidar do mundo natural e seu meio
ambiente. A educação humanitária torna claro que nós compartilhamos o mundo com
outros animais que têm necessidades e sentimentos (o que se enquadra com a
educação para o desenvolvimento sustentável).
·
Contribui para o desenvolvimento de atitudes e pensamento crítico das crianças
(o que aumenta sua autoestima) .
·
Capacita crianças para tomar decisões e agir como responsáveis cidadãos do
mundo.
Objetivo geral:
Estimular o “sentir, pensar, agir”.
Sensibilizar para que sejam
formadores de opinião em relação ao direito de todos a uma vida digna.
As cinco liberdades:
Para o bem-estar do animal ele deve estar:
* Livre de fome e de sede.
* Livre de desconforto (ambiente
adequado).
* Livre de dor, ferimentos e doenças
(prevenção ou tratamento).
* Livre de medo e estresse (condições
que evitem o sofrimento psíquico).
*Livre para expressar seu
comportamento natural (espaço suficiente e instalações adequadas).
Objetivos específicos:
- Perceber
que todos têm necessidades, que humanos interagem com outros animais e que
nós compartilhamos o mesmo ambiente com outros seres vivos.
- Entender que ações humanas podem afetar pessoas, animais e outros seres vivos e que, por
causa disso, nós temos o dever de lhes prestar cuidados.
- Entender
que frequentemente nos deparamos com dilemas morais e que as pessoas têm
opiniões diferentes.
- Adquirir
habilidades para
comunicação eficaz (para que possam explicar melhor suas ideias e
responsabilidades), demonstrando os níveis apropriados de cuidados e
empatia.
- Desenvolver
atitudes de amabilidade,
respeito, responsabilidade.
- Sensibilizar para a percepção das diferenças entre os animais criados em cativeiro
e os que vivem em seu habitat selvagem.
- Perceber que os animais não existem para divertimento humano.
- Reconhecer nas técnicas de vivissecção um
crime contra a vida.
- Reconhecer que a escolha de um animal para seu
companheiro requer responsabilidades.
- Perceber que a destruição do meio ambiente
acarreta destruição dos habitats e dos animais que ali vivem e
consequentemente a destruição do ser humano.
- Despertar o interesse pela participação em
campanhas em defesa desses direitos.
Metodologia:
Apresentação
de documentários, filmes, vídeos, revistas, livros, imagens, promoção de
debates, dramatizações, confecção de cartazes, ilustrações, colagem e pintura,
elaboração de questões, além de produção de textos individuais e coletivos de
diversos gêneros.
Serão
realizadas atividades que promovam o descrito nos objetivos específicos. Leitura de textos individuais ou
coletivos, apresentação de dramatizações, teatro de fantoches, leitura de
notícias relacionadas ao tema para debate, paródias de músicas, apresentação de
filmes e vídeos com o auxílio de Data Show, leitura de livros infantis,
apresentação de murais e cartazes, apresentação de palestras, vivências...
Subprojeto Memória: povos antigos
5º ano A- professor: Eduardo Alves
Buscando integrar subprojeto à
temática proposta pela Escola Classe 111 Sul, qual seja “Consciência
Planetária”, o 5º ano “A” em minha regência lança mão da seguinte proposta:
Desde
que o mundo é mundo, do modo como o conseguimos perceber, é sabido que diversas
culturas já compuseram o seu cenário. Reconhecer essas culturas de um modo
singular pode colaborar com uma maior consciência em relação a um aspecto
fundamental para a experiência humana: não estamos e nunca estivemos sozinhos.
Relatos históricos, documentos e reuniões de objetos deixam transparecer que
sempre aqui e ali existiram culturas com costumes, perspectivas, projeções de
futuro muito diferentes. Constantemente, passa-se uma vida inteira sem conhecer
muitas das expressões culturais que já habitaram o nosso pequeno planeta azul.
Estamos sempre focados nas relações mais próximas do espaço geográfico onde nos
encontramos e perdemos de vista a possibilidade de outras línguas, outros sistemas
numéricos, outros modelos de vida, outras religiões, etc.
É
muito importante o reconhecimento das culturas que habitam o planeta nos dias
de hoje. No tanto é fácil reconhecermos aquilo que está mais próximo de nós,
tanto geográfica como temporalmente. Mas, não podemos perder de vista o fato de
que algumas culturas já desapareceram e mesmo assim deram suas contribuições
para a história da humanidade; muitas outras ainda existem e descendem de
atividades humanas que eram realizadas desde tempos imemoriais para muitos da
nossa época.
Refletindo
a partir daí, o 5º ano “A” irá desenvolver o projeto Memória: Povos antigos,
convidando - a partir de seminários e apresentações - a comunidade escolar à
participar de uma intrigante viagem pelo mundo remoto em busca de culturas
milenares que habitaram o passado dos grandes 5 continentes.
O
mundo antigo de acordo com a historiografia contemporânea se dá a partir do
surgimento da escrita (4.000 A.C) e é caracterizado pelo menos por três
fenômenos sociais: o desenvolvimento de uma vida comum urbana, o
desenvolvimento de religiões organizadas (em sua maioria politeístas – crença
em vários deuses) e um desenvolvimento bastante significativo de movimentos
culturais e artísticos. É dado aos Sumérios o crédito pelo desenvolvimento de
várias disposições que identificam uma civilização como tal, principalmente o
desenvolvimento da escrita, da engenharia e arquitetura na antiga Mesopotâmia.
Não
obstante a isso, é sabido que não somente foram esses os povos que desenvolveram
civilizações e o presente projeto pretender trazer luz à algumas comunidades
que também mantém seus créditos na história enquanto notáveis colaboradoras
para o mundo civilizado como nos apresenta as sociedades modernas.
Metodologia
Os estudos serão sempre dirigidos e funcionarão da seguinte
forma:
* os estudantes se dividirão em 5
grupos para reunir informações acerca de 3 culturas antigas de cada continente.
* o professor irá acompanhá-los na
pesquisa e os auxiliará no que for necessário quanto a dar orientações, vídeos,
fotos, textos, etc.
* cada grupo contará com 4
estudantes (como o 5º ano A possui 23, este método é somente técnico).
* o grupo será subdividido em
duplas. Cada dupla ficará com uma cultura do continente que escolheu. O
professor ficará com a terceira cultura para incentivar a pesquisa e dinamizar
as apresentações e atividades (e formará dupla com um estudante do grupo que
mantiver 5 alunos).
De acordo com referências estudadas para cada continente a
sugestão é trabalhar com as seguintes culturas:
ÁSIA
- CHINESES (CHINA)
- HINDUS (ÍNDIA)
- MONGÓIS (MONGÓLIA)
EUROPA
- POVOS BÁRBAROS (PENÍNSULA IBÉRICA)
- ROMANOS (ROMA)
- GREGOS (GRÉCIA)
ÁFRICA
- EGÍPCIOS (EGITO)
- AXUMITAS (ETIÓPIA)
- GANENSES (SAARA/NÍGER/SENEGAL)
AMÉRICAS
- ASTECAS (MÉXICO)
- INCAS (CORDILHEIRA DOS ANDES)
- SIOUX (NORTE DOS E.U.A)
OCEANIA
- ABORÍGENES
- MAORIS
OBS: NESSE GRUPO TAMBÉM IREMOS INCLUIR OS ESQUIMÓS, POR AUSÊNCIA
DE MATERIAL DE PESQUISA SOBRE A EXISTÊNCIA DE OUTRAS CULTURAS IMPORTANTES QUE
HABITAVAM AS GRANDES ILHAS.
Os
aspectos a serem investigados de cada cultura são de cunho científico para uma
melhor apropriação das informações e desempenho para as apresentações. Em um
prazo de quatro oito meses os estudantes deverão reunir:
(1º SEMESTRE)
* aspectos da cultura, língua, tipo
de atividades que realizavam;
* localização geográfica com mapa
ilustrativo desenhado e colorido em cartolina para exposição (cartaz);
* História – antecedentes e origem
dos povos que serão investigados;
(2º SEMESTRE)
* Cultura – Religião – Arte –
Culinária: algumas informações que situe a comunidade escolar quanto aos
costumes de cada povo;
* Elaborar pequeno texto
explicativo;
* Apresentação de um vídeo curto que
ilustre os povos de maneira didática;
* Situação atual dos povos em aula
expositiva
CRONOGRAMA
1º Semestre
ABRIL
|
MAIO
|
JUNHO
|
JULHO
|
|
Apresentação do projeto/organização e divisão dos
grupos
|
X
|
|||
Aspectos das culturas
|
X
|
|||
Localização geográfica com mapa
|
X
|
|||
Estudos dos antecedentes dos povos
|
X
|
|||
Apresentação dos materiais desenvolvidos
|
X
|
2º Semestre
SETEMBRO
|
OUTUBRO
|
NOVEMBRO
|
DEZEMBRO
|
|
Retomada dos estudos
|
X
|
|||
Cultura – religião – arte – culinária
|
X
|
X
|
X
|
|
Elaboração de texto explicativo
|
X
|
X
|
||
Apresentação de vídeo
|
X
|
|||
Situação atual dos povos
|
X
|
X
|
||
Reunião de todo o material e retorno
|
X
|
Em
consonância com as propostas disponíveis no Projeto Político Pedagógico – PPP
da Escola Classe 111 Sul referentes ao ano de 2016, que tem como base a
temática “Consciência Planetária” o professor Eduardo Alves apresenta o
seguinte planejamento para sua regência interdisciplinar referente ao 1º
semestre letivo:
Para os estudos da Matemática:
As
atividades serão associadas sempre ao conjunto de termos gramaticais (todos os
textos lidos e trabalhados passarão pelo crivo morfológico); os problemas
matemáticos serão construídos com a turma, levando em consideração seus
contextos e ideias para um corpo de atividades mais dinâmico. A temática para o
primeiro semestre girará em torno dos seguintes eixos: Alimentação (devido
à prática de consumo humano utilizar o cotidiano para compor problemáticas que
envolvam o raciocínio lógico e as quatro operações); Antigas Civilizações
(de modo a apresentar a perspectiva de tecnologias diferentes das que hoje
utilizamos, quais suas vantagens e quais as desvantagens das tecnologias
atuais; o estudo clássico da geometria e os princípios das ideias pitagóricas
sobre os sólidos e os corpos); Recursos Hídricos (no sentido de estudar
gráficos, infográficos, planilhas e perspectivas das cinco grandes regiões
brasileiras – o estudo dos centímetros cúbicos, do conjunto dos números
inteiros negativos, números decimais e percentuais); Grandes Matemáticos
(estudo introdutório sobre algumas das mentes ilustres da ciência matemática,
expondo seus feitos, descobertas e influências para o mundo moderno; estudo
apropriado do cálculo mental, problemas lógicos de associação, raciocínio,
permuta e probabilidade);
Para
os estudos da Língua Portuguesa:
O
estudo será voltado para as três dimensões da gramática: Fonologia, Morfologia
e Sintaxe. Para o primeiro semestre iremos nos concentrar na Morfologia e o
grande protagonista será o “VERBO”. Todas as atividades estarão associadas à
gramática aplicada ao texto e as atividades sempre serão constituídas de produções
textuais que coletivamente deverão ser acompanhadas de modo a tornar mais
fácil, por mais que exaustivas, as técnicas que envolvem a estrutura de um
texto escrito em norma culta. Os eixos temáticos serão: Origem das línguas
latinas (trabalhando em consonância com o estudo da história que comprova a
influência de línguas de origem africana e indígena em nosso tronco linguístico
que deriva primordialmente do latim e do grego); Os grandes gêneros
literários (passaremos a maior parte do tempo fazendo um estudo aprofundado
de contos literários de autores ilustres que produziram ao longo dos séculos,
principalmente os clássicos e aqueles que mais próximos estão de nossa
realidade. Um projeto será executado ao longo do semestre chamado Do Mundo à
Palavra que tem como objetivo a produção de contos literários pelos próprios
estudantes a fim de culminar em publicação ao final do período letivo escolar.
Dos contos serão feitos levantamentos e questionamentos que envolvam outras
áreas do conhecimento como a Arte, a História e a Geografia. Serão trabalhados
com profundidade também a Crônica, a Poesia e a Carta); Notícias do Brasil e
do Mundo (o objetivo será propor debates sobre notícias de cunho
informativo e criativo, sem a administração de tendências políticas, prezando o
conhecimento e o aprofundamento dos elementos fundamentais para a interpretação
de textos); Dê suas notícias (no intuito de dar visibilidades ao
desenvolvimento de narrativas por parte dos estudantes que trarão uma vez por
semana um caso que aconteceu com eles fora do contexto escolar, com o cuidado e
a sensibilidade que não sejam comprometedores de suas individualidades – as
narrativas serão escritas em resumo na lousa e será feita a análise morfológica
e dependendo da informação que estiver disponível serão feitas as devidas
associações com as outras áreas do conhecimento que trabalhamos no 5º ano do
ensino fundamental – também estaremos atentos à ordem direta do discurso
narrativo, à ordem indireta, à voz ativa e passiva, possibilidades da línguas
portuguesa, bem como as primeiras apresentações para a análise sintática –
Sujeito/Verbo/Predicado)
Para
os estudos da Geografia:
A
Geografia trata de diversas dimensões do espaço, tanto objetiva como
subjetivamente, existem pesquisas que trabalham até o próprio corpo humano
enquanto um território. Para o presente curso iremos nos ater à reflexões sobre
a geopolítica no sentido de orientar os estudantes quanto aos aspectos sociais
que envolvem a transição humana sobre os continentes, bem como o conhecimento
dos aspectos vegetais, com o foco no território brasileiro. Desta feita, iremos
acompanhar os seguintes eixos temáticos: O nosso País e as Américas (desenvolver
atividades que trabalhem o reconhecimento de todos os estados brasileiros e as
suas capitais, tais como a noção básica de todos os países latino americanos e
as suas capitais. O estudo das funções constitucionais no que diz respeito aos
aspectos republicanos, federativos e presidenciais. Introdução à história dos
Estados Unidos da América e do Canadá. Estudo básico das vegetações de todos os
espaços geográficos estudados com a utilização de vídeos previamente
selecionados. Trabalhar a questão das representatividades em cada América do
ponto de vista da população e a contribuição dos povos autóctones para o
desenvolvimento de suas civilizações) Saiba o que é um mapa (desenvolver
atividades de bom uso das informações cartográficas, visando uma análise
crítica das transformações espaciais; compreensão das linhas imaginárias e do
sistema solar como um todo para o usufruto correto dos fusos horários, o
transporte de pessoas e os diversos meios de transporte) Os continentes e
seus povos (Expor as dimensões continentais em termos culturais, buscando uma maior visibilidade dos costumes
de outros povos e as suas relações com o humano, a natureza, a ciência, as
artes e etc.) A indústria em nossas vidas (estudo histórico comparativo
desde a revolução industrial aos dias de hoje, visando reconhecer quais os
meios de produção foram desenvolvidos e quais os produtos que mais possuem
perspectiva de consumo e como estes influenciam na organização do espaço urbano
e no modo de vida das pessoas).
Para
os estudos da História
A História envolve basicamente os conhecimentos
sobre como podemos “olhar” o mundo. Como devemos percebê-lo a partir de
referências sociais e políticas. Exige-nos sensibilidade para compreender o
tempo, o sujeito, as transformações, os motivos pelos quais se é possível
administrar os documentos, quem conta a história e se podemos ou não fazer a
história. Necessita de uma alta associação interdisciplinar. Desta feita,
nossos eixos temáticos serão: O tempo é Rei (buscaremos elucidar o
conceito de tempo e de temporalidade e como os sujeitos estão inseridos nessa
perspectiva; a partir dos estudantes iremos construir um banco de dados sobre
as suas relações históricas, suas memórias com a realização de produções de
textos e entrevistas com os seus responsáveis sobre o passado. Dentro da noção
de “tempos verbais” do estudo da gramática, iremos trabalhar as dimensões de
presente, passado e futuro e analisar o que era, o que é e refletir no que será
dentro de uma atmosfera micro, inicialmente, para então dar sequência e ver se
podemos, a partir das informações recolhidas no passado e no presente, associar
à algum fato que pode vir a ocorrer no futuro) Ah, meu Brasil (Serão
avaliados os processos da colonização brasileira com ênfase no território de
exploração, o extermínio dos povos indígenas (concomitantemente que iremos
aprofundar o estudo de suas culturas), o extermínio e exploração das
comunidades negras sequestradas de África para servir de escravizados no novo
mundo (concomitantemente que iremos
aprofundar os estudos sobre a história das civilizações africanas e os motivos
da escravidão por parte dos europeus); estudaremos as principais revoltas
nacionais; seguiremos a linha histórica comum – colonização – exploração –
catequização – mão de obra escravizada – a família real portuguesa – capitanias
hereditárias – o processo de independência no império – a proclamação da
república – a república – os dias atuais. A estratégia didática fundamental
será a aula expositiva, a apresentação de vídeos e a confecção de materiais em
sala de aula como cartazes, pinturas, pesquisas, etc.)
Para
os estudos da Ciência
Buscaremos absorver os conceitos científicos
básicos a respeito das relações do homem com a natureza e as ciências puras. A
começar por definir a cada aula expositiva qual a função da área e por que ela
recebe determinado nome. Assim, em termos multidisciplinares iremos seguir
alguns eixos: Botânica (iremos definir o conceito do termo e pesquisar
sobre a diversidade dos vegetais sobre a terra, suas principais funções e
importância deles para as relações humanas) Biologia (trabalhar noções
básicas sobre o estudo da vida, dando ênfase aos organismos multicelulares até
o corpo humano, que será objeto de estudo mais aprofundado no segundo semestre,
quando iremos trabalhar todos os sistemas que controlam a atividade orgânica
humana) Física/Química (desvendar os mistérios da física clássica com
ênfase em relações práticas que alteram a disposição dos corpos como
aceleração, inércia, as forças que agem em uma relação, a influência dos
ventos, das águas, como ocorrem alguns ciclos; introdução aos fenômenos naturais
geológicos; introdução e aplicação de fenômenos químicos: saturação,
condensação, soluções, produtos industrializados, bulas, etc. Sempre na
perspectiva de administrar experiências cotidianas) Astronomia (relações básicas entre os corpos celestes, orientações
a partir de algumas constelações; planetas, satélites, o vácuo, etc. Sempre em
uma perspectiva lúdica com atividades práticas em sala de aula)
ANEXO (vídeos)
ÁSIA
EUROPA
POVOS BÁRBAROS https://www.youtube.com/watch?v=ZaDpsSKRgLM
ÁFRICA
HTTPS://www.youtube.com/watch?v=ad-k2nwJGZw
AMÉRICAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sioux (este último é um arquivo devido ao
irrisório número de vídeos em português que se tem acesso nos sítios virtuais)
OCEANIA
ABORÍGENES https://www.youtube.com/watch?v=8Vkrj5irRGQ
MAORIS
vídeos muito difíceis de encontrar nos sítios virtuais
ANEXO II
HTTPS://www.youtube.com/watch?v=ZXg9tnGsoUo
PLANO DE AÇÃO 2016
01. Apresentação
O nosso objetivo com o atendimento
integral é proporcionar aos alunos em situação de vulnerabilidade social ou com
defasagem de conteúdos atividades lúdicas, prazerosas que visem a formação
plena do educando, estimulando todas as suas potencialidades e valorizando seus
talentos e aptidões, propiciando mais uma vez uma aprendizagem significativa
num tempo e espaços diversos, valorizando sua história de vida.
Na “Educação Integral em Tempo
Integral”, ampliam-se as possibilidades de atendimento, cabendo à escola
assumir uma abrangência que, para uns, a desfigura e, para outros, a consolida
como um espaço realmente democrático.
Nesse sentido, a escola pública passa a incorporar um conjunto de
responsabilidades que não eram vistas como tipicamente escolares, mas que, se
não estiverem garantidas, podem inviabilizar o trabalho pedagógico.
O Plano de Ação iniciará com um grupo de 62 alunos trabalhados em três
macrocampos e em 7 horas e meia de atendimento.
02.
Justificativa
A Educação Integral em sua essência e
qualidade é “aquela que forma o ser humano em sua integralidade e para sua
emancipação. Construir uma educação que emancipe e forme em uma perspectiva
humana que considere suas múltiplas dimensões e necessidades educativas é a
grande estratégia de melhoria da qualidade de ensino e promoção do sucesso
escolar, que é a Educação Integral.”
A
intenção da política de Educação Integral ultrapassa, portanto a mera ampliação
de tempos, espaços e oportunidades educacionais e busca discutir e construir em
nossas escolas espaços de participação, favorecendo a aprendizagem na
perspectiva da cidadania, da diversidade e do respeito aos direitos humanos.
Nessa perspectiva de que devemos
oportunizar aprendizagens em tempos e espaços
variados , promovendo a formação plena do educando, com aprendizagens
significativas, de pluralidade, Direitos Humanos, cidadania e aquisição das
habilidades de leitura e escrita, letramento e da resolução de situações
problemas do mundo moderno é que esta Unidade de Ensino aderiu ao Projeto Mais
Educação do Governo Federal em parceria com a SEDF para atender 62 alunos com
defasagem de aprendizagem e/ou em
situação de vulnerabilidade social.
Conforme o Decreto n° 7.083/2010, os
princípios da Educação Integral são traduzidos pela compreensão do direito de
aprender como inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à
dignidade e à convivência familiar e comunitária e como condição para o próprio
desenvolvimento de uma sociedade republicana e democrática. Por meio da
Educação Integral, reconhecem-se as múltiplas dimensões do ser humano e a
peculiaridade do desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens.
03. Objetivos
èObjetivo Geral:
Oportunizar ao educando tempo e espaços variados que permitam autonomia
intelectual, domínio das habilidades e competências necessárias para tornar-se
um cidadão pleno e atuante além do contexto escolar.
èObjetivos Específicos:
*Orientar o aluno na realização das
atividades curriculares, estabelecidas
pela escola e as atividades pedagógicas propostas pelo PME, contemplando as
diferentes áreas do conhecimento (alfabetização, matemática, história,
ciências, geografia, línguas estrangeiras e outras),
*Possibilitar o trabalhar com a
comunicação, relacionando com os temas estruturantes e transversais como “Educação
em Direitos Humanos, Ética e Cidadania” e “Promoção da Saúde” encontram
possibilidades criativas e inovadoras no espaço escolar
*. Promover o aprendizado de técnicas em diversos instrumentos de
percussão por meio de uma abordagem integradora, tratando de aspectos
relacionados não só com a mecânica e a técnica instrumental, mas também, com
desempenho, apreciação e criação musical. Integração social e desenvolvimento;
* Incentivar
as práticas de recreação e lazer como potencializadoras do aprendizado das convivências humanas em
prol da saúde e da alegria.
04. Operacionalização
Após análise do Conselho de
Classe final de 2014 e das fichas perfis de cada aluno, a equipe pedagógica da
escola dentro dos critérios previstos no projeto Mais Educação atenderá 32
alunos, priorizando os do 3º, 4º e 5º anos em defasagem curricular e também
alunos do 1º e 2º anos em situação de vulnerabilidade social.
Os espaços utilizados para as atividades internas serão os das salas
de Laboratório de Aprendizagem, o pátio, quadra, Biblioteca e refeitório onde
será servida a alimentação sob a responsabilidade da coordenação do integral,
direção, bolsista e monitores do programa
Educador Social Voluntário , já
para as atividades externas propõe-se passeios, visitas, cinemas, feiras no
Distrito Federal.
Serão atendidos em jornada
de 7horas e meia todos os dias da semana com monitores do programa Educador
Social Voluntário da SEDF e pago com recursos próprios da escola.
*Acompanhamento pedagógico: Ampliar as oportunidades dos estudantes em educação integral pela instrumentalização
metodológica, com orientação aos estudos e leitura .
* Brinquedoteca: Atividade baseada em práticas
lúdicas, enfatizando o resgate da cultura local, bem como o fortalecimento da
diversidade cultural. Desenvolvimento integral do estudante, como potencializadora
do aprendizado, atribuindo significado às práticas desenvolvidas com
criticidade e criatividade, em prol da saúde e alegria. Priorização do brincar
como elemento fundamental da formação da criança e adolescente através de
atividades psicomotoras com estudantes de Educação Física, como voluntários.
Equipe Pedagógica da Escola: direção,
coordenadores, professores regentes, OE e auxiliares em Educação
05.Registros das atividades:
Buscando alcançar
com sucesso os objetivos propostos utilizar-se-á o seguinte procedimento de
registro das atividades:
- Pastas
individuais para observar o crescimento do aluno, que será construída com as
atividades propostas;.
- Ficha de
acompanhamento individual;
-
Caderno de atividades.
6. Acompanhamento e avaliação do projeto:
O Plano de Ação é flexível,
dinâmico e alvo de avaliações semanais, bimestrais, entre outros .Utilizaremos
instrumentos avaliativos como a ficha de acompanhamento individual além de
reunião semanal e dos Conselhos de Classe,
. Assim, a avaliação do Projeto Escola de
Tempo Integral será dialógica, acontecendo ao longo do processo, no intuito de
redimensionar as ações, quando necessário, a fim de possibilitar maior
qualidade à dinâmica da aprendizagem significativa, no seu âmbito geral e
individualmente em cada um dos subprojetos, discutido em todos os bimestres com
todos os segmentos envolvidos.
PROJETO HORTAÇÃO
Arthur Potter
O
projeto da horta escolar é concebido pela necessidade de uma reeducação
alimentar de nossos alunos e da sensibilização ecológica para a
sustentabilidade do desenvolvimento humano no planeta. A horta pode ser um laboratório
vivo para diversas atividades didáticas, trazendo algumas vantagens para a
comunidade escolar. Dentre elas: variedade de alimentos a baixo custo no
projeto de venda, no lanche das crianças e nos programas de alimentação e saúde
desenvolvidos na escola. Portanto, o consumo de hortaliças cultivadas em
pequenas hortas auxilia na promoção da saúde.
Objetivos
ü Sensibilizar para a produção
sustentável e suas contribuições para a preservação da vida no planeta
(Consciência Planetária);
ü Estimular a importância de uma
alimentação saudável;
ü Aproximar os alunos e alunas da
agricultura familiar orgânica, gerando assim, indivíduos multiplicadores;
Nossa horta conta com 12 canteiros
para cultivo de hortaliças. Um canteiro para cada turma. A preparação do
canteiro (capina e adubação) para cultivo fica por conta da assistência
técnica, por se tratar de um trabalho mais longo e bruto. A partir do cultivo,
as crianças, com mediação do professor (a), serão os seres ativos e
transformadores da horta.
O papel das crianças na horta
ü Preparação da terra;
ü Colocação das sementes;
ü Manutenção de ervas daninha e pragas
(cuidado);
ü Irrigação;
ü Observação;
ü Colheita;
Todos os alunos devem participar de
forma ativa. Para isso, requer organização do professor, pois nem todos os
alunos estarão com ferramentas para trabalhar diretamente na horta. O professor
pode fazer uma escala e/ou rodízio de crianças para ida à horta ou selecionar
crianças diferentes todo dia para atender as demandas do seu canteiro. Cabe ao
professor.
Observações: A horta deve ser regada duas vezes
ao dia, mas lembre-se que isso varia de região para região, pela diferença de
clima entre elas. O solo não pode ficar encharcado para evitar o aparecimento
de fungos. A horta tem que ser mantida limpa, as ervas daninhas e outras
sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão.
Antes de qualquer coisa...
Devemos compreender que a horta
requer muita atenção e responsabilidade dos professores e dos alunos. Para isso
é necessário uma visita diária e contínua da horta. Dizem os sábios técnicos
agrícolas “se não fostes na horta ontem, saiba que há algo errado”.
Cada
hortaliça tem o seu tempo de colheita, melhor época de plantio e espaçamento
(cm) para seu melhor desenvolvimento.
Demanda
Ano passado observamos a necessidade
de hortaliças diferentes na alimentação dos alunos, precariedade de certas
hortaliças já presentes e as de interesse deles. A relação foi a seguinte:
ü Alface
ü Tomate
ü Cenoura
ü Beterraba
ü Rúcula
ü Cebolinha
ü Coentro
ü Batata
ü Couve
ü Repolho
Ferramentas à
disposição
ü Pazinhas: para preparação da terra e
dos pequenos buracos aonde vão as sementes;
ü Regadores: para irrigação;
O pedagógico
Há
várias atividades que podem ser utilizadas na escola com o auxílio de uma horta
onde o professor relaciona diferentes conteúdos e coloca em prática a interdisciplinaridade
com os seus alunos.
Língua portuguesa:
- Listagem dos elementos da horta;
- Diferentes tipos de texto (embalagem das
sementes, tabelas, gráficos)
- Poemas e poesia dos vegetais (rimas);
- Narrativa e produção de contos a respeito da
horta escolar;
- Manuais e receitas de alimentos produzidos na
horta;
- Cartazes educativos para a educação
ambiental;
- Debates e seminários;
- Ilustração;
- Música, parlendas, trava-línguas, piadas,
cantigas de roda, adivinhação;
- Relatos espontâneos de acontecimentos
(relatórios e registros);
- Nasalação das palavras (pimenta, açafrão);
- Vocabulário;
Lógico-matemático:
- Conservação, correspondência, comparação,
classificação, sequenciação, seriação, ordenação e inclusão na horta;
- Quantidades/símbolos e contagens;
- Medidas de grandezas;
- Formação de agrupamentos;
- Crescente e decrescente;
- As quatro operações com problemas
relacionados a horta;
- Sistema Monetário Brasileiro
- Tempo de cultivo das hortaliças (minuto,
hora, dia, semana e mês);
- Espaçamento das mudas em cm (uso de réguas);
- Formas geométricas presentes na horta;
Ciências:
- O que acontece de dia e de noite na horta;
- Posição do sol nas idas à horta;
- Água: sua importância e seus estados físicos;
- Solo: preparo, plantação e uso sustentável;
- Ar: importância, usos e composição;
- Poluição dos ambientes e suas consequências
para a horta;
- Ciclo de vida animal e vegetal;
- Fotossíntese;
- Seres vivos e suas relações (fauna e flora da
horta);
- A horta como um bioma;
- Características físicas dos vegetais;
- O clima como vetor fundamental do
desenvolvimento da horta;
- O ciclo da água
- Partes da planta (estrutura e função);
- Alimentação saudável;
Geografia:
- Localização da escola e da horta na escola;
- Atividades produtivas: tipos de produção,
locais e ferramentas;
- Biodiversidade: paisagem, relevo, águas;
- Necessidades básicas do homem e a
sustentabilidade;
- Espaço no mundo;
- Comunidades rurais e sua relação com produção
agrícola familiar;
- Frutas e verduras típicas de
cada região do país (culinária como elemento cultural);
- Regionalismo;
História:
- Relações sociais: hábitos, costumes,
organização social, modos de viver;
- Vida em sociedade: comunidades locais,
rurais, quilombolas, indígenas;
- Tempo escolar: semanas, meses, anos,
bimestre, semestre;
- Passado, presente e futuro;
- Profissões, produtos e serviços ontem e hoje;
- Trabalhos prestados pela comunidade:
voluntariado e mutirão;
- Formação social do Brasil: matriz indígena,
africana e europeia;
- Ciclos econômicos do Brasil: ouro, café,
cana;
Experiências práticas na horta da escola
A seguir, estão apresentados seis
exemplos de como a horta pode trazer benefícios à saúde das crianças na escola
e ser um excelente recurso pedagógico. Destaca-se novamente o papel fundamental
da participação direta das crianças em todo o processo de plantio das
hortaliças até a obtenção de pratos saborosos, que devido a sua facilidade de
preparo podem ser feitos em casa ou na escola. Além disso, essas ações visam
integrar a horta com o cotidiano da criança na escola e em casa.
Método: PLANEJANDO
E ADMINISTRANDO UMA HORTA
Desenvolvimento: Cada turma se responsabiliza por um canteiro da horta. Em
seguida, o professor orienta as crianças sobre plantio, formação de mudas,
espaçamento entre as covas, irrigação, além de colheita e conservação das
hortaliças para o consumo, ou seja, o professor supervisiona os alunos em todos
os passos descritos nesse manual. Tudo isso motiva as crianças a cuidar de seu
canteiro, administrá-lo para que as hortaliças cresçam e estejam apropriadas
para o consumo. Além disso, essa experiência reforça as qualidades de
organização, planejamento, responsabilidade e o processo de promoção de saúde
através da alimentação saudável.
Método: APLICANDO
CIÊNCIAS E SAÚDE NO DIA-A-DIA DA HORTA
Desenvolvimento: Um dos conceitos mais aplicados em ciências é o da cadeia
alimentar. Por isso, o professor pode utilizar esse conceito e relacionar o
papel da horta com o fornecimento de nutrientes do solo para as hortaliças e,
posteriormente, o consumo das hortaliças fundamentais para a nutrição do ser
humano. O professor divide a turma em grupos de trabalhos e determina que cada
grupo seja responsável por explorar as qualidades nutricionais das hortaliças
cultivadas, ao mesmo tempo, a criança é motivada a se alimentar da hortaliça para
garantir os nutrientes ao seu corpo. Outro aspecto importante de ser discutido
nesta atividade são os conceitos de variedade, combinação e moderação contidos
na Pirâmide dos Alimentos.
Método: APLICANDO
MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA DA HORTA
Desenvolvimento: O período de colheita das hortaliças associado a matemática é
uma experiência positiva para ensinar às crianças que a horta pode está
presente no cotidiano da escola. O professor, com a tabela presente neste
manual dos períodos das colheitas e com as noções de conjunto, mostradas na
matemática, ensina a criança quais as hortaliças que apresentam períodos de
colheita comuns e diferentes. Posteriormente, a turma se organiza para o DIA DA
COLHEITA, o qual as crianças colhem as hortaliças com o período comum.
Método: FESTIVAL
DA COLHEITA
Desenvolvimento:
A escola poderá convidar as famílias para participarem do momento simbólico da
primeira colheita. As crianças serão responsáveis por apresentar o projeto,
suas etapas e objetivos. Dependendo da situação específica pode-se preparar
algum prato com os produtos colhidos para que todos possam provar ou cada
família leva uma pequena amostra dos produtos colhidos para sua casa.
Método: PREPARANDO
O CARDÁPIO DE NOSSA MERENDA ESCOLAR
Desenvolvimento: A partir do momento que os produtos cultivados comecem a estar
prontos para a colheita cada turma pode ficar responsável por preparar o
cardápio semanal da merenda incluindo os produtos disponíveis. Nesta atividade
além do resgate de receitas locais, os conceitos da Pirâmide Alimentar poderão
ser reforçados e implementados.
Método: COZINHA
EXPERIMENTAL NA ESCOLA
Desenvolvimento:
A pesquisa de receitas de preparações de hortaliças é outra atividade feita com
as crianças para estimular a adoção de hábitos alimentares e estilos de vida
saudáveis. Após o dia da colheita, as crianças trazem de casa uma receita com
as hortaliças colhidas neste dia. Em seguida, o professor faz um concurso na
sala para escolher com as crianças, a melhor receita para ser preparada e
saboreada pela turma na cantina da escola. Nessa atividade, o professor aborda
todos os passos para o cultivo da hortaliça e reforça a sua conservação e
higiene, descritas nesse manual, fundamentais para a elaboração de um prato
saboroso e nutritivo.
Conclusão
Depois de aprender sobre a
importância de uma horta, como plantar as hortaliças e saber quais os
nutrientes que elas contêm, você poderá fazer uma horta na sua comunidade, nas
escolas ou até mesmo na sua casa. Vamos trabalhar juntos para dinamizar o
processo de cultivo na horta com o nosso trabalho em sala de aula.
Sensibilizando para a Consciência
Planetária
Eco percepção
Atendimento Integral
Acompanhamento pedagógico
Arthur Potter
Apresentação
Consciência
ou visão planetária significa a (re)descoberta de que o mundo se torna um todo,
o ser humano é membro da Terra e deve assumir a responsabilidade pelo futuro do
planeta habitável.
“No meio
da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família
humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças
para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza,
nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
Para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra,
declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande
comunidade da vida e com as futuras gerações.”
Eco
percepção implica uma postura ética: tomar atitudes pessoais e coletivas em
vista da continuidade da teia da vida em nosso planeta.
Convém
notar que a consciência planetária é mais do que ecológica, pois incorpora a
utopia viável de superação da exploração econômica, social, étnica e política,
em favor de sociedades interconectadas com equidade, que cultivem o respeito, a
tolerância, a diversidade e a cooperação.
Objetivos
gerais
v
Respeito
a tudo o que é vivo;
v
Responsabilidade
cotidiana em cada ato;
v
Quem
somos (autoconhecimento), o que é o mundo (conhecimento experiencial da
realidade) e o que deve ser mudado nele (critérios éticos para a ação
transformadora);
v
A
percepção de que tudo está interligado e que Terra e o Homem formam um único
organismo;
Objetivos
específicos
v
Respeito
à biodiversidade e a diversidade humana (fisionomia, gênero, opiniões);
v
Somos da
raça humana e toda a Terra depende da nossa capacidade de se relacionar de
forma mais preservadora;
v
Compreensão
da importância dos recursos naturais (alimento, energia) e da sustentabilidade
de seus usos para nossa sobrevivência;
v
Saber
diferenciar atitudes sustentáveis de atitudes depredadoras;
v
Entender
que não há indivíduos isolados e que toda vida depende das múltiplas relações;
v
Relacionar-se
com o meio de forma sustentável;
v
Compreender
a riqueza do Cerrado, nosso bioma;
v
Sensibilizar
para a importância da Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga e Pampas
para nosso desenvolvimento;
v
Sensibilizar
a luta de vários brasileiros que defendem nosso patrimônio cultural contra as
desequilibradas demandas do capitalismo;
v
Saber se
portar como agente transformador consciente e representar-se como um componente
do sistema de vida no planeta;
v
Compreender
que tudo o que é produzido, vem da natureza;
v
O meio ambiente deve ser entendido como o espaço físico e
biológico mediado pela cultura;
v
Respeitar
a natureza como parte de nós mesmos;
v
Consumir
menos, para produzir menos lixo;
v
Reciclar
o lixo;
v
Consumir
menos eletricidade e menos água;
v
Andar
mais a pé ou de bicicleta, assim emitir menos gases e preservar o ar limpo;
v
Consumir
mais alimentos orgânicos e produzidos artesanalmente;
v
Compreensão
de agrotóxicos e transgênicos;
v
Celebrar
a vida;
“Cuidando de mim, sou capaz de cuidar
do meu planeta”
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